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quarta-feira, 30 de setembro de 2015

OS MILITARES ESPECIALMENTE DA RESERVA NÃO ESTÃO NADA SATISFEITO COM OS RUMOS DE NOSSA NAÇÃO E ESTE GOVERNO QUE AI ESTÁ

Nomeação de marido de Ideli para boquinha nos EUA e arranjo para aposentadoria do Dirceu irritam militares


O presidente do Clube Militar, General Gilberto Rodrigues Pimentel, já soltou um comunicado "na expectativa de um posicionamento do Comando da Força Terrestre" sobre a indicação do marido da petista Ideli Salvati para exercer uma "boquinha" na Junta Interamericana de Defesa - fato que causou turbulência na OEA, no Itamaraty e entre os militares. Certamente, o combativo General Pimentel terá fazer outro pedido de explicação oficial ao desgoverno sobre uma portaria do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que autoriza o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu a contar o tempo que viveu na clandestinidade — entre outubro de 1968 a dezembro de 1979 — para efeitos de aposentadoria.

Os casos do marido de Ideli, somado à aposentadoria do Dirceu por tempo de "vagabundagem terrorista" e às até agora inexplicáveis 23 viagens internacionais da amigona Rosemary Noronha na comitiva de Lula, são apenas uma comprovação de como politiqueiros amadores se apropriaram das doces vantagens do ineficiente, injusto e sistemicamente corrupto Capimunismo de Bruzundanga. Estas e tantas outras mancadas "burrocráticas" (como o recente Decreto 8515, que tentou mexer com o poder administrativo dos comandantes militares) justificam por que Dilma Rousseff não tem a menor condição de continuar ocupando a cadeira de Presidente da República.

O caso da benesse concedida a Dirceu (condenado no Mensalão e agora preso na Lava Jato) serviria como pequeno exemplo que explica por que a Previdência Social sempre tem rombos de caixa. Mais desmoralizante ainda é o fato de a Portaria, que beneficia Dirceu e mais 68 pessoas, ter sido publicada no Diário Oficial da União no dia 4 de agosto de 2015. Ou seja, exatamente um dia depois da prisão do petista pela Polícia Federal, por ordem do juiz Sérgio Fernando Moro, da 13a Vara Federal em Curitiba. Curioso é que a tal Portaria 1.152, tem data original de 31 de julho. Além de inoportuna, foi mais uma ação claramente "revanchista" do ministro Cardozo - que pode até ter assinado os papéis sem ter visto, coisa muito comum na gestão petista, na qual os dirigentes só sabem de tudo que lhes convém.

Tão ou mais grave que a jogada pró-aposentadoria de Dirceu, foi a outra manobra patrimonialista denunciada por reportagem do Estadão. O segundo-tenente músico do Exército, Jeferson da Silva Figueiredo, já está pronto para assumir, no dia 1º de outubro, o cargo de ajudante da Subsecretaria de Serviços Administrativos e de Conferências na Junta Interamericana de Defesa, em Washington. O militar foi beneficiado para acompanhar sua esposa, a ex-ministra da Secretaria de Relações Institucionais Ideli Salvatti -  recém nomeada assessora de Acesso a Direitos e Equidade da Organização dos Estados Americanos (OEA).


Figueiredo vai exercer o cargo por dois anos e terá remuneração de U$ 7,4 mil, correspondente a mais de R$ 30 mil mensais. O militar também recebeu ajuda de custo para sua ida para os Estados Unidos de cerca de US$ 10 mil, mais de R$ 40 mil. A portaria de transferência do marido de Ideli foi assinada no dia 5 de agosto pelo ministro da Defesa, Jaques Wagner, a pedido da ex-ministra. Curiosamente, a nomeação dele aconteceu antes de o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ter anunciado o novo corte no orçamento e severas restrições de gastos públicos para enfrentar a crise econômica.

O mais importante é que, com a nomeação de Figueiredo para exercer funções administrativas, o Brasil passará a contar com 19 militares na Junta Interamericana de Defesa: 11 oficiais e 8 praças. O Ministério da Defesa informa que trabalham na entidade 57 militares e civis de 23 dos 27 estados membros. A Junta tem a função de prestar à OEA “serviços de assessoramento técnico, consultivo e educativo sobre temas relacionados com assuntos militares e de defesa”.

O ministro Jaques Wagner atendeu ao pedido da amiga Ideli em favor do marido militar interpretando, no jeitinho da petelândia, o parágrafo único do artigo 1º do decreto 2.790 de 1998, que dizia que “ao ministro do Estado Maior das Forças Armadas é delegada competência” para baixar atos relativos aos militares que servem naquele órgão (OEA) e que, nas forças, a prerrogativa é dos comandantes". Mais uma vez, Wagner mostrou quem manda... E a burocracia militar obedece... Eis a dimensão da crise estrutural, política, econômica e moral...

Esgotou-se a velha "Nova República", nascida do golpe militar do General Leônidas que entronizou José Sarney no poder com a súbita morte do Presidente Tancredo Neves. Da mesma forma, a envelhecida Carta cidadã de 1988 também caducou. Os ocupantes dos três poderes, contaminados pelo câncer do crime institucionalizado e pelo patrimonialismo de sempre, fazem o que querem. No fim, o cidadão-eleitor-contribuinte é quem paga a conta.

A maioria cansou de ser idiota... O País vai mudar, queiram ou não queiram os "burrocratas", os politiqueiros e os ladrões do dinheiro público. Como bem prega o consultor Claudio Janowitzer, já passou da hora de acabarmos com o Estado de Tetologia (neologismo que junta "teta" com "fisiologia") levado ao paroxismo pela petralhada. Por isso é que o Brasil e seu modelo estatal canalha precisam sofrer uma mudança estrutural, urgente, começando por um grande pacto para uma nova Constituição capaz de proclamar uma República de verdade no Brasil.

Exemplos tétricos de "tetologia"


 O MINISTRO DE ESTADO DA JUSTIÇA, no uso de suas atribuições legais, com fulcro no artigo 8º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição, regulamentado pela Lei nº 10.559, de 13 de novembro de 2002, publicada no Diário Oficial de 14 de novembro de 2002, e considerando o resultado do julgamento proferido pela Comissão de Anistia, na 4ª Sessão Plenária, realizada no dia 10 de junho de 2015, no Requerimento de Anistia nº 2001.01.03415, resolve:
Dar provimento ao Recurso interposto por JOSE DIRCEU DE OLIVEIRA E SILVA, portador do CPF nº 033.620.088-95, para complementar a Portaria Ministerial n.º 0207, de 6 de março de 2002, publicada no Diário Oficial da União de 7 de março de 2002, para acrescentar a contagem de tempo, para todos os efeitos, do período compreendido de 12.10.1968 a 17.12.1979, nos termos do artigo 1º, inciso III, da Lei nº 10.559, de 13 de novembro de 2002. JOSÉ EDUARDO CARDOSO.

O que fazer com o arco-metropolitano ??? onetm em Caxias está era a pergunta que não queria calar ??

O prefeito de Nova Iguaçu, Nelson Bornier, defendeu a privatização do Arco Metropolitano, que corta parte dos municípios da Baixada Fluminense, como saída para a solução de uma série de problemas que passam pela falta de gestão, conclusão das obras inacabadas, insegurança e ocupação desordenada em alguns trechos da rodovia federal.

“Tem que terminar as obras do Arco e cobrar responsabilidade. Mas, se não há dinheiro, o que fazer? Criar concessão e dar realmente a alguém para poder tocar essa obra, conservar, sinalizar, administrar, fiscalizar e fazer o que mais tiver de ser feito”, sugeriu.

Bornier participou nesta segunda-feira (29) do debate sobre ocupação e segurança no entorno do Arco Metropolitano, promovido pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), em Duque de Caxias.

“Não temos dúvidas sobre a importância do Arco para o desenvolvimento da Baixada Fluminense, sobretudo, de Nova Iguaçu. Mas o projeto não pode ficar nas mãos do Estado, do DER....Alguém tem que administrar, já que o Governo Federal não tem condições de administrar o restante das obras a serem feitas. Tem que haver uma concessão”, disse.

Para Bornier não é verdade que haja tanta ocupação irregular no trecho de Nova Iguaçu, cortado pelo Arco Metropolitano, conforme tem sido noticiado na Imprensa. Segundo ele, loteamentos legalizados, sobretudo em Vila de Cava, região mais atingida pelas obras da nova rodovia, já estavam lá, muito antes da chegada do empreendimento.

“As prefeituras têm interesse em preservar e manter a ordem, bem como ajudar a solucionar os problemas do Arco. Até porque, no caso de Nova Iguaçu, são mais de 6 milhões de metros quadrados de áreas disponíveis para implantação de novas empresas. “Mas, quem seria, hoje, responsável, além da Prefeitura, pela autorização de funcionamento, por se tratar de uma área de competência do Governo Federal?”, questionou. 



FRONTEIRA DO DESENVOLVIMENTO

Na avaliação do secretário estadual de Transportes, Carlos Osório, é no Arco Metropolitano do Rio de Janeiro que está a nova fronteira do desenvolvimento do estado. “E para que ele se potencialize, todos nós, estado, prefeitura, União e sociedade civil têm que dar as mãos”, conclamou.

No entendimento do secretário, o Rio de Janeiro e a Baixada Fluminense têm uma grande vocação para ser o centro, a plataforma logística de classe mundial do Brasil. “Nós temos rodovias, áreas para desenvolver, entroncamentos de importantíssimas rodovias federais e também da malha ferroviária, além de portos e aeroportos”, explicou Osório, frisando que o Arco Metropolitano é a espinha dorsal da conexão desses sistemas de transporte.

“O novo desafio, agora, é manter, cuidar e garantir que o projeto atinja sua plena capacidade, potencializando ao máximo o desenvolvimento da região da Baixada Fluminense”, defendeu o secretário, para quem as intervenções no Arco Metropolitano mais parecem obra de igreja, numa alusão aos mais de 23 quilômetros de rodovia ainda não concluídos, em Itaguaí e Itaboraí.

“Temos que ser criativos e encontrar outras alternativas que viabilizem este investimento”, conclamou.

CARDOSO: O ARCO É UM PRÉDIO SEM PRIVADA

Diretor-executivo da Câmara Metropolitana, o arquiteto Vicente Loureiro disse que o grande desafio é saber o que fazer juntos, o mais rápido possível, empresários, sociedade, governo, municípios e a própria União, diante das condições econômicas e da conjuntura que o país enfrenta atualmente, para que o Arco Metropolitano cumpra as funções para as quais ele fora projetado.

Segundo ainda Loureiro, é preciso preservar o entorno do Arco Metropolitano para atrair investimentos, incentivando atividades vocacionadas ao desenvolvimento urbano, sejam elas industrial, logística ou mesmo habitacional.

Já prefeito Alexandre Cardoso, de Duque de Caxias, que cobrou “ousadia” dos debatedores em busca de solução, disse que questões envolvendo ocupação desordenada e insegurança são consequência e não causa. Na sua avaliação, o problema do Arco Metropolitano deve ser discutido politicamente e não tecnicamente. 

“O debate hoje é (saber) como nós encontramos solução para uma joia chamada Arco rodoviário, que, na verdade, é um prédio (em) que não colocaram a pia, a privada, a cozinha e, que, se não colocar, aí sim, vai ter uma ocupação desordenada”. 

Ainda na avaliação de Cardoso, “a discussão é sair do verbo para a verba”. Segundo ele, a questão do Arco Metropolitano não está na segurança e tampouco na ocupação desordenada.

“Eu acho que não se tem que encontrar a Geni; acho que a gente tem que dar as mãos, saber que muita gente errou e, por isso mesmo encontrar uma solução conjunta. Não adianta dizer que a culpa é do governo federal, estadual ou municipal e procurar a Geni. Quem procura a Geni não quer solução”, foi categórico, afirmando que a Baixada raramente, foi tratada com respeito.



quarta-feira, 16 de setembro de 2015

HOJE FOI DIA DE ESTA COM UM VERDADEIRO HEROI NACIONAL UM VETERANO COM SEUS 92 ANOS E UM DOS 9 DE MAIS DE 2000 QUE EXISTIAM E SÓ A 9 VIVOS NA BAIXADA


Hoje  foi um dia especial na presença de um verdadeiro heroi nacional um nobre combatente infante do Regimento Sampaio o ten,ref.Juventino que é presidente da associação de veteranos da FEB na baixada que já chegou a ter mais de 2000 veteranos da 2ª guerra mundial e hoje só estão vivos 9 herois na baixada ,estivemos presentes
 
estive presente junto com o vereador Luisinho da Ceramica e o meu Xara Adriano Dias da Concausa 
onde pela primeira vez eles puderam ver e ouvir o que estes herói viveram na guerra e ainda vivem nos seus dia a dia ,como o estado após o termino da guerra os abandonou e ainda continua a abandona-los a própria sorte ,confesso que não tem como não se emocionar com os relatos do TENENTE JUVENTINO que nos seus mais de 90 anos continua bem lucido e com um expetacular memoria ,
Confesso que sempre pensei em uma forma de homenagear estes heróis nacionais que ainda estão vivos na baixada e hoje com a presença do Vereador Luisinho e do Adriano Dias da CONCAUSA fiquei muito feliz e emocionado por ver que em minha cidade estes homens os nossos heróis serão honrados e suas memorias preservadas ,quando estou ao lado de um veterano e quando ouço as historias de heroísmo,patriotismo, de dor ,sofrimento ,abnegação ,espirito de corpo ,não tem como eu não me emocionar com os SENTA PÚA e os COBRAS FUMANTES ,

Muito obrigado meus amigos vereador Luisinho e Adriano Dias e que venham as homenagens as estes herois que parte do nosso povo nem sabe que eles existem 
abraços 
adsumus

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Pezão envia para Alerj projeto que cria órgão gestor da Região Metropolitana


Estado e 21 municípios serão responsáveis pela promoção de políticas públicas

O governador Luiz Fernando Pezão enviou para a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), nesta quarta-feira (09/09), o projeto de lei que dispõe sobre a gestão da Região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro e cria a Agência Executiva da Região Metropolitana. Na prática, o projeto amplia a influência da Câmara Metropolitana de Interação Governamental, criada em 11 de agosto de 2014. De acordo com o texto, o órgão visa promover políticas de integração urbanas do estado e dos 21 municípios que fazem parte da Região Metropolitana.




Seguindo decisão do Supremo Tribunal Federal, o Governo do Estado passa, desta forma, a compartilhar com os municípios a responsabilidade pelo saneamento básico da região, além do cuidado com o destino de resíduos sólidos, ocupação do solo, mobilidade urbana, mudanças climáticas e comunicação digital.

A Região Metropolitana exercerá as suas funções através de um Conselho Deliberativo, que será presidido pelo governador e contará com os prefeitos dos 21 municípios. O grupo se reunirá uma vez por semestre ou sempre que houver convocação do presidente. O peso do voto de cada ente levará em conta o tamanho da população da cidade.
Com investimento de 3 milhões de dólares do Banco Mundial, o plano vai incluir os municípios de Rio de Janeiro, Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Itaboraí, Japeri, Magé, Maricá, Mesquita, Nilópolis, Niterói, Nova Iguaçu, Paracambi, Queimados, São Gonçalo, São João de Meriti, Seropédica, Tanguá, Itaguaí, Rio Bonito e Cachoeiras de Macacu.

O órgão terá ainda um Conselho Consultivo, formado por 45 representantes das prefeituras, Câmaras de vereadores, além de empresários, órgãos de classe e organizações sociais, que terão mandato de dois anos. Eles poderão expor as suas opiniões, mas sem direito a voto.

Já a Agência Executiva da Região Metropolitana, que é integrante da Administração Pública Estadual indireta, será responsável pela execução das decisões tomadas pelo Conselho Deliberativo, inclusive conduzindo e acompanhando processos licitatórios.

Os principais programas da Câmara serão o desenvolvimento e o acompanhamento do Plano Estratégico, o levantamento aerofotogramétrico e uma cartografia atualizada das áreas urbanas dos municípios. Também está prevista a criação de um sistema de informações geográficas que permitirá a gestão integrada do desenvolvimento urbano da região.

Além disso, a entidade fará a fiscalização da implantação do Plano Metropolitano de Mobilidade Urbana e dos Planos Municipais, aprovando editais de licitação de serviços de transportes públicos e de operação e concessão de gestão de vias de impacto metropolitano.

Fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro 

BRTs PARA NOVA IGUAÇU ,OS CIDADAOS IGUAÇUANO ESTÃO CANSADOS DE TANTAS PROMESSAS E PARA NÃO CAIR NO ESQUECIMENTO DE UMA DAS VARIAS PROMESSAS FEITAS, ESTAMOS LEMBRANDO DAS PROMESSAS DO BRTs PARA NOVA IGUAÇU ???

Gostaria de saber cadê o BRTs via Light para Nova Iguaçu que foi prometido pelo ex.governador Sergio Cabral pelo atual governador Pezão e pelo atual prefeito de Nova Iguaçu Nelson Bornier ????
lembrando que as obras prometidas deveriam ter começadas a mais de 3 anos atrás ??? 

Gostaria de saber porque para a baixada só fazem promessas e para a capital sempre se tem prioridades ??? gostaria de saber o do porque os deputados eleitos com os votos dos iguaçuanos ficam omissos e calados ??? porque não botam a cara e mostram para que vieram e foram eleitos,

por isso que a cada dia mais eu me convenço da emancipação e criação do ESTADO DA BAIXADA FLUMINENSE ,Só assim seremos respeitados , 
E AI CADÊ O BRTs senhor Governador,senhores deputados ,senhor prefeito ,nossa população merece um explicação e respeito ..

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

VOU AQUI ESCREVER UM POUCO SOBRE A ESTRUTURA DO MINISTERIO DA DEFESA - Considerações



O projeto podre de poder (mensalão e Operação Lava Jato) do Partido dos Trabalhadores, sob régio controle do ex-presidente Lula da Silva, não esconde a ideologia perfeitamente definida pelo Foro de S. Paulo e identidade com a matriz esquerdopata de Fidel Castro e Hugo Chávez.

Em se tratando de Ministério da Defesa, ponto sensível para a consecução dos objetivos ideológicos, este tem merecido acurada atenção dos estrategistas e assessores da cúpula governo-petista de alijamento do segmento militar dos centros de decisão. Processo que vem desde a sua criação. Porém, mais célere e com metas preocupantes nos 13 anos de Lula e Dilma. 
  
  
Embora o Poder Militar integre o Poder Nacional, não é de hoje, conduzido pelo governo — ente civil — o comando de atacar, neutralizar, aprisionar, atirar, só ocorre a partir da gente fardada em defesa da concepção do Estado, nos casos de guerra ou ameaças à estabilidade institucional, integridade territorial, para manutenção da lei e da ordem.
      
Dentre os pontos sensíveis, a destacar o da formação dos militares e o correspondente meio de coordenação e controle na estrutura organizacional.
      
A Secretaria-Geral do MD, sob direção civil, desempenha o papel principal na condução das seguintes áreas, também chefiadas por civis: Secretaria de Organização Institucional (4 compartimentos/chefiados por civis), Secretaria de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto (1 compartimento chefiado por civil e 4 por militares), Sec. de Produtos de Defesa (3 compartimentos por militares), Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (3 compartimentos por civis) e Departamento do Programa Calha Norte (chefiado por civil). A administração pública chefiada por civis não é demérito, ainda que intimamente ligada às atividades militares, pois que envolve a todos nacionais na preparação e na guerra, na frente ou na retaguarda.
      
Também não se trata da distribuição de cargos em comissão (DEC N. 7974/2013) aos companheiros, mas a preocupação sobre a doutrina que os orienta em postos de extrema importância.
      
Na Secretaria-Geral, a autoridade militar, um general de Divisão, é o diretor do Departamento de Ensino, que integra a Secretaria de Pessoal,Ensino, Saúde e Desporto, já citada. Isto é, não “fala” com o Secretário-Geral do MD. Ora, qualquer documento gerado no Departamento de Ensino, do general de Divisão, hierarquicamente só abaixo do general de Exército, chegará ao Ministro da Defesa após o filtro de dois níveis acima conduzidos por civis.

Isto em se tratando do ensino de Ciências Militares, nos níveis de formação, especialização, aperfeiçoamento e de comando e estado-maior, pois que “defesa” implica em preparação para a guerra em todos os campos da administração, de pessoal, logística, mobilização, informações, comunicações, saúde, evacuação, sepultamento... Complexa na paz, pior na guerra.
      
Paralelamente, sob a subordinação do Comandante do Exército, p.ex., ainda no ensino, consta o Departamento de Educação e Cultura do Exército, antigo Departamento de Ensino e Pesquisa, com a missão, entre outras, de “administrar a execução das políticas de ensino e pesquisa; promover a evolução e o aperfeiçoamento dessas atividades;...”.
      
Na trilha da administração paralela, foi criado o Instituto Pandiá Calógeras, dirigido por civil, como definido “é um centro de pesquisas cuja missão é contribuir para desenvolver o pensamento sobre Segurança Internacional e Defesa Nacional no Brasil.”.
      
No lado militar, a Escola Superior de Guerra, fundada 1949, é um Instituto de Altos Estudos de Política, Estratégia e Defesa, e destina-se a desenvolver e consolidar os conhecimentos necessários ao exercício de funções de direção e assessoramento superior para o planejamento da Defesa Nacional. Como consta no seu portal, “Seus trabalhos são de natureza exclusivamente acadêmica, sendo um foro democrático e aberto ao livre debate.”... E tem como missão: “Realizar estudos e pesquisas para compreender a realidade nacional e internacional, e preparar civis e militares para formular políticas e estratégias relativas ao desenvolvimento, à segurança e à defesa nacionais.”.

Extratos do portal MD demonstram a influência na condução do ensino: “O Ministério da Defesa participa desse processo por meio, sobretudo, de duas instituições a ele vinculadas: a Escola Superior de Guerra (ESG) – onde funciona também o Instituto de Doutrina de Operações Conjuntas (IDOC) – e o Instituto Pandiá Calógeras (IPC). Além disso, atua no fomento à pesquisa e ao ensino, em parceria com instituições de ensino superior públicas e privadas, escolas militares e centros de estudos, a partir de iniciativas conduzidas pela Secretaria de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto (Sepesd).”. 

“O Congresso Acadêmico sobre Defesa Nacional é uma atividade de cunho educacional promovida pelo Ministério da Defesa, por meio da Secretaria de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto (Sepesd), em parceria com as principais escolas de formação de oficiais das Forças Armadas: Escola Naval, Academia Militar das Agulhas Negras e Academia da Força Aérea.”
Governo paralelo é uma sina?

Obs.:
- Lei nº 10.683/2003
- Lei Complementar nº 136/2010
- Dec nº 7974/2013
- Port 564/2014

Estamos caminhando para uma Guerra Híbrida. É a Guerra de Putin. Seria do Maduro e do Morales?


Os possíveis conflitos entre os países da América do Sul podem estar controlados e adormecidos pela busca da integração econômica, comercial e de infraestrutura, juntamente com outras ações que aumentam a confiança mútua entre os Estados.  Mas isso não significa que tenha desaparecido a relação de conflitualidade, a hostilidade não se manifesta apenas pela violência física do emprego do meio militar, ela continua a existir por problemas econômicos, diplomáticos, psicológicos, ideológicos, populistas; pela debilidade dos Estados; e, também, por rompantes nacionalistas e de valores étnico-culturais.

“A Guerra Híbrida é para alguns, o termo cunhado em 2009 pelo jornalista norte-americano Frank Hoffman e antecipado por George Kennan em 1948e é tão antigo como a própria guerra. Trata-se de uma fusão de soldados com e sem uniforme, paramilitares, táticas terroristas, ciberdefesa, conexões com traficantes de drogas, insurgência urbana e fuzis AK-47”. “É uma combinação de meios e instrumentos, do previsível e do imprevisível. Não há fronteiras entre o legal e o ilegal, entre a violência e a não violência. Não há uma distinção real entre guerra e paz.” (Diz Félix Arteaga, pesquisador de Segurança e Defesa do Real Instituto Elcano).

Os atores da Guerra Híbrida são caracterizados por grupos armados de insurgentes, terroristas, milícias e organizações criminosas. Estes grupos veem o conflito como uma continuação da política e utilizam violentas operações irregulares que perduram por um longo período, buscando atingir um controle coercitivo sobre as populações locais. (CLÉMENT-NOGUIER, 2003 - Artigo -  Intervenções para a paz em conflitos assimétricos: desafios na formulação de estratégias de estabilização no século XXI em relação a novos atores beligerantes - Rafael Assumpção Rocha).

A Guerra Híbrida, portanto, implica um mínimo objetivo político, no que se diferencia do banditismo e do gangsterismo ligados ao crime organizado.

2. É a guerra de Putin.

A que o presidente russo leva a cabo na Ucrânia, um conflito que os analistas qualificam de “híbrido” porque une forças regulares e não regulares, desinformação e uma pomposa presença militar em uma ofensiva limitada. (A guerra híbrida do século XXI: métodos legais e ilegais se fundem – 06/12/2014 - Cecilia Ballesteros)

3. Seria a guerra do Maduro?

A que o presidente venezuelano ameaça a levar a cabo no Brasil, em defesa do governo Dilma, que só seria possível com o desencadeamento de um conflito híbrido.

A Venezuela, num sentido ofensivo, busca expandir ideais revolucionários e fomentar o estabelecimento de regimes de relações socialistas, se armou como uma ferramenta-chave para explorar as vulnerabilidades políticas e econômicas de oponentes e para modificar a situação em benefício próprio. (vide: Luiz Gonzaga Schröeder Lessa http://www.reservaer.com.br/est-militares/perigo-venezuelano.html)

Maduro aplicaria as técnicas de um conflito híbrido, patrocinando grupos não governamentais (Fornecendo armamento pesado e leve, munição e recursos financeiros),numa ação dita em defesa do governo Dilma, mais com intuito verdadeiro de fomentar a expansão do bolivarismo, com o estabelecimento de regime similar no Brasil.

4. Seria a guerra do Evo Morales?

“É chamado de “Estado Débil” aquele em que o governo central tem pouco controle prático sobre o seu território. E de “Estado Falido”, o “Estado Débil” que não exerce um governo efetivo dentro de suas fronteiras, em função de altas taxas de criminalidade, corrupção extrema, um extenso mercado informal, judiciário ineficaz, interferência militar na política e presença de grupos armados paramilitares ou organizações terroristas controlando de fato parte ou todo o território, ou, ainda, os Estados são débeis ou falidos, quando perdem o controle exclusivo sobre os meios de coação.”

Potencialmente, um “Estado Falido” ou “Débil” é capaz de desestabilizar uma região inteira. Nele florescem fanatismos religiosos, tribais ou étnicos e ele serve de refúgio a organizações terroristas e criminosas. A multiplicação de forças não estatais, à margem da lei; os diferentes interesses enfrentados; a ingerência de outros Estados, tratando de ampliar sua área de influência; e o colapso dos serviços de Estado degenera, sem lugar a dúvidas, em um conflito ‘’empregando a guerra híbrida.

A Bolívia não possui capacidade militar convencional para vigiar suas fronteiras,portanto, a ameaça de Evo Morales, presidente de um Estado Débil, tendendo para um Estado Falido, é pouco crível.

A Bolívia poderia desencadear ações de guerra irregular na fronteira comum com o Brasil e em regiões de grande concentração de bolivianos,como São Paulo, e poderia aplicar as técnicas de um conflito híbrido, patrocinando grupos não governamentais (Fornecendo armamento pesado e leve, munição e recursos financeiros).

5. Conclusão.

Na América do Sul, se deve ser sensível à preocupação com os regimes populistas de propensão autoritária; com países que possuem milícias organizadas pelo governo em seu território; com países que adotaram um estranho armamentismo;bem como com países onde convivem produtores de droga, traficantes, guerrilheiros e o crime organizado (Estado Débil).

A ameaça venezuelana encontra respaldo em uma sólida base militar que, de forma significativa e pragmática,vai se construindo e consolidando a fim de apoiar as suas pretensões expansionistas, com o objetivo definido de, em médio prazo, transformar a Venezuela no maior poder militar da América do Sul. (vide: Luiz Gonzaga Schröeder Lessa http://www.reservaer.com.br/est-militares/perigo-venezuelano.html)

A Força Terrestre brasileira necessita ter a capacidade de conciliar o emprego de forças militares nas áreas estratégicas da Amazônia Ocidental, Centro Oeste, Leste e Sul, deforma simultânea, em caso de crise com países vizinhos, e, principalmente, no contexto das atuais ameaças.
O Comando Militar da Amazônia, o Comando Militar do Oeste e o Comando Militar do Leste necessitam dispor, de imediato, de recursos militares em quantidades que possibilitem seu emprego no contexto das ameaças Maduro e Evo Morales. Ter uma Força Militar pronta oferece vantagens estratégicas e psicológicas.

O Naval alerta contra o Perigo Venezuelano,,,

Volto ao assunto “Venezuela” por julgar que, dia-a-dia, as implicações e conseqüências para o Brasil do que lá se passa ganham novo realce e dimensão e por sentir que, apesar dos insistentes alertas da imprensa, o governo federal e a sua diplomacia em particular parecem indiferente às turbulências em curso.


Na semana passada a Assembléia Nacional Venezuelana  aprovou as polêmicas 58 emendas constitucionais, a mais preocupante delas aquela que prorroga indefinidamente o mandato presidencial de Hugo Chaves, que declarou pretender ficar no poder até 2031. Jovem ainda, o tempo joga a seu favor e, ao final do período que pré-fixou, estará com 77 anos de idade e todos os atuais líderes mundiais e continentais já terão saído da cena política.

É mais um daqueles exemplos que, periodicamente, atormentam a história mundial e que valendo-se das fragilidades da democracia busca a sua destruição, impondo-lhe um poder ditatorial sob uma roupagem de amplas liberdades e aprovação popular. Pouco a pouco, mas, talvez, já um tanto tarde, igreja,imprensa, oposicionistas políticos e  milhões de cidadãos esboçam uma reação ante a manifesta disposição de calar as suas vozes.

Assim, a chamada “República Bolivariana” se consolida e ameaça se espalhar pelo continente latino-americano, onde já encontra simpatizantes e parceiros submissos na Bolívia, Equador e até mesmo na orgulhosa Argentina, que, em busca de uns trocados, submete-se á política de Chaves.

Mas, o perigo venezuelano não se limita ao expansionismo da  sua ideologia  demodê, que intenta em implantar no continente o “socialismo do século XXI”. Encontra respaldo em uma sólida base militar que, de forma significativa e pragmática,  vai se construindo e consolidando  a fim de apoiar as suas pretensões expansionistas, com o objetivo definido de, a médio prazo, transformar a Venezuela no maior poder militar da América Latina, ameaçando, desde já, alguns países com intervenção armada , como foi a recente declaração  com relação à Bolívia, país com quem celebrou um controverso acordo militar, possibilitando a construção de numerosas bases nas suas fronteiras, vale dizer, inclusive com a nossa.

Parece que o Brasil ainda não se apercebeu do que está ocorrendo ao norte, quando movido pela abundância dos petrodólares Chaves promove pesados investimentos em armamentos sofisticados, gerando uma corrida armamentista e uma nova realidade político-militar na América do Sul.

O fantástico pacote militar venezuelano pode chegar a US$ 60 bilhões até 2020, quando, no dizer de Chaves, a Venezuela será a mais poderosa potência militar latino-americana. Ao começar o seu programa militar o barril de petróleo era cotado a US$ 40,00, hoje, em torno dos US$90,00, com possibilidades de atingir os US$ 100,0 até o final do presente ano.

Essa abundância de recursos financeiros, com perspectivas de assim prosseguir por um longo período, é um incentivo para a ampliação e o aprimoramento tecnológico do  seu complexo militar, abrangendo de forma ampla e equilibrada as suas forças terrestres,navais e aéreas.

O plano de modernização em curso dará às forças armadas venezuelanas (ou forças armadas bolivarianas) um invejável poder dissuasório, já no ano de 2012, com investimentos estimados  em US$ 30,7 bilhões, conforme abaixo se constata:

- elevação do contingente militar de 83.000 para 500.000 homens;
  
- criação da Milícia Nacional Bolivariana, hoje, com aproximadamente 1 milhão de milicianos , podendo chegar a 2 milhões. Enquadrada pelo Comando Geral das Reservas e Mobilização Nacional, sua estrutura é paralela e não subordinada às forças armadas e destina-se a defender o Partido Socialista Unido da Venezuela (seriam as SS venezuelanas?). Na prática, funciona como um contrapeso político às forças armadas.
  
- aquisição de um lote  3 submarinos russos que pode chegar a 10, classe Amur, de 1750 toneladas, propulsão diesel elétrica, capazes de operar em qualquer tipo de mar (exceção dos glaciares), equipados com 4 mísseis leves de cruzeiro, 10 mísseis antiaéreos e 18 torpedos pesados de 533 milímetros ;
  
- modernização e atualização tecnológica de 2 submarinos  de fabricação alemã;
  
- aquisição e ou revitalização de 138 navios de diversos tipos;
  
- aquisição de um lote de 800 viaturas blindadas russas, BTR-90, 20 toneladas,  sobre rodas, equipadas com canhões rápidos de 30 milímetros , velocidade de 110km/h. Essa compra pode alcançar 1000 veículos, com as 200 unidades suplementares destinadas ao transporte de tropa;
  
- aquisição de 100.000 fuzis automáticos russos kalashinikov, AR-103;
  
- aquisição de 24 super-caças Sukhoi-30, com investimento de US$ 800 milhões, ponta de lança de um ambicioso programa que pode chegar até 150 supersônicos;
  
- aquisição de 53 helicópteros de ataque russos (modelos MI-17, MI-35 e MI-26);
  
 aquisição de 10 aviões de transporte CASA 295;
  
 aquisição de 2 aviões de patrulha marítima CASA 235;
  
- aquisição de 600.000 bombas, comuns e inteligentes, guiadas a laser ou  por GPS, compradas da Europa;
  
- negociação de 10 radares de defesa aérea com a Suíça e de 3 estações de radar tridimensional YPR, com a China, como parte de um programa de US$ 150 milhões para a defesa aérea;
  
- mísseis antiaéreos e de longo alcance.

Será que todo esse aparato militar destina-se apenas a se por a uma possível invasão norte-americana? Parece pouco provável.

A modernização e ampliação das forças armadas venezuelanas tem um importante subproduto político: o apoio incondicional dos seus integrantes à loucura bolivariana e o suporte para um longo período ditatorial.

Chaves, na sua luta messiânica de implantar na América Latina o socialismo do século XXI, não tem pejo de fazê-lo apenas no campo  da doutrinação ideológica. Apóstolo de um credo retrógrado, que nem o grande Simon Bolívar foi capaz de concretizar, sonha unir os povos latino-americanos sob sua influência e poder, de forma pacífica ou cruenta, como recentemente ameaçou, unilateralmente, intervir militarmente na Bolívia para apoiar Evo Morales.

Seria o caso de se perguntar qual seria a atitude brasileira face à essa loucura política, junto às nossas fronteiras.? Iríamos tolerar, como disse o próprio Chaves, um novo Vietnã em área diplomática do nosso interesse imediato?

Arvorando-se portador de uma mensagem salvadora, messiânica, de redenção das populações miseráveis, metamorfoseia-se  em polícia hemisférica apoiando os que lhe são fiéis e combatendo os que se lhe opõem. Começa a apresentar as garras de todo caudilho: a autoconfiança, a prepotência, a propriedade da verdade absoluta e a firme convicção de que os fins justificam os meios.

A Venezuela tem pendências históricas com a Colômbia e a Guiana e tornando-se uma potência militarista e expansionista pode ser tentada a resolvê-las pela força das armas.

A médio prazo está criado um clima de grande instabilidade e apreensão ao norte do continente sul-americano.

E o Brasil como se situa nesse desafiante contexto?

Diplomaticamente, temos demonstrado uma enorme inaptidão  e fragilidade para exercer o poder que temos. Quase  que caminhamos a reboque das idéias de Chaves. Todos os seus grandes projetos e iniciativas – Mercosul, gasoduto sul-americano, banco do sul – mesmo contrariando interesses brasileiros, vêm encontrando guarida e boa vontade na nossa diplomacia, o que só faz crescer a força pessoal e política do caudilho no hemisfério, em detrimento da tradicional influência brasileira.

Militarmente, é ainda mais crítica a nossa situação e, talvez, isso possa explicar a submissão da diplomacia, que não tem a respaldá-la uma  força militar dotada de real capacidade dissuasória.

A ameaça da Venezuela não se restringe apenas à parte norte do país, Roraima em particular. O núcleo vital, Brasília incluída, estará ao alcance dos seus aviões supersônicos, que terão a certeza do sucesso dos seus ataques e incursões pela fragilidade da nossa defesa antiaérea e meios aéreos de interceptação.

Os modernos BTR-90, que mobiliarão as unidades de reconhecimento e mecanizadas venezuelanas, não encontrarão pela frente resistência de vulto e a possível incursão ao longo da espinha dorsal da BR-174 será um verdadeiro passeio.

No mar, o núcleo vital do País, suas plataformas de petróleo e o intenso e fundamental comércio marítimo brasileiro ficarão seriamente ameaçados pelos modernos submarinos Amur, que terão pela frente uma tímida resposta da nossa Marinha.

E por que chegamos a esse  quadro catastrófico e, infelizmente, muito longe de hipotético.?

Porque há um quarto de século as forças armadas brasileiras vêm sendo menosprezadas e contempladas com baixíssimas prioridades, se é que alguma existe, pelas ações governamentais indiferentes às possíveis ameaças e incapazes de estabelecerem e executarem uma política de defesa consentânea com os objetivos de segurança do Brasil. A falta de visão estratégica  dos nossos dirigentes é abaixo da crítica.

É vergonhoso, desestimulante e quase desanimador  o quadro catastrófico revelado nos  recentes depoimentos, no Congresso Nacional, pelos comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.

Em linguagem bem crua e real as nossas forças armadas estão muito aquém, não têm condições de cumprir as suas missões constitucionais de garantia da soberania e integridade territorial brasileiras.

Revanchismos, pequenez política, oportunismos, roubalheiras, politicagens, ausência de uma postura de estadista do comandante-em-chefe têm concorrido para as baixíssimas prioridades dadas às forças armadas, impedindo-as de realizarem investimentos que promovam a sua modernização e atualização tecnológica.

O pouco que recebem é para a sua vida vegetativa. E se existe uma lição que todos temos que apreender é que forças armadas não se improvisam e relegá-las a plano secundário  é correr o inaceitável risco da derrota. Como hoje se encontram, melhor seria chamá-las de forças desarmadas.

É forçoso que o brasileiro em geral e as elites dirigentes em particular tomem conhecimento do estado deplorável, vergonhoso e das enormes fragilidades em que se encontram as suas forças armadas e que, quando empregadas, o verdadeiro ônus do despreparo e do provável insucesso  recaia no governo, na figura do comandante-em-chefe, na  qual o Presidente da República está investido.

O quadro atual parece mais caótico do que aquele vivido nos primórdios da Guerra do Paraguai, quando tivemos que amargar a vergonhosa capitulação de Uruguaiana e promover a reorganização e o reequipamento da Marinha e do Exército quando o inimigo já pisava o solo pátrio.

Mestra nos seus ensinamentos, a história registra o mal que figuras totalitárias e caudilhescas, como a do Sr Hugo Chaves, fazem aos seus países e à humanidade.

Mais do que nunca, o Brasil não pode menosprezar o perigo venezuelano.