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sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Após as chuvas, dezenas de mortes na região da baixada fluminense do Rio: Mais vítimas de um crime premeditado Novamente as chuvas e o descaso do velho Estado fizeram centenas de vítimas em todo o estado do rj. Como no início de 2010, quando dezenas de pessoas foram mortas soterradas em Angra dos Reis, novos deslizamentos e enchentes no início do ano de 2011 tiveram como resultado a morte mais de 800 pessoas somente na região serrana do Rio de Janeiro. Em vários outros estados, o mesmo resultado após as chuvas: em Minas Gerais e São Paulo, casas alagadas, mortos, desaparecidos, desabrigados.na baixada fluminense diversas lideranças comunitarias tem alertado sobre as tragedias anunciadas ,como em NOVA IGUAÇU,onde lideranças tem se mostrado presentes junto a inea e governo do estado , para tratar do projeto iguaçu , para o reflorestamento da encosta da serra de madureira e reassentamento das familias ribeirinhas as margens dos rios botas e iguaçu e seus afluentes,já a verbas para isso só basta empenho das nossas autoridades municipais ,onde que no governo da ex.prefeita sheyla gama não reassentou nenhuma familia se quer de area de risco mesmo com as casas do programa minha casa minha vida prontas , e varios cadastramentos feitos desde 2009 e até hoje nada ,



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Morador retira seus pertences de casa no bairro Alto Floresta
 e Mais uma vez, o ano começa com temporais e as manchetes dos jornalões dando conta de uma suposta 'tragédia climática' causada por 'ocupações ilegais' das encostas. Mal começou 2013 e o número de mortos pelas enchentes e desabamentos estabelece a marca de um lamentável de dor 
Ano após ano, a tragédia se repete, principalmente nas áreas mais empobrecidas das cidades. São milhares de vítimas da negligência do Estado. As massas são acusadas de construírem suas casas em "áreas de risco" enquanto os gerenciamentos de turno escapam ilesos após aplicar suas políticas antipovo. As massas empobrecidas, expulsas das consideradas "áreas nobres" e empurradas para as periferias e encostas onde, por falta absoluta de planejamento urbano e quaisquer recursos de engenharia, jamais oferecidos pelo velho Estado, sofrem as terríveis consequências das chuvas.
Há seis anos, o gerenciamento Luiz Inácio anunciou milhões de reais na criação do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres, diga-se de passagem, não aplicados. Enquanto os governos perdem tempo e dinheiro decidindo se vão ou não criar um sistema capaz de prever as tempestades, somente em 2010, 7,8 milhões de pessoas foram vítimas das consequências das chuvas em 18 estados. No ano passado, 473 pessoas morreram, 101.298 ficaram desabrigadas; e 302.467 desalojadas. No total, em 2010, 1.211 municípios foram atingidos.

GOVERNOS PREVIAM E NADA FIZERAM

No dia 22 de novembro de 2008 fortes chuvas assolaram Santa Catarina, ininterruptamente, durante cinco dias. 137 pessoas morreram nas sessenta cidades afetadas. Mais de 1,5 milhão de pessoas foram atingidas pelas enchentes, desmoronamentos, etc., e pelo menos 25 comunidades desapareceram do mapa.
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Avalanche e inundação destruíram o bairro Duas Pedras
As áreas atingidas com maior gravidade pouco viram do ínfimo fundo de prevenção de desastres criado pelo gerenciamento Luiz Inácio e os resultados não poderiam ser mais terríveis, uma verdadeira carnificina.
Os recursos prometidos para a prevenção de tragédias como as que presenciamos em janeiro no Rio não foram fornecidos pelo velho Estado e/ou não foram aplicados pelos gerenciamentos de turno. 450 mil reais previstos para obras de contenção na Estrada Cuiabá, em Petrópolis, não foram repassados. A região foi devastada pelas chuvas e 19 pessoas morreram somente nessa área. Para Nova Friburgo, outra cidade terrivelmente castigada pelas chuvas nesse ano, havia uma estimativa de repasse de 21,7 milhões de reais, mas os recursos também não foram aplicados. Lá morreram 404 pessoas*.
Fingindo surpresa, Dilma Roussef e Sérgio Cabral sobrevoaram a região serrana do Rio de Janeiro e prometeram a liberação de R$ 11 bilhões de reais do PAC. Após o show de demagogia e pretensa presteza de Roussef, foi anunciado que nas áreas atingidas os moradores poderão sacar do próprio bolso o FGTS e o seguro desemprego para arcar com os prejuízos humanos e materiais.

QUEM SÃO OS CRIMINOSOS?


foto tirada depois do tsunami e 5 meses depois em um pais serio as coisas funcionam
no BRASIL ALGUMAS RUAS DE BAIRROS ATINGIDOS PELAS AGUAS DEPOIS DE 2 ANOS NADA FIZERAM E CONTINUAM NO ABANDONO TOTAL

Em abril do ano de 2011, 250 pessoas morreram em consequências das chuvas na capital e região metropolitana do Rio de Janeiro. No morro do Bumba, dos 3,2 mil desabrigados, mil ainda não receberam qualquer tipo de suporte ou indenização e seguem morando em abrigos improvisados; enquanto centenas de outras famílias, descrentes das sucessivas promessas, são forçadas a retornar ao morro. Na época do desastre, o gerente estadual, Sérgio Cabral, e o prefeito de Niterói, Jorge Roberto da Silveira, prometeram aos desabrigados novas casas e quatro meses de aluguel social enquanto elas não fossem construídas. 2  anos depois, não se fala mais no assunto. 
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Rastro de destruição deixado pela avalanche de terra no bairro Alto Floresta
Quatro meses antes da tragédia do Bumba, entre os dias 31 de dezembro de 2009 e 1° de janeiro de 2010, uma forte chuva atingiu a região da Costa Verde, no sul fluminense, deixando 53 mortos, sendo 49 somente no Morro da Carioca, em Angra dos Reis. Até hoje, famílias vivem no mesmo local do deslizamento e as que perderam suas casas não tiveram direito a nada.
Há dois anos, um estudo técnico encomendado pelo próprio Sérgio Cabral já previa uma possível catástrofe na região serrana do Rio, caso chovesse forte. A exemplo do Morro do Bumba, em Niterói; Angra dos Reis, Morro dos Prazeres e outros locais do Rio de Janeiro; União dos Palmares em Alagoas — onde, há quase um ano, os moradores vivem em barracas improvisadas —, Jataí, Santa Catarina, devastada em 2008; entre outras, em todos esses casos, havia previsão de desabamentos, enchentes, entre outras consequências.
*Dados de 27 de janeiro de 2011
Ficção com o sofrimento do povo 


O que mais chamou atenção na escandalosa cobertura do monopólio dos meios de comunicação sobre a tragédia na região serrana do Rio foi a velocidade com que repórteres, principalmente da TV Globo, chegaram aos locais atingidos. Até os cães que se salvaram foram protagonistas desse sensacionalismo barato.



Quando morrem centenas de pessoas, repete-se o mesmo discurso, as mortes são transformadas em números e relativizadas, os plantões de TV mostram "atos de heroísmo" de policiais e bombeiros e romantizam a solidariedade entre o povo, quando na verdade o povo só pode contar com ele mesmo nesses momentos.

Primeira medida emergencial do velho Estado:

Expulsar os pobres para o 'fim do mundo'

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BOPE coordena a coleta de alimentos em Friburgo, com o pretexto de evitar saques
Mal caíram as chuvas e os gerenciamentos de turno já anunciam, como em abril dde 2011, a remoção de milhares de pessoas das "áreas de risco" na região serrana do Rio. Em Nova Friburgo, por decisão do Ministério Público estadual, junto com a Defesa Civil e a prefeitura, 1.405 pessoas serão retiradas do bairro de periferia Alto Floresta, considerado "área de risco". O destino dessas famílias é incerto. Algumas receberam promessa de meros três meses de aluguel social, outras de reassentamento.
Desde o início dos gerenciamentos de Paes, na capital fluminense, e do gerente estadual Sérgio Cabral, nenhuma família vítima desses desastres, como o que atingiu a região serrana, foi plenamente indenizada.e algumas ainda mram em barracas doadas por uma ong internacional 
Em todos os casos, as regiões consideradas de risco foram reocupadas e as famílias remanescentes despejadas nos campos de concentração do projeto Minha Casa, Minha Vida, em Campo Grande, Santa Cruz e Vila Cosmos, nos limites da capital do estado. Outras famílias receberam aluguel social e as que não receberam nada continuam esperando em abrigos improvisados.
Menos de uma semana após as catástrofes na região serrana, os jornais do monopólio já cobravam medidas enérgicas contra o que chamaram de 'criminosas ocupações das encostas'. Nos dias seguintes, o secretário estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Rodrigo Neves, anunciou a remoção de 5 mil famílias de áreas de risco na região serrana. A maioria delas ficará em abrigos montados em escolas e ginásios, até o reassentamento sabe-se lá aonde.
— Em caso de recusa do morador de sair, acionamos o promotor que estiver no Fórum para solicitar a saída forçada — ameaçou o promotor Vinicius Leal Cavalheiro, coordenador das promotorias de Tutela Coletiva do Estado.
Na capital do Rio, o prefeito Eduardo Paes retoma sua investida contra as favelas da cidade, entre elas a Estradinha 1014, em Botafogo, e o Morro dos Prazeres, de onde 250 famílias já foram expulsas no ano de 2011 após as chuvas de abril.

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