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quinta-feira, 31 de julho de 2014

Morre no Rio o Almirante e ambientalista Ibsen de Gusmão Câmara

Almirante Ibsen: um valioso legado para o verde e para o azul


Uma perda lastimável. O almirante Ibsen Gusmão Câmara foi um dos pioneiros e um dos mais respeitados nomes do ambientalismo brasileiro. 

Lutou pelas florestas e pelos ecossistemas marinhos, tendo liderado lutas pela criação dos Parques Nacionais de Fernando de Noronha e Abrolhos, além da Reserva Biológica de Atol das Rocas. Ainda na Marinha, lutou contra a caça das baleias e defendeu com sabedoria e perseverança o litoral e os oceanos.

Tive a honra de conhece-lo na MARINHA DO BRASIL
Deixou um acervo de publicações sobre a conservação de biomas e para nortear políticas públicas, criação de parques, etc.

Obrigado almirante Ibsen. Que o Sr. continue a inspirar novas gerações de militantes da defesa do meio ambiente. 
ADRIANO NAVAL


Almirante Ibsen de Gusmão Câmara em entrevista ao GLOBO em 28/03/1988 - Guilherme Bastos / Agência O Globo

Ele teve um hematoma cerebral após sofrer duas quedas

por  

RIO - O almirante Ibsen de Gusmão Câmara, de 90 anos, que teve sua história de vida voltada às causas socioambientais, morreu na madrugada desta quarta-feira no Hospital da Unimed, na Barra da Tijuca. Segundo informações da família do almirante, ele morreu em consequência a uma hematoma cerebral que sofreu após duas quedas. O almirante deixou duas filhas e dois netos.
O corpo de Ibsen será velado na manhã da sexta-feira no Cemitério Memorial do Carmo, no Caju, entre 8h e 14h. Segundo a família, ele será cremado após a cerimônia.

O almirante presidiu a Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza, participou do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e foi conselheiro de inúmeras organizações socioambientais. Ele também é considerado um dos fundadores do conservacionismo no Brasil.

Muito respeitado, ele liderou a campanha contra a caça de baleias no Brasil e também foi um grande defensor das Unidades de Conservação, com papel de destaque na criação de parques ereservas na Amazônia. A participação de Ibsen foi fundamental também na criação de Unidades de Conservação marinhas, como a Reserva Biológica Atol das Rocas, em 1979, o primeiro Parque Nacional Marinho do país.

Seu interesse e luta contra o desmatamento começou na juventude, quando comandou um flotilha de navios no rio Amazonas como militar da Marinha. Durante suas patrulhas pela região ele percebeu o avançado nível de desmatamento nas áreas por onde navegou. Desde então, passou a manter contato com organizações conservacionistas.

No livro "Água mole em pedra dura: dez histórias da luta pelo meio ambiente", de 2006, Marcos Sá Corrêa conta a história do almirante, que atuou também por Abrolhos, em 1983, e por Fernando de Noronha. Em dezembro de 2013 ele recebeu do Ministério do Meio Ambiente uma homenagem especial por sua dedicação às causas ambientais.
O ambientalista André Ilha lamentou a morte do almirante:
- Ele era um dos dinossauros da conservação da natureza no país, junto com outros nomes como Alceo Magnanini, Adelmar Coimbra Filho, Vanderbilt Duarte de Barros e Maria Tereza Jorge Pádua, uma geração que foi muito justamente celebrada no livro "Saudades do Matão" por seu trabalho em prol da biodiversidade e dos ecossistemas brasileiros. A melhor forma de reconhecermos a sua importância é levar adiante as suas bandeiras com o máximo empenho.
A jornalista e ambientalista Paula Saldanha também acredita que o legado do almirante não deve ser esquecido.
- É triste a perda do almirante Ibsen, grande batalhador das causas ambientais em nosso país, durante décadas. Seu exemplo de ambientalista ficará, com certeza, para todos nós - comentou Paula.
Fonte: O Globo

quarta-feira, 30 de julho de 2014

ATENÇÃO POLITICOS DE OPOSIÇÃO AO GOVERNO FEDERAL



Atenção, "oposição"

Estou apresentando uma interessante sugestão para ser utilizada pelos politicos de  oposição para questionar Dilma e seus aliados nestes tempos de campanha. É o seguinte 

“Assistindo ao Jornal da Band desta terça-feira (29), fiquei sensibilizado com a aflitiva situação de mães que ficaram sem ter onde deixar seus filhos depois do fechamento de uma creche em São Paulo.

Conforme informou o jornalista Boris Casoy, ‘A falta de creches é um problema enfrentado por milhares de mães em todo o país. Sem ter onde deixar os filhos, muitas são obrigadas a parar de trabalhar. Em São Paulo, 110 mil crianças de até três anos estão à espera de uma vaga.’
Lembrando-me que uma das principais promessas de Dilma na campanha das eleições em que saiu vitoriosa foi a abertura de vagas em creche, fui pesquisar o assunto em um site de busca.

Entre diversas outras coisas, encontrei no Estadão de 17 de dezembro de 2012 a matéria ‘Dilma promete 6 mil creches, mas entrega 7”. Na matéria, se lê: ‘A presidente Dilma Rousseff prometeu entregar 6 mil creches até 2014, mas chega à metade do mandato com apenas 7 unidades prontas – uma execução abaixo de 1% - sem previsão de quando serão inauguradas novas unidades. A expectativa de quem tem urgência em matricular os filhos vira decepção.’

Serrão, acho importante que a oposição seja alertada para fazer a comparação das promessas de Dilma com as matérias citadas, cujos links se seguem   




“Oposição”, vê se toma vergonha e cobra as burradas feitas pela petista...

QUANTO MAIS SE MEXE MAIS FEDE ... agora os Investidores avaliam que "guerra" contra Santander pode vazar provas sobre problemas na Petrobras


A revanche com ares de ira marciana de Lula da Silva e Dilma Rousseff contra o Banco Santander representa o risco de se transformar em um dos maiores tiros pela culatra já dados pelos petistas desesperados com o risco concreto de perderem a reeleição. O banco espanhol, controlado pelos britânicos, tem a memória financeira daquilo que investidores apostam ser um dos mais graves problemas na Petrobras: as aplicações de mais de US$ 7 bilhões no fundo BB Millenium 6, que viraram pó, e podem se transformar em alvo de uma ação judicial na corte de Nova York. O pânico toma conta do PTitanic, na beira do abismo rumo às profundezas abissais.

Investidores apostam que a alta direção mundial do Santander sabe absolutamente de tudo que aconteceu na Petrobras, nas gestões Lula e Dilma. Fábio Barbosa, ex-presidente do banco no Brasil e hoje dirigente do Grupo Abril, foi membro do Conselho de Administração da Petrobras, na estranha qualidade de “representante dos acionistas minoritários”. O Santander foi o gestor do fundo Vênus – uma aplicação que também foi alvo de investigação da Comissão de Valores Mobiliários, mas acabou arquivada, como tantas outras queixas de investidores contra a falta de transparência em negócios da Petrobras.

Se a briga entre o governo e o Santander não for estancada, pode sobrar para a turma da Petrobras – segundo avaliação de vários investidores da companhia. A tendência é que vigore a tática de colocar panos quentes no conflito gerado pelo relatório que relacionava a melhora das intenções de voto em Dilma com o risco de “piora” econômica do Brasil. O sinal de paz foi dado pelo presidente mundial do Santander. Emilio Botín confirmou ontem que demitiu a responsável pelo estudo. Não citou o nome da prejudicada, em comunicado lacônico e complicado de entender:  “A pessoa foi demitida porque o banco, advertido, disse que tinha que ser demitida antes”.

Mais focado ontem no encontro mundial de reitores, que vai alavancar o super empreendimento educacional do Santander, e menos preocupado com as ameaças do governo Dilma contra o banco, Emilio Botín até chegou a fazer uma média com o ex-Presidente Lula, que vociferou broncas contra o banco: “O presidente Lula é muito amigo meu, e para ele só tenho elogios”. O “amigo” Lula tinha reclamado que: “Não tem nenhum lugar do mundo em que o Santander esteja ganhando mais dinheiro do que no Brasil. Aqui ele ganha mais do que em Nova York, mais do que em Londres, do que em Pequim, Paris, Madri, Barcelona”.

O governo não deve atrapalhar o Santander em sua estratégia de ganhar dinheiro no Brasil. Caso queira dar uma de marciano contra o banco espanhol, detalhes incômodos sobre o fundo venusiano e o BB Millenuim 6 podem emergir do esgoto das profundezas abissais da impunidade.

terça-feira, 29 de julho de 2014

COMEÇOU A CENSURA E DITADURA NO BRASIL TSE... pratica crime de censura ordenando que consultoria tire do ar anúncio do estudo “O fim do Brasil”


O Tribunal Superior Eleitoral praticou o inconstitucional e imperdoável crime de censura ao ordenar a retirada do ar, na internet, de um estudo que, equivocadamente, foi denunciado pelos petistas como sendo uma propaganda favorável ao presidenciável Aécio Neves (PSDB) e, por conseguinte, contrária a Dilma Rousseff.  O ministro Admar Gonzaga julgou contra a Lei Maior ao tomar a decisão, em caráter liminar, de censurar o texto escrito pelo economista Felipe Miranda, da empresa Empiricus Consultoria e Negócios, com o título “O Fim do Brasil”. O caso Santander pode render algo parecido...

O ministro do TSE também atingiu o Google, determinando que retire imediatamente os anúncios da Empiricus Research. A mesma decisão determina que a empresa se abstenha de anunciar novamente conteúdos com referências positivas ou negativas aos candidatos destas eleições. Na prática, com tal proibição, o ministro Admar praticou a mais abjeta censura prévia. Mais curioso e risível ainda é que a coligação de Aécio Neves será notificada para que apresente defesa sobre um texto sobre o qual, aparentemente, não tem responsabilidade. Certamente, o magistrado não teve tempo de ler a íntegra do estudo da Empiricus.

A petralhada ficou aloprada com o texto de Felipe Miranda por um motivo muito simples. O economista comprovou, com números e gráficos, como a gestão petista de Lula e Dilma, mas também o segundo governo de FHC, detonaram as bases do Plano Real, a partir do abandono da âncora cambial, com a adoção do tripé câmbio flutuante, metas de superávit primário e sistema de metas da inflação. Miranda, em seu estudo, comprovou a incompetência reinante na gestão da política econômica petista:

“Em resposta à crise de 2008, o Governo brasileiro abandonou o clássico tripé macroeconômico e adotou a chamada nova matriz econômica. Entre as medidas mais emblemáticas da nova política econômica, destaco: Aumento dos gastos públicos; Maior intervenção do Estado na Economia; Leniência no combate à inflação; Incremento da participação do BNDES, com estímulo à criação e ao fortalecimento de gigantes nacionais; Controle de preços; Atuações pesadas e frequentes no mercado de câmbio; Novo marco regulatório do setor petróleo e publicação da MP 579 (aquela do setor elétrico; Criatividade na contabilidade nacional; e Concessões mal feitas, fixando-se simultaneamente taxa de retorno e qualidade – é, óbvio, numa bivalência inatingível”.

Os petistas e petralhas não toleram a verdade sobre seu fracasso gerencial. Mesmo assim, conseguiram induzir o TSE ao erro, levando um ministro a cometer, em caráter liminar, o hediondo crime de censura. A Empiricus Consultoria e Negócios não faz qualquer anúncio contra Dilma. O que a empresa vende é a assinatura anual de um pacote de estudos, no valor de R$ 238,80 (que pode ser pago em 12 parcelas mensais de R$ 19,90 ou, se for quitado à vista, sai por apenas R$ 191,04).

Pelo visto, o que deixou o governo nervoso foi o conteúdo da série “Criando a Riqueza – O Fim do Brasil”, produzido por Felipe Miranda, que tem como sócio Rodolfo Amstalden (vide quadro abaixo)

segunda-feira, 28 de julho de 2014

recebi uma Carta de um Cidadã para Dilma e seus aliados


Na minha carteira de identidade de número XXXXXXXXXXX expedida pelo Instituto Felix Pacheco no Rio de Janeiro, ao lado do item nacionalidade está escrito “brasileira”.

Sim, sou brasileira e “carioca da gema”. Filha de pais brasileiros e mãe de filhas brasileiras. Gosto de empadinha de palmito, água de coco , feijão e farofa. Ouço Marisa Monte, Cartola, Caetano e Cazuza. Visto a camisa seja qual for o placar e posso mesmo declarar que tenho sangue verde e amarelo.

Sou dos “Anos rebeldes”, aqueles em que muitas vezes o máximo da rebeldia era cantar “Afasta de mim este cálice” enquanto ficávamos de olho se algum colega de escola “era sumido”. Aqueles anos em que Chico Buarque só podia ser Julinho da Adelaide. Saí às ruas pelas “Diretas Já” e, emocionada, vi o Gabeira e o Betinho finalmente voltarem do exílio arbitrário.

Nos anos 90, com mestrado em Psicologia e em Educação, fui honrosamente convidada a assessorar a Secretaria Municipal de Educacao do Rio de Janeiro. Cheia de entusiasmo, fazia parte de uma equipe profissional de primeira linha. À nossa frente, uma Secretaria de Educacao indicada pelo Prefeito não por suas ligações políticas, mas por sua competência profissional e comprometimento por uma Escola de qualidade para as nossas crianças.

E foi aí que comecei a perceber que algo de muito errado acontecia na minha cidade e no meu país. Mesmo ocupando um cargo de onde poderia “fazer acontecer”, percebi que apenas vontade política, profissionalismo e amor pelas crianças do Rio de Janeiro não eram suficientes para mudar a antiga engrenagem: emperrada, viciada, corrompida e perversa.

Foi depois de ter sido assaltada 8 vezes, uma delas com um revolver apontado para a minha cabeça… foi aí que a ficha caiu e percebi que nao poderia mais criar minhas filhas no meio da corrupção, suborno, mão-armada e com medo da própria sombra. Tinha que me despedir do meu País.

Com muita dor no coração eu resolvi fazer as malas. Por livre escolha, assim como tantos e tantos brasileiros. Meu País não podia me oferecer condições dignas de vida. Não se preocupava ou não agia com eficiência em nome do bem-estar de seus cidadãos. Fiz minhas malas e vim para o Oriente Médio.

Apesar de na minha carteira de identidade não constar o item “religião”, eu posso lhe contar. Sou judia.

“Judeu”, palavra que para muitos está diretamente associada a Judas, o traidor de Jesus Cristo (ele mesmo judeu) e também a Freud, Einstein, Bill Gates e Mark Zuckerberg e mais vários ganhadores de Prêmio Nobel.

Optei por viver em Israel. Tornei-me israelense. Quanta contradição, sair do Brasil por medo de assaltos e sequestros e vir para Israel…

Aqui, Sra Presidente, quando estamos em perigo, soam sirenes para que entremos em abrigos anti-bombas. Nunca mais estive a ponto de ser pega por uma bala perdida, assim como nunca mais tive que sentir a dor no peito ao ver famílias inteiras à beira da rua mendigando. Nunca mais tive que me pegar na dúvida do que sentir diante de um pivete: medo ou pena. Por que aqui não existem pivetes. A educação e a saúde são um direito de fato de todos os cidadãos, independentemente de cor, raça ou credo.

Sou uma dos cerca de 10 mil brasileiros que vivem hoje em Israel e que, hoje de manhã ao acordarem, deram-se conta de que o Governo brasileiro chamou o embaixador brasileiro em Israel para uma “consulta em protesto pela operação do exército de Israel na Faixa de Gaza”. Pergunto-me se também foram chamados o embaixador na Síria, onde na última semana morreram mais de 700 pessoas. Ou talvez o embaixador no Iraque, onde está sendo feita uma “purificação étnica”. O próximo passo já bate na porta: cortar as relações diplomáticas do Brasil com Israel.

Escrevo para lhe contar, Sra. Presidente, que tenho vergonha.

Num momento tão delicado para tantos de nós brasileiros que vivem em Israel, no momento em que Israel recebe a visita e o franco apoio da Primeira-ministra da Alemanha, do Ministro do Exterior da Inglaterra, do Ministro do Exterior dos Estados Unidos e da Ministra do Exterior da Itália… um dia depois que o Secretário Geral da ONU visita Israel e declara que o país tem todo o direito de se defender e a seus cidadãos do ataque de um grupo terrorista… depois disso, recebemos a notícia da chamada do Embaixador brasileiro.

A televisão anuncia a decisão brasileira e tenho vergonha.

A vergonha não é só pelo alinhamento do Brasil com os países islâmicos extremistas ao invés de se alinhar com a Democracia. Tenho vergonha também dos meios de comunicação tendenciosos do Brasil, que só enxergam ou só querem enxergar um lado da história. Mas isso já é outra conversa…

Hoje, junto com a notícia da chamada do embaixador brasileiro, vi também na televisão que o governo de Israel está enviando vários aviões para os quatro cantos do planeta para resgatarem israelenses que, por conta do embargo aéreo temporário das companias de aviação estrangeiras, não conseguem voltar para Israel. Uma verdadeira operação resgate. Por quê? Pois aqui a vida do cidadão tem valor.

Eu vivo num país em que a vida de um soldado foi trocada pela de mil terroristas presos por crime de sangue.

Na minha ingenuidade, cheguei a pensar que o Brasil tentaria verificar a situação de seus cidadãos em Israel nesse momento de guerra, se é que algum cidadão brasileiro estaria com alguma necessidade que pudesse ser atendida pela representação do Brasil em Israel. Que bobinha…

Mais fácil talvez seja mesmo vir a cortar as relações diplomáticas, pois não sei mais qual o valor do meu passaporte brasileiro.

Vergonha e desgosto por comprovar que mesmo depois de tantos anos, o brasileiro ainda vale muito pouco, para não dizer quase nada, para o seu próprio país.

E o verde-amarelo do meu sangue cada vez mais vai perdendo sua cor.


Rita Cohen Wolf , brasileira, mora na cidade de Ra`Anana, Hamerkaz, Israel. Facebook dela: https://www.facebook.com/rita.cohenwolf.7?fref=ts

quinta-feira, 24 de julho de 2014

PAIS DA COPA ,VERGONHA MAIS UMA VEZ O BRASIL FICA BEM ATRÁS DE VARIOS PAISES VIZINHOS NO DESENVOLVIMENTO HUMANO


Isto é uma vergonha desde 2008, o Brasil passou a avançar mais lentamente do que a maior parte dos vizinhos sul-americanos na melhoria de seus indicadores de desenvolvimento humano.
É o que revela o mais recente Relatório do Desenvolvimento Humano (RDH) da ONU, divulgado na madrugada desta quinta-feira.
O IDH do país (calculado com base em indicadores de educação, renda e expectativa de vida) ficou em 0,744 numa escala que vai de 0 a 1 - e na qual quanto mais próximo de 1, melhor a situação de um país em termos de desenvolvimento humano.Segundo o documento, em 2013 o Brasil subiu uma posição no ranking elaborado pela ONU a partir do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 187 países, passando para o 79º lugar.

Com isso, o Brasil está atrás de países como Argentina (0,808), Uruguai (0,790) e Venezuela (0,764), mas ainda está a frente da média sul-americana, de 0,731, puxada para baixo por países como Paraguai (0,676), Bolívia (0,667) e Guiana (0,638).
No entanto, se de 1980 a 2008 o Brasil era o país que mais rapidamente avançava entre os sul-americanos na melhoria dos indicadores nessa área, desde 2008 passou para o grupo dos que fazem progresso mais lentamente.
De 1980 a 2008, o IDH brasileiro teve uma alta acumulada de 34%, a maior da região.
A alta argentina, por exemplo, foi de 16%, a uruguaia, de 17%, a da Venezuela, de 18% e a do Peru, também de 18%.

Ritmo caiu

Se considerados apenas os dados de 2000 a 2008, o Brasil continua entre os que mais avançaram, atrás apenas da Venezuela e da Guiana. Desde 2008, porém, o ritmo de avanços do país ficou claramente para trás em relação aos vizinhos.
Nos últimos cinco anos, a alta acumulada no IDH brasileiro foi de 1,7%, à frente apenas da Colômbia (1,5%), Suriname (1,5%) e Venezuela (0,7%). O Peru foi o país sul-americano cujo IDH mais avançou no período, com uma alta acumulada de 4,2%.
Com tal ritmo de crescimento, o Brasil também acabou caindo quatro posições no ranking geral desde 2008 – apesar da melhoria de 2012 para 2013. Há cinco anos, o Brasil ocupava a 75a posição.
Além disso, se os dados do IDH fossem ajustados para deixar de refletir distorções causadas pelos níveis de desigualdade do país, a nota brasileira cairia 27%, de 0,744 para 0,542.
O indicador resultante desse cálculo é o IDH ajustado pela desigualdade social, calculado pela ONU desde 2010 e que desconta disparidades na renda, expectativa de vida e educação de diferentes grupos sociais do país.
Por ele, hoje o país sairia do grupo de países de alto desenvolvimento e passaria a integrar os de médio desenvolvimento humano, apesar de também ter feito avanços no que diz respeito a redução das desigualdades nos últimos anos.
Horas após a divulgação do relatório da ONU, ministros do governo reclamaram que se os dados do levantamento fossem atualizados, o Brasil teria uma nota melhor em seu IDH.
A ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campelo, defendeu que, com dados atualizados sobre expectativa de vida e renda, o país ocuparia a 67a posição no ranking.
Segundo a ministra, o resultado do IDH “não reflete o que aconteceu nos últimos quatro anos” no Brasil.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

FAÇA O QUE EU MANDO E VOTEM SÓ EM MIM SE NÃO SERÁ EXPULSO ,VIVEMOS NUMA DEMOCRACIA OU DITADURA ,EX.VEREADOR DE NOVA IGUAÇU QUE HOJE É CANDIDATO A DEPUTADO FEDERAL E PRESIDENTE DE UM PARTIDO NA CIDADE QUE NÃO ESTÁ NADA BEM NAS PESQUISAS DE INTENÇÕES DE VOTO EXIGE QUE SEUS MILITANTES E FILIADOS PARTIDÁRIOS VOTEM NELE ....


VIVEMOS NUM PAIS DEMOCRATICO DE DIREITO OU NÃO ,OLHA O QUE UM EX.VEREADOR DA CIDADE DE NOVA IGUAÇU E ATUAL PRESIDENTE DE UM PARTIDO DE NOVA IGUAÇU  E HOJE CANDIDATO A DEPUTADO FEDERAL E ALIADO DE LINDBERGH QUE TAMBÉM NÃO ESTA BEM NAS PESQUISAS  ,ESCREVEU EM SEU BLOGGER E FACE ,OU SEJA ELE INTIMOU AOS FILIADOS E MILITANTES DO PARTIDO DELE A VOTAR NELE E NO SEU CANDIDATO A ESTADUAL , TENHO MUITOS AMIGOS GUERREIROS DENTRO DO TAL PARTIDO QUE JÁ AFIRMARAM QUE NELE NÃO VOTAM E NEM NO CANDIDATO A ESTADUAL DO MESMO ALGUNS AMIGOS JÁ ATÉ ESTÃO ATÉ AJUDANDO  NA CAMPANHA A RELEIÇÃO DE UM DEPUTADO FEDERAL DA AREA DA POSSE E TAMBEM NA ELEIÇÃO A UM CANDIDATO A DEPUTADO ESTADUAL QUE É PRESIDENTE DO PR EM NOVA IGUAÇU ,VAI DAR MERDA ESTA IMPOSIÇÃO DO TAL PRESIDENTE DO TAL PARTIDO .,É POR TAIS IMPOSIÇÕES QUE VARIOS COMPANHEIROS METERAM O PÉ DE TAL PARTIDO E OUTROS DE PESO JÁ ESTÃO VAZANDO ,,,,VEJAM O QUE O MESMO ESCREVEU EM SEU BLOGGER 

"AVISO AOS NAVEGANTES
A orientação no PcdoB é para que todos os filiados, militantes e principalmente os membros da direção partidária, os que exercem cargos públicos e os detentores de mandato, façam campanha para os candidatos do Partido. Quem não o fizer, passará por processo disciplinar que poderá levar à expulsão."
Cada um é livre pra escolher o seu caminho. E quem quiser fazer voo solo, melhor seria pedir logo a desfiliação do PCdoB. E a vida seguirá em frente.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

RECEBI EM PRIMEIRA MÃO A COPIA DA DENUNCIA DO MINISTÉRIO PUBLICO CONTRA OS TAIS MANIFESTANTES????MANIFESTANTES OU MARGINAIS BADERNEIROS E ATENÇÃO TEM MAIS GENTE ENVOLVIDA E QUE A APOIOU OS TAIS MANIFESTANTES PARA SER PRESOS ....



Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da 27ª Vara Criminal da Comarca da Capital

Ref. Inquérito Policial Nº 218-01646/2013
O Ministério Público de Estado do Rio de Janeiro, por intermédio do Promotor de Justiça que esta subscreve no exercício de suas atribuições legais vem oferecer
DENÚNCIA
em face de:
1. ELISA DE QUADROS PINTO SANZI, vulgo "SININHO”, qualificada à fl. 758;
2. LUIZ CARLOS RENDEIRO JUNIOR, vulgo "GAME OVER”, qualificado à fl. 215;
3. GABRIEL DA SILVA MARINHO, qualificado à fl. 1517;
4. KARLAYNE MORAES DA SILVA PINHEIRO, vulgo "MOA", qualificada à fl. 1408;
5. ELOISA SAMY SANTIAGO, qualificada à fl. 679;
6. IGOR MENDES DA SILVA, qualificado à fl.1055;
7. CAMILA APARECIDA RODRIGUES JOURDAN, qualificada à fl. 1310;
8. IGOR PEREIRA D’ICARAHY, qualificado à fl. 1517;
9. DREAN MORAES DE MOURA CORRÊA, vulgo "DR", qualificado à fl. 1072;
10. SHIRLENE FEITOZA DA FONSECA,qualificada à fl. 1058;
11. LEONARDO FORTINI BARONI PEREIRA, qualificado à fl. 1060;
12. EMERSON RAPHAEL OLIVEIRA DA FONSECA,qualificado à fl. 1331;
13. RAFAEL RÊGO BARROS CARUSO, qualificado à fl. 1436;
14. FILIPE PROENÇA DE CARVALHO MORAES, vulgo "RATÃO",qualificado à fl. 1064;
15. PEDRO GUILHERME MASCARENHAS FREIRE, qualificado à fl. 1065;
16. FELIPE FRIEB DE CARVALHO, qualificado à fl. 1067;
17. PEDRO BRANDÃO MAIA, vulgo "PEDRO PUNK", qualificado à fl. 1077;
18. BRUNO DE SOUSA VIEIRA MACHADO,qualificado à fl.1068;
19. ANDRÉ DE CASTRO SANCHEZ BASSERES,
20. JOSEANE MARIA ARAUJO DE FREITAS, qualificado à fl. 1458;
21. REBECA MARTINS DE SOUZA, qualificada à fl. 1618;
22. FABIO RAPOSO BARBOSA, qualificado à fl. 261;
23. CAIO SILVA RANGEL, qualificado à fl. 260;
Pela prática das seguintes condutas delituosas:
Em período iniciado após o mês de junho de 2013 e que estendeu-se até o presente momento, os denunciados, de forma livre e consciente, associaram-se com a finalidade de praticar no contexto das manifestações populares iniciadas no primeiro momento, crimes diversos, notadamente os seguintes:
- Danos, tanto na modalidade básica quanto na qualificada de que tratam os incisos II, III e IV do Parágrafo Único do art. 163 do Código Penal, consubstanciado pelas condutas de depredar o patrimônio privado – agências bancárias, lojas e veículos – e público ou de concessionárias de serviços públicos, com a destruição de pontos do mobiliário urbano e incêndio de ônibus;
- Resistência (arts. 329 do Código Penal, incidindo), notadamente com a utilização de violência contra a pessoa, tal como o arremesso de pedras e de artefatos incendiários tendo como alvo, principalmente, policiais militares e outros agentes de segurança pública;
- Lesões corporais, consumadas e tentadas, na forma do caput e dos parágrafos do art. 129 do Código Penal, em geral decorrentes dos atos de resistência à atuação da polícia;
- Posse de artefatos explosivos, notadamente bombas de fabricação artesanal,como a apreendida sob a posse da denunciada Camila Jourdan (fl. 1731/1733);
- Corrupção de menores, consistente em incentivar a participação de adolescentes nas condutas acima descritas;
A referida associação não foi estabelecida instantaneamente entre todos os indiciados, tendo sido formada pela agregação sucessiva de membros, na forma que será abaixo descrita.

Como é de conhecimento geral, no mês de junho de 2013 inaugurou-se uma onda de manifestações populares por todo o país, originalmente pacíficas e com grande adesão popular.
Com o decurso do tempo e a intensificação dos protestos, começou a ser identificada a atuação de indivíduos que adotavam tática denominada blackbloc, ou bloco negro, consistente na utilização de armaduras e armas improvisadas, sob o pretexto inicial de funcionarem como força de defesa dos manifestantes contra eventual violênciaexcessiva, utilizada por parte das forças policiais na repressão dos protestos.
Além da alegada intenção de defesa, faz parte do modo de atuação de tais grupos a ação visando causar danos a estabelecimentos que consideram simbolizar o capitalismo e seus valores, como, por exemplo, agências bancárias.
No curso da investigação puderam ser identificados diversos grupos, cujos objetivos declarados seriam lícitos – organização de protestos e difusão de idéias que contestam o status quo vigente – mas que conteriam indivíduos cuja atuação seria dirigida, de fato, para a prática de atos violentos e de confronto.
Dentre os grupos que originalmente existiam, podem ser identificados os seguintes: Organização Anarquista Terra e Liberdade (OATL), Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR), Frente Internacionalista dos Sem Tetos (FIST), Rede Estudantil Classista e Combativa (RECC), Movimento Feminino Popular (MFP), “ALDEIA MARACANÔ, Movimento de Resistência Popular (MRP), Rede de Comunidades e Movimentos Contra Violência, “OCUPA CABRAL”, “ANONYMOUS RIO”, Unidade Vermelha (UV), Comitê de Apoio ao Jornal A Nova Democracia – RJ e Coletivo Inimigos do Rei (UERJ).
Com a intensificação das manifestações e com o início das chamadas ocupações, passou a ser tentada uma unificação dos grupos, tendo havido a criação da chamada Frente Independente Popular (FIP), cujo objetivo seria a definição de uma linha de atuação para os diversos grupos e indivíduos envolvidos na realização de protestos.
Até tal momento não se pode identificar a prática de qualquer ilícito penal – a realização de protestos e a reivindicação popular direta são atos que inserem-se no constitucionalmente assegurado direito à livre manifestação do pensamento.
Ocorre que a chamada FIP era gerida através de dois tipos de reunião: as públicas, realizadas através de assembleias a todos abertas e outras de natureza fechada, das quais somente participavam as lideranças. Nestas reuniões fechadas estabeleceu-se que o protesto pacífico não seria meio hábil ao alcance dos objetivos dos grupos, tendo sido, então, definido que deveria ser incentivada a prática de ações violentas no momento das manifestações, tais como a depredação de bancos, de estabelecimentos comerciais e o ataque a ônibus e viaturas policiais.
A denunciada ELISA DE QUADROS PINTO SANZI, pode ser identificada como uma das principais lideranças da FIP, juntamente com os denunciados IGOR MENDES DA SILVA, LEONARDO FORTINI BARONI PEREIRA, EMERSON RAPHAEL OLIVEIRA DA FONSECA, CAMILA APARECIDA RODRIGUES JOURDAN, FELIPE PROENÇA DE CARVALHO MORAES, LUIZ CARLOS RENDEIRO JUNIOR e DREAN MORAES DE MOURA CORRÊA, vulgo "DR"), sendo responsáveis pela decisão de incitar os ocupantes do movimento Ocupa Câmara (iniciado no mês de agosto 2013) a promoverem a queima de um ônibus, o que foi feito após a realização de uma das reuniões fechadas da frente.
Também durante tal ocupação, Elisa Sanzi foi vista comandando manifestantes no sentido de carregarem três galões de gasolina para a Câmara Municipal, passando a incitar os demais manifestantes a incendiar o prédio, objetivo não alcançado em razão da intervenção de outros participantes dos atos, fatos apontados no depoimento da testemunha XXXXXXXXX.
Em continuidade às atividades, a FIP passou a atuar em duas frentes,uma delas operacional, dedicada a organizar as ações violentas, incentivando sua prática quando da realização de manifestações e fornecendo os meios de ação. A outra frente dedicava-se à comunicação e a propaganda, destinadas a dar publicidade às decisões e às ações planejadas, bem como cooptar de novos integrantes.
Note-se que, dada a estrutura pulverizada da organização, não é possível estabelecer, por muitas vezes, o liame entre integrantes de diversos subgrupos – que podem sequer se conhecer. A existência, todavia, de um comando centralizado e a convergência de desígnios existente entre os integrantes das diversas estruturas orgânicas permite o reconhecimento da associação entre todos, ainda que de forma compartimentalizada, passando-se, a seguir, a especificar a conduta dos denunciados e a estrutura dos grupos.
Há que se considerar, ainda, que o só fato de pertencer um indivíduo a um dos grupos acima arrolados não é suficiente a caracterizar a responsabilidade pelos fatos de que ora se trata, posto não ser o planejamento – e a posterior prática – das ações violentas efetuado de forma aberta e acessível a todos os membros e simpatizantes. Ao contrário, trata-se de atividade restrita a uma parcela dos integrantes, os quais serão a seguir apontados.
Os denunciados FILIPE PROENÇA DE CARVALHO MORAES, CAMILA APARECIDA RODRIGUES JOURDAN e PEDRO GUILHERME MASCARENHAS FREIRE desempenham função de direção na OATL(Organização Anarquista Terra e Liberdade), reportando-se diretamente à direção da FIP.
As atribuições de tal grupo incluem o planejamento dos atos violentos, bem como a preparação do material ofensivo a ser utilizado nos confrontos: coquetéis molotov, artefatos explosivos, além de fogos de artifício alterados para adquirirem potencial lesivo, como, por exemplo, com a colocação de pregos em morteiros, posteriormente disparados em direção aos agentes de segurança pública.
Os denunciados FELIPE FRIEB DE CARVALHO, PEDRO BRANDÃO MAIA (Pedro Punk), BRUNO DE SOUSA VIEIRA MACHADO, ANDRÉ DE CASTRO SANCHEZ BASSERES e JOSEANE MARIA ARAUJO DE FREITAS eram incumbidos de efetuar a distribuição de tal material, bem como utiliza-lo diretamente na agressão de policiais, muitas vezes disparando artefatos de dentro de veículos e fugindo em seguida.
Foi, ainda, identificada a participação da denunciada REBECA MARTINS DE SOUZA em atos de tal natureza, cedendo um veículo de sua propriedade para ser utilizado em tais ocasiões.
Cabe, ainda, aos integrantes de tal grupo a incitação e a prática de atos de depredação do patrimônio público e privado.
As escutas telefônicas autorizadas pelo Juízo, permitiram acompanhar a preparação de tais atos, notadamente a participação da denunciada Camila Jourdan na elaboração dos artefatos e em sua posterior disponibilização aos Black Blocs.
O Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR) tem como seus integrantes os denunciados IGOR MENDES DA SILVA, RAFAEL REGO BARROS CARUSO, LEONARDO FORTINI BARONI PEREIRA, EMERSON RAPHAEL OLIVEIRA DA FONSECA, SHIRLENE FEITOZA DA FONSECA e a adolescente XXXXX.
Estes membros participam da coordenação da FIP e, ainda, diretamente da prática de atos de agressão e vandalismo.
Dos grupos que integram a FIP, foi apurado que o MERP é o que apresenta perfil mais violento, dedicando-se a promover o confronto com as forças de segurança.
A organização dos eventos é feita na forma acima descritas, sendo que, na concretização dos atos, participam os indivíduos adeptos da tática blackbloc que, sob a direção e influência dos mentores intelectuais, praticam, diretamente os atos de violência contra pessoas e coisas.
Dentre estes destaca-se a atuação dos denunciados GABRIEL DA SILVA MARINHO, DREAN MORAES DE MOURA CORRÊA, vulgo "DR", KARLAYNE MORAES DA SILVA PINHEIRO, vulgo "MOA", LUIZ CARLOS RENDEIRO JUNIOR, vulgo "GAME OVER", os quais, além de praticarem diretamente as condutas criminosas acima descritas, também praticam atividades de organização.
Identificada, ainda, a participação do então adolescente XXXXXX, conhecido como XXXXX, que demonstrava comportamento extremamente violento, constando nos autos que teria afirmado ter a intenção de matar um policial nos protestos contra a copa.
Gabriel da Silva Marinho tinha, dentre outras, a incumbência de atirar coquetéis molotov, que eram fabricados por ele e por sua namorada, Karlayne, vulgo Moa, para uso próprio e também fornecimento a outros integrantes do grupo.
O denunciado IGOR PEREIRA D’ICARAHY, namorado de Camila Jourdan, também participava da organização das atividades do grupo, auxiliando no transporte do material ofensivo a ser utilizado nas manifestações e informando aos demais sobre a movimentação das forças de segurança, dentre outras atividades. É, ainda, apontado como participante dos atos de violência realizados em manifestações.
A denunciada ELOÍSA SAMY SANTIAGO, advogada, inicialmente juntou-se aos demais no exercício de sua atividade, tendo, após, desvirtuado sua conduta e passado a participar ativamente dos atos violentos, inclusive passando instruções aos ocasionais participantes, tendo sido vista ordenando o início de atos de violência. Além disso, escudando-se em um suposto exercício da atividade profissional, presta apoio logístico, inclusive cedendo sua residência para reuniões.
O denunciado FABIO RAPOSO BARBOSA, participava das deliberações da FIP, tendo seu nome sido cogitado por Elisa Sanzi para assumir a posição originalmente ocupada por Luiz Carlos Rendeiro Júnior. Tinha, ainda, atuação no fornecimento de artefatos explosivos e com potencial ofensivo aos Black Blocs, tendo sido co-autor do homicídio que vitimou o cinegrafista Santiago Ilídio de Andrade.
O denunciado CAIO SILVA RANGEL era participante habitual dos grupos Black Blocs, tendo sido autor do homicídio acima referido.
A associação criminosa utilizava-se de armas próprias – como facas, explosivos, estilingues, rojões alterados para disparar pregos – e impróprias, como porretes.
Além disto, desta participavam adolescentes, como XXXXXX e XXXXXX, que praticavam diretamente os atos criminosos, sendo do conhecimento dos denunciados a circunstâncias de serem menores de 18 anos.
Por derradeiro, consigne-se que as condutas acima foram praticadas pelos denunciados de forma livre e consciente, não militando em seu favor qualquer circunstância justificante ou exculpante.
Assim agindo, estão os denunciados incursos nas sanções do art. 288, Parágrafo Único do Código Penal.
Pelo exposto, requer o Ministério Público:
a ) O recebimento da presente, com a conseqüente citação dos réus para que, desejando, apresentem defesa, sob pena de revelia;
b) Seja a presente, ao final da instrução criminal, julgada procedente, condenando-se os réus às penas do dispositivo legal acima invocado.
c) A intimação/requisição das pessoas abaixo arroladas, para, em Juízo, serem ouvidas, por imprescindíveis à elucidação da verdade:
XXXXXXXX
Ref. Inquérito Policial Nº 218-01646/2013
MM. Dr. Juiz
1 - Segue denúncia em separado, imputado a prática do delito tipificado no art. 288, Parágrafo Único do Código Penal aos indiciados ELISA DE QUADROS PINTO SANZI, LUIZ CARLOS RENDEIRO JUNIOR, GABRIEL DA SILVA MARINHO, KARLAYNE MORAES DA SILVA PINHEIRO, ELOISA SAMY SANTIAGO, IGOR MENDES DA SILVA, CAMILA APARECIDA RODRIGUES JOURDAN, IGOR PEREIRA D’ICARAHY, DREAN MORAES DE MOURA CORRÊA, SHIRLENE FEITOZA DA FONSECA, LEONARDO FORTINI BARONI PEREIRA, EMERSON RAPHAEL OLIVEIRA DA FONSECA, RAFAEL RÊGO BARROS CARUSO, FILIPE PROENÇA DE CARVALHO MORAES, PEDRO GUILHERME MASCARENHAS FREIRE, FELIPE FRIEB DE CARVALHO, PEDRO BRANDÃO MAIA, vulgo "PEDRO PUNK", BRUNO DE SOUSA VIEIRA MACHADO, ANDRÉ DE CASTRO SANCHEZ BASSERES, JOSEANE MARIA ARAUJO DE FREITAS, REBECA MARTINS DE SOUZA, FABIO RAPOSO BARBOSA e CAIO SILVA RANGEL;
2 - Deixa o Ministério Público de incluir na denúncia os indiciados LUIZA DREYER DE SOUZA RODRIGUES, GERUSA LOPES DINIZ, RICARDO EGOAVIL CALDERON, vulgo “KARYU”, TIAGO TEIXEIRA NEVES DA ROCHA e EDUARDA OLIVEIRA CASTRO DE SOUZA por entender que não existem nos autos elementos seguros no sentido de atestar sua participação na incitação da prática de condutas criminosas ou, de qualquer modo, na prática direta de tais condutas.
O objeto da investigação que embasa a denúncia é a identificação dos responsáveis pela incitação e prática de atos de vandalismo e de agressões contra policiais, condutas estas que são iniciadas, por incentivo e planejamento dos denunciados quando da realização de atos legítimos reivindicação.
As lideranças violentas, aproveitando-se do natural clima de tensão que há em tais atos, insuflam os participantes contra a polícia – independente da existência de ação abusiva por parte desta – instigando-os ainda, à prática de atos de destruição do patrimônio de empresas, notadamente bancos, e do mobiliário público, sob o pretexto de se estarem atacando símbolos do status quo.
Assim como nem todos os participantes das manifestações, ainda que insuflados, participam dos atos violentos, também não se pode imputar indiscriminadamente a todas as lideranças dos movimentos populares a responsabilidade pela escalada da violência. Ainda que se exerça posição de liderança quanto aos grupos e ainda que haja risco de que os protestos descambem para a violência, não se pode, sem elementos concretos, responsabilizar os organizadores, sob pena de se cruzar a linha que separa a repressão do crime da repressão política.
No caso dos indiciados referidos no ítem1, resta claramente caracterizada nos autos a organização e prática das atividades criminosas, o que não ocorre, todavia, em relação a Luiza Dreyer, Gerusa Lopes, Ricardo Egoavil, Tiago Rocha e Eduardo Souza.
Quanto a Luiza, é fato que esta participava ativamente das manifestações e de sua organização, inclusive dialogando com alguns dos denunciados. Não há, todavia, elemento que permita liga-la diretamente à prática dos atos descritos na denúncia, ao menos no estado que a investigação se encontra.
No que toca aos demais, verifica-se que eram administradores da página Anonymous Rio, mantida no facebook. Embora, de fato, tal página se preste á divulgação das manifestações, não se pode apurar, concretamente, o incentivo à prática de ilícitos.
Note-se que nem mesmo eventual menção à indumentária a ser utilizada – o preto – pode ser interpretada como incentivo à violência, haja visto que mesmo no que se convencionou chamar estratégia blackbloc há uma diversidade de objetivos. Se de um lado não se pode tolerar, sob qualquer pretexto, o ataque direto às vidas de policiais e ao patrimônio público e privado, tampouco se pode afirmar a ilegitimidade da preparação para resistir a um eventual uso excessivo da força por parte dos agentes do Estado, fato este que, como é de conhecimento, já ocorreu.
De toda sorte, não havendo elemento que permita imputar a tais indiciados o incentivo direto à prática de crimes, deixa o Ministério Público de incluí-los na denúncia.
Esclarece, todavia, que tal omissão não importa em pedido de arquivamento de qualquer natureza, eis que, ainda que se haja encerrado a maior parte da investigação, ainda se encontram pendentes a realização de algumas diligências que, se não prejudicam o oferecimento de denúncia em face da maioria dos indiciados, podem fornecer elementos que permitam identificar outros participantes ou alterar fundamentalmente o quadro probatório em relação aos indiciados de que ora se trata.
Assim, requer o Ministério Público a extração de cópias do relatório da autoridade policial, bem como de fls. 764/764, 851/912, 963/965 e 1044/1094 do apenso, para remessa à DRCI, visando o prosseguimento das investigações em relação aos indiciados ainda não identificados.
3 - Em diligências, requer o Ministério Público:
- Venha aos autos o laudo pericial dos dispositivos de processamento e armazenamento de dados apreendidos;
- Seja determinada a busca e apreensão dos dados já requisitados ao Facebook, que até o momento ignorou a ordem judicial, sem prejuízo responsabilidade penal de seus administradores por desobediência;
- A remessa de cópias dos laudos e das informações obtidas à DRCI, para instruir o procedimento a ser originado pelo pleito anterior;
4 - Quanto à representação pela prisão preventiva dos indiciados, entende o Ministério Público deva esta ser acolhida no que toca aos que foram denunciados.
Consoante se verifica dos autos, tratam-se de indivíduos com forte atuação na organização e prática dos atos de violência em manifestações populares, havendo nos autos indícios claros de que, em liberdade, voltarão à prática de atos de tal natureza. A custódia cautelar é, pois, necessária a assegurar a ordem pública.
Verifica-se haver relacionamento estreito entre os denunciados e algumas das testemunhas, sendo que os depoimentos de XXXXXXX e XXXXXXX fazem menção à atuação no sentido de tentar controlar o que estes iriam dizer quando inquiridos em sede policial.
Assim sendo, opina o Ministério Público no sentido da decretação da prisão preventiva de ELISA DE QUADROS PINTO SANZI, LUIZ CARLOS RENDEIRO JUNIOR, GABRIEL DA SILVA MARINHO, KARLAYNE MORAES DA SILVA PINHEIRO, ELOISA SAMY SANTIAGO, IGOR MENDES DA SILVA, CAMILA APARECIDA RODRIGUES JOURDAN, IGOR PEREIRA D’ICARAHY, DREAN MORAES DE MOURA CORRÊA, SHIRLENE FEITOZA DA FONSECA, LEONARDO FORTINI BARONI PEREIRA, EMERSON RAPHAEL OLIVEIRA DA FONSECA, RAFAEL RÊGO BARROS CARUSO, FILIPE PROENÇA DE CARVALHO MORAES, PEDRO GUILHERME MASCARENHAS FREIRE, FELIPE FRIEB DE CARVALHO, PEDRO BRANDÃO MAIA, BRUNO DE SOUSA VIEIRA MACHADO, ANDRÉ DE CASTRO SANCHEZ BASSERES, JOSEANE MARIA ARAUJO DE FREITAS, REBECA MARTINS DE SOUZA
5 - Quanto aos indiciados LUIZA DREYER DE SOUZA RODRIGUES, GERUSA LOPES DINIZ, RICARDO EGOAVIL CALDERON, vulgo “KARYU”, TIAGO TEIXEIRA NEVES DA ROCHA e EDUARDA OLIVEIRA CASTRO DE SOUZA, considerando que não lhes é imputada a prática de conduta delituosa na denúncia, opina contrariamente á decretação de sua prisão preventiva, requerendo, ainda, a revogação da prisão temporária decretada, nos casos em que ainda se encontre em vigor a Decisão. (...