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quinta-feira, 8 de maio de 2014

DE QUE LADO O PRESIDENTE DO SINDICATO DOS RODOVIARIOS DO RJ ESTA E A QUEM ELE REALMENTE REPRESENTA A QUAL INTERESSE ELE DEFENDE DOS TRABALHADORES OU DOS EMPRESARIOS E POLITICOS ????

O Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus do Rio de Janeiro (Sintraturb-Rio) não apoiou e não apoia a paralisação dos rodoviários, que causa transtornos na cidade nesta quinta-feira, 8 de maio.  o vice-presidente, Sebastião José da Silva, disse que "forças políticas ocultas" estão manipulando a categoria para causar desordem. Segundo ele, o movimento tomou uma proporção imprevista. Era esperado que apenas 1% (cerca de 400) dos 40 mil trabalhadores não fosse trabalhar durante 24 horas, mas pelo menos 20% (cerca de 8 mil) aderiram à paralisação.
Ponto de ônibus lotado na Rua São Clemente, em Botafogo. Foto: SRZD - Gustavo Ribeiro
Insatisfeita com o acordo fechado em abril com o Rio Ônibus, órgão da prefeitura que responde pelas empresas, a categoria pleiteia um aumento de 40% no salário (subindo para R$ 2.500) e de 400% no ticket-refeição (indo a R$ 400), além do fim da dupla função de motoristas e cobradores. O Rio Ônibus não tem uma proposta superior à oferecida no mês passado, de 10% de aumento salarial e 40% de acréscimo na cesta básica.
"Estamos surpresos com o tamanho da adesão nesse movimento. Nossa avaliação é que não é fazendo uma nova paralisação agora que a categoria vai conseguir alguma coisa. Conseguimos um aumento de 10% no salário e 40% na cesta básica no mês passado e uma greve neste momento não elevaria essa proposta", disse Sebastião.
"É preciso despolitizar a campanha por melhores condições de trabalho. É fato que os motoristas e cobradores são constantemente desvalorizados, explorados, massacrados, mas o que estamos vendo é um jogo de oportunismo político influenciando os trabalhadores para provocar burburinho. A categoria tem que tratar essas questões com o sindicato patronal, e não com terceiros", acrescentou, preferindo não citar nomes de políticos que poderiam estar por trás da paralisação.
De acordo com o vice-presidente do Sintraturb-Rio, diferentemente da greve realizada no dia do aniversário do Rio no ano passado, a atual paralisação não é representada por uma entidade para negociar diretamente com o Rio Ônibus, órgão que responde pelas empresas. Em 2013, 90% da categoria cruzou os braços para reivindicar aumento de 15%, mas aceitaram a proposta de 8% dos patrões. Ele também afirmou que não é possível prever se o transporte ficará parado por mais dias.
O piso salarial de motoristas BRTs é de R$ 2.349; o de motoristas de ônibus comuns é de R$ 1.957; e o de micro-ônibus, R$ 1.668. Uma reunião agendada para as 15h desta quinta-feira vai definir o posicionamento do sindicato daqui em diante.
Caos para chegar ao trabalho
Muitos cariocas tiveram conhecimento da paralisação dos rodoviários quando puseram os pés na rua para ir trabalhar. Em várias regiões da cidade, os poucos ônibus em circulação passam superlotados, sem condições de atender toda a demanda. O MetrôRio informou que suspendeu a venda de bilhetes integração. O Metrô na Superfície também está com a operação interrompida. Os ônibus BRTs estavam inoperantes entre Campo Grande e Santa Cruz às 9h33.
Um protesto na Cidade de Deus, na Zona Oeste, fechou a Rua Edgar Werneck, umas das principais vias da região. Às 8h50, a manifestação seguia em direção à Barra da Tijuca. Os pontos de ônibus da Central estavam lotados desde cedo.  os motoristas em greve estão impedindo os que estão circulando de trabalhar.
Em protesto, motoristas e cobradores fecharam vias na Cidade de Deus. Foto: SRZD - Luana Freitas
Em protesto, motoristas e cobradores fecharam vias na Cidade de Deus. Foto: SRZD - Luana Freitas
Ponto de ônibus lotado e motoristas de braços cruzados na Cidade de Deus. Foto: SRZD - Luana Freitas

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