Depois do vergonhoso “Mineirazo” imposto pela Seleção da Alemanha contra o timinho do Brasil, será que a Presidenta Dilma Rousseff terá a coragem de encarar a monumental vaia, domingo que vem, para entregar a Taça de Campeão do Mundo, no Maracanã? Se tiver vocação para masoquista e sofredora, a domingueira comandada por Josef Blatter terá o clima lúgubre de auto-velório – imageticamente exibido em cadeia mundial de televisão. Vai que é tua, Dilma...
O Presidentro Lula da Silva, que trouxe o torneio da Fifa para cá, devia acompanhá-la neste momento de dor... Afinal, foi a aventura reeleitoral de Dilma que sofreu ontem, simbolicamente, os efeitos mais adversos da inimaginável goleada de 7 a 1 da Alemanha contra o Brasil – que começou, de sacanagem, com um jogador camisa 13 (número do PT). O esquema de marketagem petista amargava ontem um prejuízo de R$ 21 milhões com peças de exaltação ao “triunfo do Brasil” – que tiveram de ir para o lixo.
A perda mais significativa, no entanto, é a política. O PT é mesmo pé frio... A vitória brasileira seria um ás de copas para a tática de campanha do partido. O PT já fora goleado desde o Mensalão, graças âs belas jogadas do Barbosa. Lava Jato – e, talvez, Porto Seguro – tendem a fechar o placar negativo contra a petralhada – cujos craques são cotados para jogar no time da penitenciária, assim que Dilma tomar na urna, for evacuada do governo e a Justiça tomar jeito no Brasil da Impunidade.
O Mineirazo de ontem foi apenas o epílogo. Tecnicamente falando, a Seleção Brasileira e o desgoverno do PT são tão inconfiáveis como o sistema eletrônico de votação. Aliás, o time medíocre que foi goleado pelos alemães e o partido que desmoraliza a política são uma fraude igual a muitos resultados eleitorais. A Seleção deu o maior vexame de sua História. O governo faz o mesmo cotidianamente. O futebol brasileiro é um reflexo do País: arrogante, corrupto, errado, ineficiente, ultrapassado, falido, desmoralizado e mentiroso.
O sonho do Hexa acabou em pesadelo na floresta (rubro?) negra dos Alemães. O torcedor-eleitor-contribuinte deverá sair do entorpecimento midiático imposto pela máquina de propaganda político-futebolística. A Pátria vai descalçar as chuteiras da ilusão, voltando à realidade do kichute. Agora, todas as broncas camufladas voltarão à tona, na antevéspera da eleição. A derrota da Seleção é apenas a gota d´água para entornar a privada entupida.
Custo de vida aumentando, com reajustes de tarifas públicas, combustíveis e juros... Falta de dinheiro para pagar contas, aluguéis, mensalidades e dividas... Redução do consumo, freio na atividade comercial e industrial... Incompetência, desperdício e corrupção dos políticos e dos governos... Cidadãos insatisfeitos, alternando depressão e revolta com tanta coisa errada...
Eis o real legado da “Copa das Copas”. Agora, a pergunta costumeira: quem vai pagar o preço do fracasso? E os estádios, aeroportos e obras intervenções urbanas que não ficaram totalmente prontos? E os preços que aumentaram em função da copa que agora termina em tragédia? Tanto problema pode gerar consequências institucionais imprevisíveis. Agora é tarde: não adianta a estratégia de explorar Dilma como organizadora do evento no qual o Brasil se deu mal. Isto é goleada contra... Dizer que “perdemos a taça, mas a #copadascopas é nossa” é pura imbecilidade de marketeiro. Ou melhor: #incomPTência...
A impensável derrota por sete gols foi um recado do Deus da Bola para avisar que tudo anda muito errado no Brasil, e precisa mudar, urgentemente. Será que vamos aprender a lição? Vamos criar uma estrutura vitoriosa, baseada nos conceitos corretos e na competência individual para formar uma equipe que trabalhe com eficiência e eficácia? Ou vamos continuar com a velha mania de jogar a culpa no técnico ou nos jogadores, esquecendo que todos são responsáveis pelo desempenho final do time?
O Brasil precisa de uma reformulação geral, de conceitos, princípios, regras e procedimentos éticos. Já que dizem que somos o tal “País do Futebol”, bem que podíamos aprender com o vexame do “Mineirazo” e promover uma transformação real de nossa estrutura esportiva. Antes disto, ou junto com isto, é preciso abolir o sistema Capimunista que controla o Brasil. Temos de nos reinventar, antes que seja tarde demais. Como está, não dá mais!
Nosso problema vai muito além do futebolístico. É cultural, civilizatório, político e econômico. Vamos fundar um País de verdade, produtivo, honesto, justo e educado. O que vier em consequência disto só pode ser bom. Só nos resta tocar a bola pra frente, nesta direção e sentido corretos, rumo à verdadeira ordem e progresso, ou vamos tomar bola nas costas.
As próximas “goleadas” tendem a ser fatais para Bruzundanga.
Nenhum comentário:
Postar um comentário