Os 1.713 brasileiros que atuam em missões de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) foram homenageados em cerimônia alusiva ao Dia Internacional dos Peacekeepers – celebrado neste 29 de maio.
Esse quantitativo, composto de militares das três Forças Armadas, além de policiais e bombeiros, contribui para estabelecer a presença e estreitar o apoio do Brasil a nove nações: Chipre, Costa do Marfim, Guiné-Bissau, Haiti, Líbano, Libéria, Saara Ocidental, Sudão e Sudão do Sul.
Em ordem do dia lida durante solenidade no Grupamento de Fuzileiros Navais, em Brasília (DF), o ministro da Defesa, Celso Amorim, disse que “os capacetes azuis materializam o compromisso do Brasil com uma ordem internacional mais estável, próspera e justa”.
Nas palavras de Amorim, “os contingentes que mantemos no Haiti e no Líbano fornecem algumas das peças-chave para a concretização dos mandatos do Conselho de Segurança das Nações Unidas”.
Em seu texto, o ministro não deixou de citar a “satisfação” de ver um general do Exército Brasileiro (Carlos Alberto dos Santos Cruz) no comando militar da Monusco – missão no Congo, com cerca de 20 mil militares de 20 países.
A solenidade desta manhã foi presidida pelo comandante da Marinha, almirante Julio Soares de Moura Neto. Após o canto do Hino Nacional, ele depositou, ao lado de oficiais representantes dos comandantes das demais Forças, coroa de flores em respeito aospeacekeepers mortos em missões da ONU. Depois, foi a vez de ex-integrantes de operações de paz desfilarem no pátio da formatura.
Experiência brasileira
Para o comandante da Marinha, a data de hoje tem importância para o Brasil por causa da já consolidada experiência e sucesso do país em missões de paz. Falando sobre a participação da Força Naval, lembrou que a instituição é apenas “parte de um grande grupo” que ajuda na manutenção da lei e da ordem em operações desta natureza.
Moura Neto disse também que o comando brasileiro da Força-Tarefa Marítima da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FTM-Unifil), além das tropas que o Brasil mantém no Haiti, acarretam ao país bagagem de aprendizado em ações reais.
A participação do Brasil em missões de paz da ONU acontece desde 1956, quando enviou militares para Suez, no Egito. De lá para cá, o país atuou em mais de 33 missões das Nações Unidas e já enviou cerca de 27 mil militares ao exterior.
Um deles é o capitão de mar e guerra Alexandre Mariano Feitosa (foto ao lado), que esteve no Haiti nos anos de 2005 e 2006 e passou pela Síria entre o início de abril e fim de maio do ano passado. De acordo com ele, “o fato de ser brasileiro ajuda bastante” nas operações de paz, dada a popularidade do país junto ao exterior.
O oficial da Marinha disse, ainda, que incentiva e encoraja aos que desejam servir à causa da paz no mundo. “É gratificante ver a tranquilidade chegar ao lugar em que você está trabalhando, seja por causa das operações, ou pelas ações cívico-sociais [de assistência à população]”, finalizou.
Data
O Dia Internacional dos Peacekeepers é comemorado sempre em 29 de maio. A data é uma referência à criação da operação das Nações Unidas para supervisão do cessar-fogo na guerra Árabe-Israelense, em 1948. Essa foi a primeira missão de manutenção da paz da ONU. No entanto a data só passou a ser comemorada a partir de 2003.
De acordo com o ministro Celso Amorim, “no mundo multipolar em que vivemos, uma ONU reformada e representativa da nova realidade global será indispensável para nos manter a salvo do flagelo da guerra. O Brasil terá um papel cada vez mais destacado na manutenção da paz
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