O ex-presidente Lula, referindo-se à mesma metáfora usada quando presidente para explicar atitudes e declarações contrastantes com ideias e princípios por ele reafirmados e jurados como sendo suas marcas, auto-intitulou-se de metamorfose ambulante de Dilma durante a campanha, já em curso, para a reeleição de 2014.
Tal posicionamento dá margem a interpretar que vem por aí uma espécie de vale-tudo eleitoral, sem obstáculos éticos, bem ao feitio do PT, visando a abocanhar um incômodo terceiro mandato a ser pilotado pelo mesmo grupo que está, desde que assumiu o poder, dilapidando o país através de estratégias de corrupção e de posturas estatizantes, retrógradas e populistas, que acarretaram, ao longo dos dois primeiros termos, o aumento da deterioração da já desrespeitada classe política, a perda de prestígio internacional do Brasil, o crescimento pífio e a desconfiança de investidores.
Levando-se em consideração o baixo nível do eleitor brasileiro, o que o torna presa fácil de mirabolâncias demagógicas, aliado ao fato de Lula declarar-se mutante quando necessário, é inevitável, por parte da sociedade consciente, a preocupação com o futuro do país.
Pobre Raul Seixas. Teria ele gravado sua excelente composição se soubesse que seria ela um dia utilizada para propósitos de poder?
Nenhum comentário:
Postar um comentário