Sabendo-se que todo o esquema do mensalão foi idealizado e projetado a poucos metros do gabinete de trabalho do então presidente Lula;
que este, por conseguinte, tinha conhecimento de toda a articulação da teia de corrupção a ser colocada em prática, podendo, portanto, ser considerado um dos arquitetos do programa;
que um enorme esforço, congregando não se sabe que tipo de influências, o manteve blindado durante os sete anos que durou o julgamento;
que tudo indica serem sólidos os laços de amizade, quase fraternais, que o une aos auxiliares ora condenados e prestes a cumprir as respectivas penas;
enfim, diante de todas esse cenário, é natural que o cidadão consciente e coerente, capaz de interpretar fatos e atitudes de seus políticos e figuras públicas e ao qual estes, afinal, devem prestar contas, tenha experimentado um momento de arregalante perplexidade, ao tomar conhecimento que Lula, em telefonema aos ex-auxiliares condenados e a caminho da prisão, tenha lançado a seguinte conclamação: "estamos juntos!".
Isto, em meio a um rumor, divulgado pela cruel, segundo ele, mídia, dando conta que teria partido simultaneamente do ex-presidente a orientação de neutralidade ao Planalto, a fim de não prolongar o desgaste provocado pelo processo, o que poderia trazer desdobramentos aos resultados eleitorais de 2014.
É este o fabricante de postes mais produtivo do momento.
É desalentador!
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