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segunda-feira, 17 de agosto de 2015

O NAVAL INFORMA :A Reação de Lula a manifestações de rua confirma medo de ser pego, de surpresa, em nova ação da Lava Jato

Em Brasília, um boneco gigante do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vestido como um legítimo companheiro petralha-presidiário e com o número "13-171" (cuja soma dá a morte, na cabala), foi o símbolo máximo da indignação do povo brasileiro contra os governos corruptos da Nova República. Este regime corrupto iniciado em 1985, no verdadeiro "golpe militar" do General Leônidas (que botou José Sarney na Presidência), começa a acabar com o velório cívico do desgoverno nazicomunopetralha de Dilma Rousseff e seus comparsas do PMDB - partido que não larga o osso do poder e arma um novo golpe, via Renan Calheiros, Michel Temer, Eduardo Cunha & caterva para continuar comandando o Palácio do Planalto. 
Lula ficou pt da vida! Assim o "Fantástico", da Rede Globo, fechou ontem a matéria de quase 13 minutos sobre a megamanifestação em todo o País: "Em relação aos protestos contra o ex-presidente Luíz Inácio Lula da Silva e o boneco que o representava vestido como presidiário, o Instituto Lula divulgou nota em que afirma “Lula foi preso na ditadura porque defendia a liberdade de expressão e organização política. O povo brasileiro sabe que ele só pode ser acusado de ter promovido a melhora das condições de vida e acabado com a fome de milhões de brasileiros, o que para alguns, parece ser um crime político intolerável. Lula jamais cometeu qualquer ilegalidade antes, durante ou depois de seus dois governos”.


O teor dessa de ficção política foi apenas o recibo passado por Lula de quem tem medo concreto e quase certeza de que será atingido, duramente, pelos desdobramentos da Operação Lava Jato. A maior mágoa de $talinácio é constatar que a História lhe transformou de herói em vilão. No imaginário popular, aquele sindicalista que outrora fora um mito, endeusado e idolatrado como salvador da pátria, agora se transformou em um personagem decadente, que mal consegue sair de casa, em São Bernardo do Campo, sem ser xingado pelos pejorativos termos "ladrão" ou "lacraia". Lula hoje é um sobrevivente em agonia. Seu ego só não foi tão barbaramente assassinato como Celso Daniel, prefeito de Santo André...

O fogo está centrado em Lula. A Rede Globo, ontem, exagerou na dose dos ataques (merecidos, diga-se de passagem) ao chefão petista. No entanto, é preciso ficar claro que Lula, apesar de ser o cabeça, não é a causa dos problemas brasileiros. Lula, Dilma, PT, PMDB, PSDB e por aí vão são consequências da nossa estrutura estatal Capimunista - cartorial, centralizadora, cartelizada e corrupta - que temos de derrubar e transformar em um Estado Republicano, Federalista, Transparente, com Segurança do Direito (Democracia) e mecanismos de Controle exercido pela Sociedade, para a efetiva Ordem Pública, Paz Social, Desenvolvimento e Progresso.

Se queremos o Bem do Brasil, temos de ficar vigilantes contra o golpe armado pelos conchavos políticos de Lula e da sua bonequinha Dilma com Renan Calheiros - que agora se arvora de "salvador da pátria", na disputa intestina de poder contra os também peemedebistas Michel Temer (que pode até compor com ele) e Eduardo Cunha (que tende a um rompimento). Eles armam o golpe para que Dilma, mesmo agonizante e impopular, permaneça no poder até quando der e puder, sendo substituída por algum deles, se algo der errado (o que tem grandes chances de acontecer contra a velha turma da Nova República).


Lula tem motivos para ficar deprimido - o que oferece alto risco para o retorno de um violento câncer.
Até para o mais refinado sem vergonha, é muito vexame ver o povo, ajoelhado, ao lado de um caixão com as imagens dele, da Dilma e a estrelinha vermelha do PT, sob uma gigantesca bandeira verde e amarela, onde estava escrito: "Intervenção Constitucional, já". Tal imagem fúnebre do regime nazicomonopetralha, mas que simboliza o renascimento cívico do verdadeiro povo brasileiro, foi captada ontem, na Avenida Atlantida em frente a casa da ex.presidente da Petrobras Graça FOSTERS onde houve uma sonora vaia em alto e bom som e Avenida Paulista, em frente ao prédio da Fundação Cásper Libero, da TV Gazeta. Naquele instante, os manifestantes rezaram com o Padre Carlos, pedindo novos tempos para o Brasil.



Nem o cineasta esquerdista francês, Jean-Luc Godard, poderia roteirizar um filme tão revolucionário como o protagonizado ontem pelo povo brasileiro nas ruas das principais capitais e cidades do Brasil. Os cidadãos repetiram as manifestações absolutamente pacíficas e ordeiras que levaram centenas de milhares a trocar um domingo de descanso e lazer por um ato cívico de patriotismo - coisa tão odiada pela canhota ideologia internacionalista e globalitária dos fanáticos seguidores de seitas como o PT e afins. O povo reafirmou seu compromisso com o desejo por mudanças reais, concretas e objetivas.


Foram vários os motes das manifestações. Na Av.atlantida e Avenida Paulista, propositalmente ignorado pela Rede Globo (onde a militância jornalística de esquerda é hegemônica), na Av.atlantida após o Jornalista e equipe da emissora terem mentidos sobre o numero real de participantes onde os mesmos disseram haver só 20 mil pessoas os mesmos ao serem indentificados na manifestação forram expulsos de lá 

foi gigantesca a adesão popular em favor da "Intervenção Constitucional pelo Poder Instituinte do Povo". Havia também milhares de pessoas, sem foco específico e entendimento completo da realidade do sistema de poder tupiniquim, que exigiam, com gritos e cartazes, apenas a mera saída da Presidenta Dilma Rousseff. Fez sucesso uma foto com a imagem de Lula, quando ainda era sindicalista, com os dizeres: "Falta o Chefe"... e na Av.atlantida onde manifestantes colocaram fogo numa foto da atual presidanta Dilma
Nesta linha de raciocínio, foi exaltado na manifestação, novamente, o juiz Sérgio Moro. Não é fácil viver em um País em que a popularidade de um Presidente da República é inversamente proporcional a de um magistrado que apenas cumpre seu dever...

Tal desconforto deveria ser sentido por políticos que compareceram ao ato, em carros de som que ajudaram a patrocinar sem admitir publicamente, centraram fogo apenas na saída de Dilma e do PT. Pediram o simples "Impeachment" (que só serviria para colocar, de imediato, na Presidência da República, Michel Temer, Eduardo Cunha, Renan Calheiros ou, se eles ficarem impedidos por problemas judiciais, Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, que é publicamente reconhecido como amigo pessoal de Luiz Inácio Lula da Silva. A Rede Globo e afins preferiram dar destaque a eles...


Não importa quantidade nem a polêmica sobre o número real de participantes. O que realmente importa é a qualidade da manifestação. As reações espontâneas no ato público de ontem foram impressionantes. Na hora da dispersão, por volta das 18 horas, manifestantes em favor da Intervenção Constitucional tomaram uma decisão não planejada. Abriram uma gigantesca bandeira verde-amarela e partiram, a pé, do prédio da TV Gazeta até o Comando Militar do Sudeste, no Ibirapuera.
No trajeto de descida pela Avenida Brigadeiro Luiz Antônio até chegar à Avenida Mario Kozel Filho, o pedação  patriótico de pano foi saudado por populares e pelas buzinas dos carros de quem não foi à manifestação. Em frente ao quartel general do Exército, onde está montado um "acampamento cívico" (onde está pintada de verde-amarelo a ciclo-faixa vermelha do Prefeito Fernando Haddad), as pessoas comuns promoveram um abraço e uma nova manifestação.


Destaque imagético para um bebê, sentado sobre o bandeirão no asfalto, com o pavilhão nacional de fundo e a faixa reivindicando "Intervenção Constitucional, já", com os dizeres: "Socorro, FFAA! Salvem o Brasil. Estamos desarmados. Terroristas nos ameaçam. SOCORRO! Não queremos o PNDH3! Salve nossas crianças! O Brasil se tornou um País sem Lei! Os três Poderes estão aparelhados! Intervenção Constitucional, já!" 

O movimento foi filmado por oficiais do Exército que estavam à paisana. Aliás, ao longo da manifestação da Avenida Paulista, havia pelo menos 20 agentes de inteligência militar providencialmente "camuflados" (vestidos como um cidadão qualquer, inclusive com barba por fazer e não bem vestidos, para não dar na pinta). Os militares acompanharam a manifestação ostensivamente. Publicamente, o Alto Comando ainda foge da intervenção como Lula tenta escapar da ligação com o Mensalão e o Petrolão... Fugir de tais situações não será tarefa fácil para nenhum deles... O povo já deu o recado e disse o que deseja...


O regime nazicomunopetralha agoniza, mas ainda não está completamente morto, apesar da vontade e do simbólico humor negro popular. No entanto, o Alerta Total repete por 13 x 13, para dar sorte: A mudança brasileira é inevitável. Trata-se de uma demanda interna e do mundo, que depende de nossa estabilidade institucional e produtiva. Por isso, o povo, em massa, nas ruas, mesmo sem saber direito o que está fazendo no evento patrocinado pela "oposição", representou um avanço cultural, civilizatório e cidadão. Foi um passo gigantesco para mudar o Brasil para melhor. Só a pressão exercida diretamente pelo povo provocará tais mudanças. Inúteis são os conchavos e conversas fiadas da desclassificada classe da politicagem, que precisa ser substituída por quem faça Política de verdade...


A Revolução Brasileira avançou ontem. O movimento histórico da mudança é gradual. As pré-condições para as transformações já são reais e começam a se consolidar. O processo democrático não acontece por milagre. É conquistado de forma segura até amadurecer. O povo brasileiro começa a trilhar o caminho certo. Esta é a melhor de todas as notícias não publicadas pela mídia amestrada do Brasil.



segunda-feira, 10 de agosto de 2015

O naval informa as Frases para guardar: umas para rir, outras para chorar do mentor da Dilma o Molusco-mor


resumo: Uma série de frases demonstra como o velho ditado "nada como um dia depois do outro" permanece mais adequado do que nunca.

BLOCO 1 - FRASES DO LULA:
“A grande maioria de nossas importações vem de fora do país” (descoberta científica!) (presidente Lula).

- “Eu gostaria de ter estudado latim, assim eu poderia me comunicar melhor com o povo da América Latina” (fantástico!) (presidente Lula).

- “Se não tivermos sucesso, corremos o risco de fracassarmos” (gênio!) (presidente Lula)

- “O Holocausto foi um período obsceno na história de nossa Nação. Quer dizer, na história deste século. Mas todos vivemos neste século. Eu não vivi nesse século” (raciocínio surpreendente!) (presidente Lula)

- “Uma palavra resume provavelmente a responsabilidade de qualquer governante. E essa palavra é estar preparado” (Nobel pra ele, rápido!) (presidente Lula)

- “O futuro será melhor amanhã” (gênio!) (presidente Lula)

- “Nós temos um firme compromisso com a OTAN. Nós fazemos parte dela. Nós temos um firme compromisso com a Europa. Nós fazemos parte da Europa” (coitada da geografia!) (presidente Lula)

- “Um número baixo de votantes é uma indicação de que menos pessoas votaram” (grande!) (presidente Lula)

- “Nós estamos preparados para qualquer imprevisto que possam ocorrer” (coitada da gramática!) (presidente Lula)

- "Para a NASA o espaço ainda é uma alta prioridade" (fenomenal!) (presidente Lula)

- "Não é a poluição que está prejudicando o meio ambiente. São as impurezas no ar e na água que fazem isso" (a Marina Silva sabe disso?) (presidente Lula)

- "É tempo para a raça humana entrar no sistema solar" (como é que é?) (presidente Lula)

- “Se um cortador de cana tem que trabalhar 60 anos para se aposentar, por que um professor universitário se aposenta com 53?” (presidente Lula, aposentado com 50 anos)

- "Não me pergunte o que é ainda, que eu não sei, e não me pergunte a solução, que eu não a tenho, mas vou encontrar, porque o país precisa crescer" (presidente Lula, em novembro de 2006) (Deixa o homem trabalhar!)

- “Roberto Marinho não faz outra coisa a não ser mentir para o povo” (Lula, em 1987).

- ”O Brasil perde um homem que passou a vida acreditando no Brasil. Como dizia nosso amigo Carlito Maia, tem gente que vem ao mundo a passeio. Tem gente que vem ao mundo a serviço. Roberto Marinho foi um homem que veio ao mundo a serviço. Quase um século de vida de serviços prestados à comunicação, à educação e ao futuro do Brasil. À família, aos amigos e aos funcionários das Organizações Globo, rendo as minhas homenagens póstumas. Declaro três dias de luto oficial”. (presidente Lula, em  2003)

- “E, para nossa felicidade, muitos companheiros que eram militantes de esquerda na década de 80 estão se transformando em governo. Então, nós passamos a ter uma relação privilegiada com presidentes e com ministros que eram militantes, junto conosco, do Foro de São Paulo, tentando encontrar uma saída democrática para a esquerda na América Latina”. (presidenteLula, em 1 de setembro de 2005, na formatura dos novos diplomatas, no Instituto Rio Branco).

- Em 12 de dezembro de 2006, em reunião com a Coordenação de Movimentos Sociais (CUT, MST, UNE, MTST, UBES, CONAM, etc) no Palácio do Planalto, Lula elogiou a obediência na China: “na China é que é bom. Não tem partido, e quando o presidente manda, todo mundo obedece. Aqui, eu mando e nem o PT me obedece” (O Globo, 14 de dezembro de 2006)

-“Naquela época, se houvesse eleição, Médici ganhava. E foi no auge da repressão política mesmo, o que a gente chama de período mais duro do regime militar. A popularidade de Médici no meio da classe trabalhadora era muito grande. Ora por que? Porque era uma época de pleno emprego” (Luiz Inácio Lula da Silva depoimento a Ronaldo Costa Couto, in Memória Viva do Regime Militar).

- “Essas coisas acontecem. A democracia não é só coisa limpa” (Lula, em comício com Humberto Costa, seu ex-Ministro da Saúde, indiciado por corrupção)

- “Se a gente não cumprir, é porque houve fatoresextraterrestres que não permitiram que cumpríssemos” (Lula, renovando promessas para um segundo mandato).

- "Democracia é bom, mas tem hora" (Lula, referindo-se à expulsão de Paulo de Tarso Venceslau, do PT, por ter denunciado corrupção no partido, revista Isto É, 25 de março de 1998).

- "Não sou e nem nunca fui socialista. Como posso ser a favor de um regime no qual quem produzir oito garrafas de cerveja ganhará o mesmo que quem produz dez?" (Lula, revista VEJA, 13 de agosto de 1997).

- "Como meu adversário tem 9 minutos no programa eleitoral e eu apenas 3, ele pode mentir 3 vezes mais" (candidato Lula, JB, 15 de setembro de 1994).

- "O presidente FHC não tem autoridade moral para criticar os que fazem saques no Nordeste, pois é um saqueador profissional (...) FHC é mentiroso e demagogo" (Lula, em Fortaleza/CE O Globo, 6 de maio de 1998).

- "Não tomei Viagra, mas estou com um tesão da porra. Vamos fazer campanha para ganhar" (candidato Lula, 28 de maio de 1998, em Petrolina/PE, O Globo, 29 de maio de 1998).

- "Com uma canetada só, vou resolver o problema da reforma agrária no Brasil" (candidato Lula, Folha de São Paulo, 2 de junho de 1998).

- "Ele (Celso Daniel) se encontrará com Marighela, Guevara, Paulo Freire, Henfil, Betinho, Chico Mendes, Toninho e os sem terra" (Declaração de Lula sobre a morte do prefeito Celso Daniel, jornal Correio do Povo, Porto Alegre, 16 de janeiro de 2002, página 2).

- “Não é um simples comício. É uma aula de pós-graduação de sociologia política” (Lula, no comício em que beijou a mão de Jader Barbalho)

BLOCO 2 - FRASES FILOSÓFICAS DO PRESIDENTE LULA

- "Não é mérito, mas, pela primeira vez na história da República, a República tem um presidente e um vice-presidente que não têm diploma universitário. Possivelmente, se nós tivéssemos, poderíamos fazer muito mais" (Primeira Leitura 13/09/2003 e Radiobrás).

- "Estou vendo aqui companheiros portadores de deficiência física. Estou vendo o Arnaldo Godoy sentado, tentando me olhar, mas ele não pode me olhar porque ele é cego. Estou aqui à tua esquerda, viu, Arnaldo! Agora, você está olhando pra mim..." (Site da Radiobras, 27/06/2003).

- "Há males que vêm para bem". Ao agradecer ao presidente da Rússia pelo apoio que seu país estava dando às investigações do acidente de Alcântara, quando morreram 19 técnicos (Citação reproduzida por vários jornais).

- "Tem lei que pega e tem lei que não pega. Essa do Primeiro Emprego não pegou" (www.estadao.com.br/ext/politica/palavra.htm)

- "Eu sou filho de uma mulher que nasceu analfabeta.”(falando no Dia Internacional da Mulher, em 8 de março de 2004 - Radiobrás da data e vários jornais).

 “Um brinde à felicidade do presidente Al Assad". O presidente sírio não se levantou nem ergueu a taça porque os muçulmanos não ingerem bebidas alcoólicas (Tribuna da Imprensa, 4 de dezembro de 2003)

- "Daqui a dois ou três anos possivelmente não estaremos aqui, talvez sejam outros. E nem será o Tony Blair que estará convidando, será outra pessoa". Em reunião de Chefes de Estado em Londres, onde o regime é parlamentarista e o mandato do primeiro-ministro não tem prazo para acabar (O Globo, 15/07/2003 e jornais do mundo inteiro)

- "Um país que constrói um monumento daquela magnitude tem tudo para ser mais desenvolvido do que é atualmente”. Na Índia, referindo-se ao Taj Mahal, em 29 de janeiro de 2004 (Citado por Miriam Leitão, em O Globo de 01/05/2004)

- "O governo tenta fazer o simples, porque o difícil é difícil”, na 1ª Conferência Nacional do Esporte, em 17 de junho de 2004 (Folha de São Paulo, 18/07/2004).

- "O Atlântico é apenas um rio caudaloso, de praias de areias brancas, que une os dois países”. Falando no Gabão sobre a aproximação entre o Brasil e aquele país (O Estado de São Paulo, 27 de julho de 2004).

- "O continente sul-americano e o continente árabe (???) não podem mais, no século XXI, ficar à espera de serem descobertos”. Falando na Síria, em 04 de abril de 2004 (Diário de Notícias, 04 de abril de 2004).

- "O Brasil só não faz fronteira com Chile, Equador e Bolívia”. Falando a empresários, em Nova Iorque, no dia 23/06/2004, sem saber que temos 3 mil quilômetros de fronteira com a Bolívia (Revista Veja, 30 de junho de 2004).

- "Eu fui agora ao Gabão aprender como é que um presidente consegue ficar 37 anos no poder e ainda se candidatar à reeleição". Em conversa com o presidente da Costa Rica, Abel Pacheco, 17/08/2004 (Folha On Line, 22 de agosto de 2004).

- “Não tem outro jeito. Se você conhecer uma pessoa muito idosa esquerdista é porque ela está com problema. Mas se você conhecer uma pessoa muito nova de direita, também está com problema“ (Lula, jornal Zero Hora, 12 de dezembro de 2006).

Considerando a reação negativa dos velhos kamaradas, no dia seguinte Lula disse ter falado por “brincadeira”...

- 27 abr 2014 em vários jornais, transcrevendo entrevista à RTP, em Lisboa: “O tempo vai se encarregar de provar, que no mensalão, você teve praticamente 80% de decisão política e 20% de decisão jurídica”, frase imediatamente rebatida por vários ministros do STF.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

A corneta toque "ao combate"!




Os toques de corneta e clarim tocam fundo nossa alma de soldado. Entre tantos que atendemos com vibração, um é obedecido apenas uma vez na vida, quando somos incorporados e nos comprometemos com os valores militares. Nos quartéis, é dia de festa, compartilhada com convidados do comando e nossos familiares, cujos olhares se voltam para nós.
O momento é inesquecível: admiramos a Bandeira que se desloca e posiciona-se bem à nossa frente. A corneta  toca “Em Continência à Bandeira, Apresentar Arma!

”. O porta-bandeira desfralda o pavilhão nacional e nós, "o braço direito estendido horizontalmente à frente do corpo, prometemos: cumprir rigorosamente as ordens das autoridades a que estivermos subordinados; respeitar os superiores hierárquicos; tratar com afeição os irmãos de armas e com bondade os subordinados. Prometemos, também: dedicar-nos inteiramente ao serviço da Pátria, cuja honra, integridade e instituições defenderemos com o sacrifício da própria vida". A emoção e o entusiasmo nos dominam, somos soldados do Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil! Convidados e familiares participam de nossa alegria e nos aplaudem.

Aquele compromisso nos motiva para sempre, na ativa e na reserva, em atividades militares e civis, militares de carreira , todos cidadãos brasileiros. Identificamo-nos com os irmãos de armas da Exercito  e da Aeronáutica que prestaram igual juramento. Orgulhamo-nos de integrar instituições nacionais, permanentes, regulares e organizadas com base na hierarquia e na disciplina.
O povo brasileiro nos recompensa destacando-nos como as instituições nacionais de maior índice de credibilidade, fenômeno comprovado por sucessivas pesquisas de opinião, desde o século passado. Rejubilamo-nos por: proteger nossas riquezas e cuidar de nossa gente; ser os guardiões da Amazonia azul um adsumus ,ser braço forte e mão amiga; ser asas que protegem o Brasil; e ser fator de integração nacional. Invictos, conservamos a fé na missão, motivados por inabalável amor à Nação e a nossas forças armadas.
Versos da canção do soldados da liberdade  nos inspiram a multiplicar o patriotismo e o civismo além dos muros da caserna: “Irmãos brasileiros, formai entre nós. Brasileiros sois todos vós. Amor ao Brasil, amor à Bandeira, seja o lema da mocidade brasileira”. Lá no íntimo, a voz da consciência nos alerta que é preciso praticar o juramento dia a dia, ou seja, servir à Pátria por meio de integral cumprimento do dever militar e, pelo exemplo de cidadão, estimular outros compatriotas a nos imitar. A causa é nobre e estamos à altura do desafio. Mãos à obra!

Temos consciência de nossa responsabilidade perante a história. Preservamos o legado glorioso de nossos heróis, militares e civis, oficiais e praças, homens e mulheres, vencedores em conflitos internos e externos, remotos e recentes. A coragem e o sangue dos bravos – vários anônimos – nos motivam e fortalecem o amor à profissão das armas. A paz queremos com fervor, a guerra só nos causa dor, porém se a Pátria amada for um dia ultrajada não hesitaremos em empregar a espada e a baioneta, o fuzil e a metralhadora, o canhão e o obuseiro, a lança e o golpe-de-mão. Ai daqueles que ousarem ameaçar a integridade, a honra e as instituições nacionais. Amamos a profissão das armas e, a exemplo de Tamandaré ,Caxias  estaremos na vanguarda a bradar: “Sigam-nos os que forem brasileiros!”.
Adestramo-nos continuamente e operamos no amplo espectro. Exibimos garbosamente em nossos uniformes de combate a Bandeira perante a qual nos comprometemos. Conservamos imaculados nossos corações e mentes a despeito da intensa propaganda de antivalores que assola a civilização cristã-ocidental. Inspirados no passado de glória, firmes no presente, preparamos as forças do futuro mediante ousado processo de transformação. Para operar com eficácia hoje e amanhã dedicamo-nos ao aprimoramento técnico-profissional nos domínios cognitivo, psicomotor e afetivo. Pensamos como guerreiros da Era do Conhecimento e nos preparamos para agir com iniciativa, criatividade e flexibilidade a fim de vencer os desafios militares do futuro.

Admiramos nossos camaradas que, após deixarem o convívio diário dos quartéis, mantêm unida e vibrante a reserva atenta e forte principalmente da AVCFN ,AV.BIP,AV.FEB. São multiplicadores dos valores das Forças Armadas que, assiduamente, desfilam  em solenidades cívicas e militares, entoam as canções de suas armas e unidades, umedecem os olhos com as lágrimas da saudade e conservam a têmpera dos eternos combatentes que transmitem suas experiências às atuais gerações. Como é bom  tê-los na família dos fuzileiros ,marinheiros, dos soldados e dos aviadores.
Aquele inesquecível toque de “Em continência à Bandeira, Apresentar Arma!” deve nos recordar que a hierarquia e a disciplina estão presentes no respeito aos superiores hierárquicos, assim como a lealdade e a camaradagem, na afeição aos irmãos de armas e na bondade de trato com os subordinados. As palavras do juramento foram aplaudidas, o que é pouco, muito pouco. A vida militar exige internalizar, praticar e difundir, diária e eternamente, os valores com os quais nos comprometemos. Assim, urge comandar a corneta /clarim  que toque: “Ao Combate!”.
adsumus

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Mais uma companhia destacada com paredes e vidros blindados foi entregue em Niteroi ,Enquanto Niteroi se preocupa com a vida dos policiais militares,A Prefeitura de Niterói e Polícia Militar inauguraram mas uma Companhia Destacada da Lagoinha, no Caramujo




A Prefeitura de Niterói e a Polícia Militar inauguraram na manhã desta quarta-feira (5/8) a Companhia Destacada da Lagoinha, no Caramujo, na Zona Norte da cidade. Ela integra a 3ª Companhia do 12º BPM, baseada no Fonseca, na mesma região.

O município foi o responsável pelas obras de construção da sede da companhia, que vinha funcionando provisoriamente em um contêiner desde março. A base tem uma área de 25 metros quadrados, divididos por uma recepção, dormitório, cozinha e banheiro. Tem uma varanda e terraço com paredes e vidros  de contenção reforçada. 

A Companhia Destacada da Lagoinha contará com sete policiais por dia e contará com o apoio também de outros policiais quando necessário. 

A secretária Executiva da Prefeitura, Maria Célia Vasconcellos, destaca a importância da nova base policial.

"Estamos recuperando um espaço com muita dignidade em um local agradável. Sabemos que o trabalho dos policiais é árduo e difícil e que exige muita agilidade e percepção. E esta nova sede é para dar conforto aos policiais, para que eles se sintam apoiados. A visão da atual gestão da Prefeitura é que, apesar da segurança ser responsabilidade constitucional dos governos estaduais, o município também tem que participar", disse.

O comandante do 12º BPM, coronel Fernando Salema, afirmou que toda a comunidade será beneficiada com o posto.

"É uma retomada do território e uma grande conquista. Agradeço a Prefeitura pelo apoio. Será um ganho tremendo para a população, para garantir a tranquilidade. Os policiais terão instalações acolhedoras, com conforto e segurança. Essa base possibilitará a movimentação mais rápida dos policiais e poderemos aumentar o efetivo conforme a necessidade", disse.
Em parceria com a PM, a Prefeitura realizou obras de construção e blindagem de outras sedes de companhias da corporação na cidade como Pendotiba, Cavalão, Fonseca, morros do Estado (centro) , Palácio (Ingá).

Fonte: Prefeitura de Niterói 

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

O NAVAL explica como é a Guerra Revolucionária


Na Guerra Revolucionária, até ser alcançado o equilíbrio de forças, somente o rebelde pode realizar operações de bater-e-correr, porque as forças legais oferecem alvos fixos.

Jamais um jogador de xadrez descobriu um meio seguro de ganhar a partida no primeiro lance, pois o jogo encerra um sem número de variáveis. A guerra, embora não seja um jogo de xadrez e sim um fenômeno social, possui um número de variáveis infinitamente maior. Algumas fogem a quaisquer análises, como, por exemplo, a sorte. Não obstante, o acúmulo de experiências e os estudos geraram livros e documentos que podem ser definidos como as Leis da Guerra, embora não possuam, como é natural, o mesmo valor das leis da Física.

Uma dessas leis diz que o contingente mais forte geralmente é vitorioso. Se os contendores têm forças semelhantes, ganha o mais resoluto. Sendo igual a resolução dos dois lados, a vitória pertencerá àquele que assume e mantém a iniciativa.

Essas são as Leis da Guerra. Podem variar de época em época, na medida em que mudam a tecnologia, os armamentos e outros fatores, mas, de modo geral, conservam seu valor.

A Guerra Revolucionária não constitui uma exceção, mas tem normas especiais, diferentes daquelas relativas às guerras convencionais, e também porque a maior parte das regras aplicáveis para um lado não é válida para o outro, pois numa luta entre uma mosca e um elefante, a mosca não pode aplicar um golpe fulminante e nem o elefante pode voar.

Na Guerra Revolucionária, a inteligência e o apoio da população são fundamentais.

A Guerra Revolucionária poderá ser definida como um conflito interno, desafiando um poder local, embora quase sempre afetado por influências externas.

Mais: uma rebelião pode ter início muito antes do rebelde recorrer à força.
Foi assim na chamada Guerrilha do Araguaia (1972-1974). A rebelião começou a ser gestada nos idos de março de 1964, ainda no governo João Goulart, quando o primeiro grupo de militantes do Partido Comunista do Brasil foi mandado à China a fim de receber treinamento militar. Ou mesmo, talvez antes, quando foi constituído o partido, em fevereiro de 1962, definindo como opção a violência armada através da “Guerra Popular Prolongada”. Portanto, o início de uma Guerra Revolucionária é tão vago que buscar determinar exatamente quando ela teve início transforma-se em um problema legal, político e histórico.

No decorrer desse tipo de conflito o rebelde precisa transformar-se de pequeno em grande, de fraco em forte, pois senão fracassará. A Guerra Revolucionária tem as seguintes características:

Objetivo: a população

O rebelde busca levar a luta para um terreno diferente daquele em que é travada a guerra convencional, onde ele terá melhores possibilidades de equilibrar suas desvantagens físicas. Esse terreno é a população. Se o rebelde conseguir dissociar a população das forças legais, controlá-la fisicamente, obter seu apoio ativo, vencerá a guerra, porque, em última análise, o exercício do poder político depende da aquiescência tácita ou explícita da população ou,  na pior das hipóteses, de sua passividade. Isso torna a batalha pela população uma das principais características da Guerra Revolucionária.

A Guerra Revolucionária é uma guerra política

Na guerra convencional, a ação militar, a diplomacia, a propaganda e a pressão econômica, são os principais meios de atingir a meta visada. Em conseqüência, torna-se relativamente fácil a distribuição de tarefas entre o governo, que dirige as operações, a população, que proporciona os meios, e os militares, que os utilizam.

Na Guerra Revolucionária, contudo, a situação é diferente, pois o objetivo principal é a população e as operações destinadas a conquistá-la ou, pelo menos, mantê-la passiva. Essas ações são essencialmente políticas. Daí que as ações políticas conservam a preponderância durante todo o transcurso da guerra. No entanto, é tão complexa a interação das ações políticas com as ações militares que elas não podem ser claramente separadas entre si. Pelo contrário, todos os lances militares têm que ser considerados com relação aos efeitos políticos, e vice-versa.

Os rebeldes, conduzidos por um partido e cujas forças armadas são os militantes do partido, desfrutam de uma óbvia vantagem sobre seu oponente, o governo, que pode ou não ser apoiado por um partido ou um grupo de partidos, muitas vezes com tendências centrífugas, e cujo exército é o Exército da Nação, nele refletindo-se o consenso ou a falta dele. Mais ainda: nenhuma Academia Militar ensina aos cadetes como “ganhar” uma população politicamente.

A transição gradual da paz para a guerra

Na Guerra Convencional a transição da paz para a guerra é brusca e o primeiro impacto poderá ser o decisivo.

Na Guerra Revolucionária isso é dificílimo, porque o agressor - o rebelde - carece, no início, de força suficiente. Podem passar anos, como ocorreu na Guerrilha do Araguaia, antes do rebelde sentir-se em condições de obter um poder político significativo e, muito mais, de obter um poder militar. Nessa situação, o rebelde não tem qualquer interesse em causar um impacto até sentir-se plenamente capaz de suportar a reação das forças governamentais. No Araguaia, os rebeldes dispuseram de um escasso poder militar, mas nunca obtiveram poder político e a aquiescência da população. Retardando o mais possível o momento do impacto, o rebelde protela a reação.

A Guerra Revolucionária é uma guerra prolongada

A natureza prolongada de uma Guerra Revolucionária não resulta do desejo de nenhum dos lados. Ela é imposta ao rebelde por sua debilidade inicial. Ela só será curta se o governo desmoronar prematuramente - como ocorreu em Cuba, em 1959, onde o regime de Fulgêncio Batista desintegrou-se e ele próprio abandonou o país - ou se um acordo político for alcançado, como ocorreu na Tunísia, no Marrocos e em Chipre.
Recorde-se que na China a Guerra Revolucionária durou 22 anos, 12 na Malásia, 9 na Indochina, 8 na Argélia, 5 na Grécia, 4 no Marrocos e 3 na Tunísia.

A rebelião não é dispendiosa, ao contrário da contra-rebelião

A promoção da desordem é o objetivo do rebelde, pois desagrega a economia, causa insatisfação e serve para solapar a força e a autoridade do governo. A criação da desordem não é dispendiosa, mas de custosa prevenção. O rebelde, ao explodir uma ponte ou uma torre de transmissão de energia, obriga a que todas as demais sejam vigiadas; ao fazer explodir uma bomba em um cinema, obriga a que todos os freqüentadores de todos os cinemas passem a ser submetidos a uma revista; quando o rebelde queima uma fazenda, todos os fazendeiros passam a clamar por proteção e, se não a recebem, podem ser tentados a organizar milícias de defesa armada. Também através de simples telefonemas anônimos, avisando sobre supostos artefatos colocados em terminais rodoviários, ferroviários ou aeroviários, os rebeldes podem causar anarquia nos horários do sistema de transportes e afugentar turistas.

O governo, ou seja, as forças legais, não pode fugir à responsabilidade de manter a ordem, o que causa uma desproporção elevada de despesas entre ele e o rebelde. Todavia, mais cedo ou mais tarde, é alcançado um ponto de saturação, um ponto em que o princípio da produtividade regressiva funciona para ambos os lados, pois uma vez que o rebelde consiga o domínio de bases geográficas estáveis, ele se tornará um forte promotor da ordem dentro de sua área. Nesse sentido, o rebelde, em virtude da disparidade em custo e esforço, pode aceitar uma guerra prolongada, mas as forças legais não devem fazê-lo, pois os custos seriam muito altos para o País.

A fluidez do rebelde e a rigidez das forças legais

Por não ter responsabilidades e nem valores concretos, o rebelde é fluido. As forças legais, por sua vez, por ter ambos, são rígidas. Se as forças legais quisessem ver-se livre de sua rigidez teriam que renunciar ao governo legal do país e abandonar seus bens concretos, deixando tudo à mercê dos rebeldes. Todavia, nenhum governo jamais se atreveu a lançar mão desse recurso extremo.

O rebelde é obrigado a permanecer fluido, pelo menos até chegar a um equilíbrio de forças com o governo. Por mais desejável que seja para o rebelde possuir territórios, forças regulares, equipamentos e armas poderosas, possuí-las prematuramente poderá sentenciá-lo à morte. Historicamente, o fracasso dos rebeldes comunistas na Grécia pode ser atribuído, em parte, ao risco que passaram a correr ao organizar suas forças em batalhões, regimentos e divisões e aceitaram a guerra convencional.

Na Guerra Revolucionária, portanto, e até ser alcançado o equilíbrio de forças, somente o rebelde pode realizar operações de bater-e-correr, porque as forças legais oferecem alvos fixos. E somente ele, o rebelde, estará livre para aceitar ou recusar uma batalha.

A rigidez para um lado e a fluidez para o outro são também determinadas pela natureza das operações. Para o rebelde, elas são relativamente simples: promover desordens sob todas as formas, no sentido de desintegrar e desacreditar o governo. Já o governo tem que levar em conta a necessidade de proteger as populações, a economia e defender-se contra os ataques inesperados dos rebeldes, além de ter que coordenar todos os componentes das forças da ordem: os governantes, os policiais, os soldados, os assistentes sociais, etc.

O poder da ideologia

A menos que tenha uma causa bem fundamentada capaz de atrair a população, o rebelde não terá condições de empenhar-se vitoriosamente em uma rebelião. No começo das hostilidades, essa causa é tudo o que ele possui e a força da ideologia trabalha em seu favor. Um governo, desde que confrontado por uma ideologia rebelde dinâmica estará fadado à derrota uma vez que não existem táticas e nem técnicas possíveis de contrapor a uma desvantagem ideológica, embora a atitude da população seja ditada não tanto pela relativa popularidade da causa dos rebeldes, mas pelas preocupações com sua própria segurança. Qual dos lados proporciona a melhor proteção, qual o mais ameaçador, qual vencerá provavelmente? Esses são os critérios que determinam, em última análise, a posição da população.

A propaganda, uma arma unilateral

Não tendo responsabilidades, o rebelde está livre para lançar mão de quaisquer truques. Pode mentir, enganar e exagerar, pois não está obrigado a oferecer provas. O rebelde é julgado pelo que promete e não pelo que realiza. Dessa forma, a propaganda é, para ele, uma arma poderosa.

Os governos, por sua vez, estão presos às suas responsabilidades e ao seu passado e, para eles, os fatos falam mais alto que palavras. Eles são julgados pelo que fazem, ou fizeram, e não pelo que dizem. Caso mintam, enganem, exagerem e não provem, poderão alcançar alguns êxitos efêmeros, mas ao preço de cair para sempre no descrédito, pois a oposição política legítima logo desvendaria e denunciaria suas manobras psicológicas. Raramente os governos podem, através da propaganda, encobrir uma política má ou inexistente.

A Guerra Revolucionária permanece não-convencional até o fim

Com o rebelde, no decorrer das hostilidades, ganhando força e passando a possuir forças regulares significativas, seria de supor que a guerra passasse a ser convencional. Ou seja, uma guerra em que cada um dos contendores detém uma parte do território nacional. Mas, se o rebelde bem compreende seus problemas estratégicos, não deixará jamais que a Guerra Revolucionária assuma uma forma convencional.

Uma das razões é que desde o início da Guerra Revolucionária, obrigatoriamente o rebelde terá envolvido a população no conflito, pois a ativa participação da população é, como já vimos, uma condição sine-qua-nonpara o êxito da guerrilha. Uma vez tendo obtido a vantagem decisiva de ter a população a seu lado, por que haveria o rebelde de abandonar esse fator, que lhe conferiu a fluidez e a liberdade de ação que as forças legais não podem alcançar? 

A doutrina de fronteira

Todos os países são divididos, para fins administrativos, em Estados, Municípios, Distritos, Zonas, etc. As áreas fronteiriças são um constante fator de fraqueza para as forças legais, quaisquer que sejam as estruturas administrativas. Essa vantagem é, quase sempre, explorada pelos rebeldes, principalmente nos estágios iniciais da rebelião. Passando de um para o outro lado das fronteiras, o rebelde pode, com freqüência, escapar à pressão e, pelo menos, complicar as operações para o seu adversário. Operar nos limites das fronteiras seja entre países ou Estados, é, para o rebelde, uma questão de doutrina. 

As condições geográficas

O papel da geografia, importante numa guerra convencional, pode tornar-se decisivo numa Guerra Revolucionária. Se o rebelde, com sua debilidade inicial, não conseguir tirar partido da geografia, é bem possível que seja logo eliminado.

Alguns efeitos de fatores geográficos são fatores decisivos, como a localização do país, sua extensão e configuração, as fronteiras internacionais, o terreno, o clima, o tamanho da população e o grau de desenvolvimento e sofisticação da economia.

Apoio Exterior

O apoio exterior a uma Guerra Revolucionária pode tomar as seguintes formas:

- Apoio Moral - desse apoio o rebelde se beneficiará sem qualquer esforço, desde que sua causa se coadune com “os ventos da História”. Por exemplo: na luta pela libertação de Angola e pelo fim do apartheid na África do Sul, os rebeldes se beneficiaram de um considerável apoio moral, que se expressou, fundamentalmente, pelo peso da opinião pública internacional e dos meios de comunicação. A propaganda é o principal instrumento de apoio moral. É usada para fermentar a opinião pública quando esta se mostra adversa, ou para reforçar a simpatia do povo, se existente;

- Apoio Político - representa uma aplicação direta de pressão sobre as forças legais, ou indireta, mediante ações diplomáticas, nos fóruns internacionais. Nesse sentido, recorde-se que no caso de Angola muitos países romperam relações diplomáticas com Portugal que, também, foi excluído de várias organizações internacionais, como a Organização Internacional do Trabalho, por exemplo;

- Apoio Técnico - pode consumar-se na forma de assessoria ao rebelde para a organização do movimento e para a condução de suas operações políticas e militares, ou pode ser simples treinamento militar, como ocorreu com o núcleo que a partir de 1966 se instalou no Araguaia, que recebeu treinamento militar em Pequim;

- Apoio Financeiro - pode ser aberto ou encoberto. A Intentona Comunista, por exemplo, recebeu decisivo apoio financeiro do Komintern, sendo que até Luiz Carlos Prestes era um assalariado da 3ª Internacional, conforme está documentado no livro “Camaradas”, escrito por William Waack.

- Apoio Militar - seja através de uma intervenção direta, ao lado dos rebeldes, seja pelo fornecimento de equipamento e meios de treinamento. Um número considerável de terroristas urbanos brasileiros, por exemplo - cerca de 250 -, nas décadas de 60 e 70, recebeu treinamento militar e apoio financeiro do Estado cubano.

Todavia, nenhum apoio exterior é de absoluta necessidade no início de uma rebelião, embora sua utilidade seja inegável, pois a fase militar inicial de uma rebelião, seja ela terrorismo urbano ou rural, pouco exige em matéria de equipamentos, armas, munições e explosivos, já que esses produtos são encontrados localmente, podem ser expropriados ou contrabandeados.

Entretanto, quando o rebelde vislumbra o momento de passar para uma forma mais complexa de operações, a necessidade de suprimentos maiores e mais variados torna-se aguda. Ou ele os captura das forças legais ou esses suprimentos terão que ser obtidos no exterior. Sem eles, o desenvolvimento do poderio militar rebelde torna-se impossível. Todavia, por outro lado, se o auxílio exterior puder ser obtido com facilidade, isso poderá introduzir um excesso de confiança nas fileiras rebeldes, o que se tornaria um fator de debilidade tão logo esse auxílio, por qualquer motivo, seja interrompido.

Concluindo, a SITUAÇÃO IDEAL PARA O REBELDE será: uma causa; uma fraqueza política ou administrativa do governo; um ambiente geográfico não muito hostil; apoio externo nos estágios médio e final da rebelião. As duas primeiras situações são indispensáveis, e a última poderá tornar-se uma necessidade.     

Essas características gerais da Guerra Revolucionária constituem um produto inelutável desse tipo de guerra. Um rebelde ou um governo (força legal) que conduza a guerra de forma oposta a quaisquer das características acima enunciadas, certamente será derrotado ou, pelo menos, diminuirá em muito suas possibilidades de êxito.

Num Estado Democrático de Direito, a teoria prevalecente é a de que os atos terroristas de uma guerra irregular sejam qualitativamente idênticos às violações diárias “normais” das leis. Esse é o principal problema que o Estado de Direito enfrenta ao combater o inimigo na guerra irregular. No Estado de Direito existem dois tipos de pessoas: o cidadão correto e o criminoso. O terceiro tipo de pessoa, aquele que conduz uma guerra irregular, para o Estado de Direito, não existe.

Aqueles que promovem uma guerra irregular não conhecem quaisquer obrigações, pois nada os submete à obediência da lei civil e nada há que os submeta às leis da guerra. Em contraposição, o Estado de Direito é submetido a todos esses aspectos. E mais: aqueles que promovem a guerra irregular podem explorar totalmente as possibilidades jurídicas que lhes são proporcionadas pelo Estado Democrático de Direito.

Em suma, a Guerra Revolucionária é uma guerra suja e nela são empregados todos os meios. Até mesmo os legais.