A incrível “coincidência” da visita da Presidenta Dilma Rousseff aos Estados Unidos, com o anúncio da abertura desse mercado consumidor, para até cem mil toneladas/ano de carne bovina in natura, produzida no Brasil, nos leva a supor que essa negociação “teve boi na linha”.
A nossa velha conhecida “Grande Mídia”, sempre disposta a informar ou esconder o que lhe interessa, não deu qualquer destaque ao fato de que essa visita da Presidenta e o anúncio da exportação de carne para os EUA , têm toda a cara de uma operação “casada”. É impossível que tenham sido meras “coincidências”.
Uma das explicações que poderiam ser cogitadas é que o Presidente Barack Obama estaria incentivando a política do “Foro San Pablo”, cujo objetivo principal é a implantação do socialismo nos seus países membros, e que esse “foro”, com poderes além das soberanias locais, teria conseguido abrir o rico mercado americano para os bois do Brasil, maior potência da organização. Não seria ,também por essa razão, o Presidente americano um “sócio oculto” do Foro de São Paulo? Portanto, irmãos americanos, “olho nele”.
Essa medida do governo americano é anunciada após 15 anos de difíceis negociações e restrições à carne bovina brasileira, surpreendendo que , de “uma hora para outra”, acabaram tais restrições ,sem que tenha havido no Brasil nenhuma novidade para melhorar a qualidade desse produto.
Essa medida terá consequências. Boas e ruins.
Sem dúvida são boas para a imagem da Presidenta Dilma, que teria conseguido um bom negócio nos Estados Unidos, com a viagem que fez. Também são boas para todos aqueles que de uma ou outra forma estão envolvidos com a produção dessa carne. Mas de modo muito especial os grandes beneficiários serão os frigoríficos brasileiros habilitados a fornecer esse produto para exportação.
E qual é o maior desses frigoríficos ? Quem será o grande beneficiário? Quais as “ligações” desse principal fornecedor com o Governo e seus integrantes?
Sabe-se, ao certo, que o maior frigorífico existente hoje no Brasil é o JBS-Friboi, que alguns asseguram que têm como sócios “ocultos” o ex-Presidente Lula da Silva e seu filho “Lulinha”, que também tem participação acionária expressiva do BNDES, banco de desenvolvimento do Governo. Não há como negar, portanto, a íntima ligação entre Governo (PT)-BNDES-JBS/Friboi . Reforçando essa tese, acrescente-se que o Grupo JBS criou um banco próprio, o Banco Original, cujo Conselho de Administração é presidido por Henrique Meirelles, um dos expoentes da área econômica do partido que está no poder há doze anos.
O crescimento meteórico da JBS ainda é uma incógnita. Não pode ter sido causado exclusivamente por capacitação de gestão. “Forças Ocultas” devem ter ajudado. Um dia aparecerão. Sua expansão foi tão surpreendente, que nos supermercados do Rio Grande do Sul, tradicional produtor de carnes, só se encontra carnes com o selo da “Friboi”. Os frigoríficos locais foram alijados e não conseguem nem espaço nos supermercados para expor seus produtos.
Agora iremos para o outro lado. Quem se “rala” em toda essa história?
De bom tempo para cá, a carne bovina está cada vez menos acessível ao brasileiro que não é rico. Os hábitos alimentares do povo tiveram que se adaptar a uma nova realidade onde essa carne passou a ser artigo raro, de luxo. Teve que ser dispensada. Só para termos uma ideia, uma família com renda mensal de um salário mínimo gastaria tudo que ganha só para comprar e comer esse “luxo”.
Mas enquanto o Governo e os interessados nessa nova fatia do mercado exportador festejam essa conquista,os resultados para o povo serão funestos. Em virtude da alta no preço da carne de exportação para um país rico, internamente, e como consequência, o que já era uma raridade na mesa do povo passará a ser produto que somente poderá ser consumido com os...“olhos” . E só nos...museus.
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