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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Fazer um Brasil Novo – nem com milagre



Que em memória dos 235 jovens mortos de Santa Maria façamos um Brasil novo, onde ninguém mais seja vítima do descaso, da negligência, da corrupção de valores e da impunidade”. Revista Veja



Um denunciado pelo Procurador Geral da República pelos crimes de peculato, falsidade ideológica e uso de documentos falsos, diante de amplos sorrisos de seus cúmplices canalhas, acaba de ser conduzido ao cargo de presidente do Senado.

A sociedade assiste a esse absurdo de forma absolutamente covarde e omissa, sem qualquer manifestação relevante de protesto contra essa imoralidade, principalmente dos mais esclarecidos, que foram transformados pelo suborno em canalhas cúmplices da destruição moral do país.

- Como a palavra ética pode ser pronunciada impunimente e publicamente por um comprovado cafajeste?


PMDB, PT, PSDB, principalmente, demonstram estar de mãos dadas para consolidar cada vez mais o poder público como um Covil de Bandidos e o país um Paraíso de Patifes, todos preparando a reeleição da presidente Dilma para continuar o projeto de poder do PT, fazer do Brasil uma “república” fascista para o bem de todos os corruptos e subornadores.

Enquanto mais de duzentas famílias choram a perda de seus filhos devido a um incêndio criminoso, a classe política brasileira - governo e oposição - se consolida como a mais sórdida da história do país, em que os interesses adquiridos no uso e no usufruto dos instrumentos do suborno, da corrupção, da falsidade ideológica, da prevaricação e do peculato, já são adotados por quase todos, condenando o país à degeneração moral e ética de sua sociedade, nos colocando na direção do fundo do poço do atraso econômico e do apodrecimento das relações sociais.

Além dessa tragédia - mais de 200 jovens assassinados -, e mesmo sabendo que os responsáveis por mais de 150 mortes por dia no país são os corruptos e subornadores que ocupam todas as esferas do poder público, a sociedade continua no silêncio dos covardes e apátridas.

Pesam sobre Renan Calheiros, agora presidente do Senado, 5 anos depois de ter renunciado para evitar sua cassação, as seguintes denúncias formalmente documentadas pelo Procurador Geral da República: notas frias, cheques suspeitos, gado-fantasma, uso indevido de verbas do senado, crime ambiental, nepotismo, tráfico de influência, conforme jornal O Globo.



Diante de um STF que aceita receber ordens-ameaças do presidente da Câmara, que ninguém se iluda com a ida do “caso Renan” ao plenário do STF – se algum togado bandido ficar no caminho –, consagrando a desmoralização do Superior Tribunal Federal e, se alguém ainda espera a prisão da Gang do Mensalão, que espere sentado para não cansar.

Como fazer um Brasil novo se temos os poderes da República majoritariamente ocupados por cafajestes, velhacos, e bandidos, ressaltando-se a degeneração moral e a desmoralização do Poder Judiciário?

Como fazer um Brasil novo se milhares de esclarecidos canalhas pertencentes às classes de empresários, da academia, da mídia marrom, dos artistas, entre muitos outros, estão de mãos dadas com a incontrolável deformação moral do país, com a corrupção e com o suborno, como valores principais do relacionamento entre o público e o privado?


Como fazer um Brasil novo que tem um dos piores processos educacionais de países pesquisados por organismos internacionais, com a cumplicidade do poder público que depois de provocar a falência do ensino básico, está fazendo das universidades um campo de treinamento para o fascismo petista?


Como fazer um Brasil novo se mais da metade de sua população aceita ser subornada por bolsas qualquer coisa colocando a honesta busca do reconhecimento do mérito pelo trabalho, pela cultura e pela educação no lixo, preferindo a escravidão a um poder público corrupto?


Como fazer um Brasil novo se depois de mais de 12 anos de mentiras comprovadas o povo continua aplaudindo o mais sórdido político de nossa história, um verdadeiro gangster, que com suas gangs prostitui sem controle as relações públicas e privadas? 

Por que as mais de duzentas famílias que tiveram seus entes queridos assassinados pela corrupção e pelo suborno não montaram ainda um acampamento em frente ao Palácio do Planalto para exigir uma exemplar punição dos criminosos?

Como um pai pode ficar em casa chorando pela perda de seu filho sem sair à procura do assassino deixando tudo nas mãos de uma polícia e de uma justiça, corruptas e degeneradas, que ficam fazendo jogo de cena para ludibriar os que querem justiça, tentando achar um boi de piranha para garantir a impunidade para os maiores culpados?


Podemos continuar fazendo muito mais perguntas. Contudo, vamos substituí-las por apenas mais uma: como fazer um Brasil novo com uma sociedade tão omissa, tão covarde, tão idiota, tão imbecil como a nossa, que aceita ser sempre tratada como a eterna palhaça do Circo do Retirante Pinóquio, trabalhando mais de cinco meses por ano para sustentar corruptos, subornadores e bandidos, que provocam a morte de mais de 150 pessoas por dia, além dos mais de duzentos jovens assassinados por um incêndio criminoso?

A propósito vem aí o Carnaval para todos esquecerem os mais de 200 jovens mortos e os mais de 150 que diariamente são assassinados por esse poder público Covil de Bandidos.

Passada a comoção por mais uma tragédia a sociedade dos patriotas mortos continuará dando sua audiência e atenção às novelas, ao BBB e a tudo mais – puro lixo e podridão cultural - que é utilizado pelo poder para distrair uma sociedade de palhaços do Circo do Retirante Pinóquio.

Pois é, assim também foi com os milhares de mortos nas inundações e deslizamentos da Região Serrana, ficando apenas as promessas de reparação pelo poder público no papel, e a corrupção e o suborno seguindo sua tradição de ignorar os mortos para continuar enriquecer os vivos - corruptos e subornadores.
adsumus

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