"Meu governo é Padrão Felipão". Foi o que Dilma declarou em 1 de julho de 2013, um dia depois de a Seleção Brasileira da CBF ter conquistado a "Copa das Confederações", naquele joguinho em que a poderosa seleção da Espanha abusou do corpo mole no Maracanã. Depois da Copa do Mundo de 2014, aquela em que perdemos de 7 a 1 para Alemanha, o técnico Felipão caiu em desgraça no Grêmio - time gaúcho pelo qual a Presidenta torce. Foi igualzinho ao desgoverno da Dilma no segundo mandato. Uma queda vergonhosa...
Antes do "Padrão Felipão", Dilma tinha proclamado que seu governo era "Padrão Fifa" - o que pegou muito mal na época. Agora, com dirigentes da Fifa presos e investigados por corrupção, tráfico de influência e má gestão, as pessoas começam a entender o que Dilma deve entender como um "padrão de governo". O Mensalão e o Petrolão já deram boas dicas do que seria tal "padrão". O presidente petista Rui Falcão é quem tem mesmo razão: "É um governo de merda, mas é o nosso governo"...
O Brasil "sobrevive" uma conjuntura "tragisurrealista" (um movimento estético que nem existe). Enquanto ficamos esperando que o Departamento de Justiça dos EUA faça o serviço de punir nossos ilustres corruptos (nos processos contra Petrobras e agora sobre a Fifa/CBF), as pessoas comuns começam a ficar de saco completamente cheio com a impunidade explícita em relação aos ditos "poderosos". Está muito evidente o rigor seletivo na hora de processar bandidos. O sistema é implacável com o andar de baixo. Já na hora de pegar e punir a turma da cobertura triplex, tudo anda muitíssimo mais devagar, quase parando, com chances altíssimas de nada acontecer...
O Alerta Total já avisou que o FBI dos EUA pode prender, a qualquer momento e de surpresa, ilustres políticos tupiniquins que forem passear ou movimentar grana no exterior. Autoridades norte-americanas já reuniram elementos comprobatórios para punir quem tirou proveito do sistema empresarial e fiscal dos EUA para fins delitivos. Nos bastidores das investigações, já se dava como certo que os altos dirigentes petistas serão os primeiros alvos. A turma do gargarejo, que a tudo assiste bestificada no Brasil da impunidade ampla, geral e irrestrita, aguarda que tal "milagre" aconteça...
Enquanto nada acontece no coração corrupto do arremedo de república em Bruzundanga - que tem uma estrutura estatal Capimunista organizada, criminosamente, para assaltar a sociedade na base da injustiça flagrante, do imposto alto e do juro extorsivo -, assistimos a cenas dignas de uma tragicomédia no noticiário policial. Ontem, o alvo foi a linda esposa do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, um dos melhores e raros amigos pessoais de Dilma Rousseff. A Operação Acrônimo, que mobilizou mais de 400 policiais federais, rendeu um noticiário digno de uma piada de alta qualidade produzida pela turma do Casseta & Planeta - aquela que cunhou o apelido $talinácio (o $ foi a gente que sugeriu, dado o poderio de grana e blindagem do mítico personagem).
Olha a piada-pronta. Ria se seu intestino tiver a mesma capacidade pensante que os gênios do desgoverno Dilma-Lula. O responsável pela Operação Acrônimo, Denis Cali, garantiu que nenhum partido, nem nenhuma figura pública, está sob investigação que começou em outubro do ano passado, após a eleição de 2014. O policial foi bem claro: "Até o momento, o Pimentel não é alvo da operação". Será??? Então por que a PF realizou uma revista na antiga residência da primeira-dama de Minas Gerais, Carolina Oliveira Pimentel - que atualmente mora no Palácio dos Mangabeiras, em Belo Horizonte, residência oficial do governador do estado?
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Se Freud não explicar, os fatos passados ajudam a esclarecer alguma coisa. Antes de se casar com Fernando Pimentel, Carolina trabalhava como assessora de imprensa do petista no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Por uma dessas aberrações do capimunismo tupiniquim, ela era contratada por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), órgão vinculado ao ministério liderado, na época, pelo petista, amigão da Dilma desde os tempos da luta armada contra a tal dita-dura, na década de 60.
Freud pode explicar mais um pouco... O principal alvo da operação de ontem, o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, mais conhecido como Bené, atuava na produção de materiais de comunicação para campanhas e também para órgãos do governo federal. Matérias na imprensa recordam que, em 2010, Bené foi interrogado pela PF sobre a denúncia de que teria pago o aluguel da casa usada na campanha presidencial.
Freud pode explicar mais um pouco... O principal alvo da operação de ontem, o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, mais conhecido como Bené, atuava na produção de materiais de comunicação para campanhas e também para órgãos do governo federal. Matérias na imprensa recordam que, em 2010, Bené foi interrogado pela PF sobre a denúncia de que teria pago o aluguel da casa usada na campanha presidencial.
Tem mais... Bené ainda teve de prestar informações sobre um grupo de inteligência da campanha da então candidata Dilma Rousseff (PT) que estaria envolvido na produção de um dossiê contra o ex-governador José Serra (PSDB). O empresário teve também que dar explicações sobre supostas irregularidades em um contrato da empresa Dialog com o Ministério das Cidades. A firma dele tinha contratos da ordem de R$ 49 milhões com vários ministérios em 2009.
Na operação de ontem, a PF constatou que empresas do ramo gráfico e de publicidade eram usadas para lavar dinheiro. Ao todo, 30 pessoas jurídicas pertencem a pessoas do grupo investigado. A principal delas, segundo fontes, é a Gráfica Brasil, da família do empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto. Mais conhecido como Bené, a empresa seria a responsável pela maior parte do faturamento de R$ 500 milhões do grupo desde 2005. O alto valor chamou a atenção da PF - já que antes as empresas do grupo faturavam R$ 400 mil. A PF constatou que o enriquecimento aconteceu depois de contratos superfaturados com o governo federal.
Por ordem da Justiça Federal, foi arrestado um bimotor turboélice King Air, avaliado em R$ 2 milhões, de propriedade do empresário Bené, que é publicamente ligado ao PT. O avião tem o prefixo PEG, iniciais dos nomes dos filhos dele. Por isso, o PEG foi o acrônimo que batizou a operação da PF. Ao longo dos quase 8 meses de investigação, a PF informou que realizou acompanhamentos dos suspeitos, vigilâncias, e analisou dados de notebooks, smartphones, tablets, além de outros dispositivos e mídias apreendidos durante uma outra ação, no ano passado.
Depois de tudo isso, vamos indagar ao intestino cerebral: A turma do desgoverno pode realmente respirar aliviada com tal declaração de que nenhum partido ou político é investigado, sabendo que 600 gigabytes de informação relevante foram cruzados pela PF, com outras fontes e bases de dados, para deflagrar mais uma operação de nome engraçado?
Agora, a gente entende, mais ainda, o que pode significar, para a Polícia, para o Ministério Público e para a Justiça Federal, a velha indagação do folclore mineiro:
- Mas será o Benedito?!
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