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quarta-feira, 8 de outubro de 2014

CRIME ELEITORAL USO DA MAQUINA DO GOVERNO PARA A RELEIÇÃO DE DILMA E PERPETUAÇÃO NO PODER PELO PT E CIA,Sindicato denuncia diretor por usar os Correios em MT a favor de Dilma,



O presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Empresas dos Correios e Telégrafos de Mato Grosso, Edmar Santos Leite, protocolou, hoje à tarde, denúncia no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) contra o diretor regional dos Correios, Nilton Nascimento, acusando-o de crime eleitoral em favor dos candidatos do Partido dos Trabalhadores, Dilma Rousseff, Lúdio Cabral, Ságuas Moraes, Ademir Brunetto, além do republicano Wellington Fagundes, candidato ao Senado pela coligação “Amor a Nossa Gente”.
A denúncia foi motivada por solicitações dos próprios servidores, que alegaram intimidação e coação dentro dos Correios. Conforme as acusações de Leite, Nascimento teria utilizado a estrutura da empresa pública para “pedir votos” aos servidores.
No dia 23 de setembro, o diretor teria realizado uma reunião em um hotel com Lúdio Cabral e os servidores comissionados e indicados na instituição. No documento endereçado ao presidente do TRE, desembargador Juvenal Pereira da Silva, o sindicato afirma que a partir do encontro ficou determinado o envio de cartas aos servidores. A correspondência foi enviada sem remetente no dia 25 de setembro, sendo entregue com “prioridade máxima” no dia seguinte, para mais de 1.600 funcionários.
Durante a entrevista coletiva, Leite chegou a questionar os recursos utilizados para agendar a reunião no hotel, levantando suspeitas sobre a utilização de recursos dos Correios.
O sindicato afirma que a ação utilizou dados e informações do banco de cadastro da empresa, o que configura crime eleitoral. Além disso, a postagem das cartas não teria seguido a tabela de preços praticada no mercado. Conforme a tabela, uma carta com peso de até 20 gramas, sem serviços adicionais, tem custo de R$ 1,30. No entanto, as cartas endereçadas aos servidores tiveram custo de R$ 0,60 centavos, ou seja, menos da metade do preço. A correspondência ainda foi entregue no local de trabalho, o que acentuou o sentimento de coação nos funcionários.
“Trabalhadores têm denunciado a este sindicato que estão se sentindo constrangidos e até coagidos pelas correspondências do diretor, tendo em vista o histórico de perseguições políticas e de coação por parte do diretor”, diz trecho da denúncia.
Na carta assinada por Nilton, ele cita avanços do governo federal nos últimos 12 anos, com programas sociais e cursos de capacitação. Em letras maiúsculas, destaca os nomes dos candidatos, os números e a palavra “voto”.
A denúncia está na secretaria judiciária e deve ser distribuída a um juiz eleitoral ainda nessa sexta-feira devido à proximidade das eleições.
No cenário nacional, uma série de denúncias envolvendo a utilização dos Correios na campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) ganhou repercussão nos últimos dias. Tanto que o adversário da petista, Aécio Neves (PSDB), chegou a dizer que vai entrar com uma ação criminal contra o PT.
Outro Lado: 
A assessoria dos Correios divulgou nota negou as acusações e garantiu que as cartas foram enviadas apenas a pessoas conhecidas de Nilton, com recursos próprios. Também afirmou que o evento no hotel foi realizado e horário fora do expediente, com pagamento feito pelo diretor.  "Não procedem as informações. Não houve uso da infraestrutura pública para o envio. Foram enviadas apenas 670 malas diretas locais e estaduais, para pessoas conhecidas de Nilton do Nascimento. O envio ocorreu na condição de cidadão — a postagem foi paga com recursos particulares, conforme recibo em anexo. O preço de cada unidade variou entre R$ 0,77 (estadual) e R$ 0,72 (local), conforme a tabela vigente. Não houve operação especial para a entrega e os objetos seguiram o fluxo postal previsto para esta modalidade de serviço.
Quanto à participação do diretor na reunião, ocorreu no período noturno, fora dos Correios e não utilizou qualquer recurso da instituição. A participação do profissional, como cidadão, nessa ou em outra atividade, fora do âmbito dos Correios e fora do seu expediente de trabalho, diz respeito à pessoa e não à empresa. Não procedem as informações de perseguição a funcionários. Eventuais processos de sindicância são realizados conforme as normas internas existentes e oferecem amplo direito ao contraditório."
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