Sobrevivemos em um dos momentos mais perigosos da vida brasileira. Já vítima constante da violência, das desgraças econômicas e da corrupção política sistêmica, agora a população é obrigada a suportar um brutal e cínico processo de ruptura institucional. O sucesso ainda parcial da Lava Jato (tem muito a investigar) escancara que a cúpula do Judiciário brasileiro atua fora de sintonia com a necessidade cidadã por mudanças. O Supremo Tribunal Federal de uma nação civilizada não pode ser conivente com a judicialização da política e nem promover a politicagem no judiciário. Sempre que isto acontece, alimentando uma guerra insana entre os poderes corrompidos, a república se esfacela.
O Brasil Capimunista é um vaso sanitário com descarga enguiçada. A cúpula dos três poderes tem dado péssimos exemplos de conduta política. A Presidente (?) da República é uma déspota insana e incompetente. Os presidentes da Câmara e do Senado também só cuidam de seus negócios com a máquina estatal. Mais grave é o comportamento da cúpula do judiciário, vítima do pecado original de ser indicada por políticos, que parece olhar apenas para o próprio umbigo. è cegueira ou cinismo pregar que aqui se julga em nome da lei - em um País que tem regramento excessivo, uma hedionda cultura de impunidade e uma Constituição falha - que é interpretada ao sabor de quem se mostra mais poderoso em dada conjuntura.
É uma aberração termos o juiz Sérgio Moro como "herói nacional". Ele é apenas um servidor público do judiciário que tenta cumprir o seu dever funcional com correção, ética e honestidade. A pergunta vergonhosa a ser feita é: Por que Moro parece uma exceção, e não uma tendência hegemônica de comportamento no sistema judiciário brasileiro? A resposta deveria ser dada pela livre consciência de cada servidor do judiciário - que no Brasil nem sempre pode ser considerado sinônimo de Justiça. A insegurança do Direito impera escancaradamente. Os maus exemplos são maioria. Por isso, Moro vira herói mesmo que não queira ser.
O cinismo dos políticos atinge níveis absurdos. A fala de ontem da Dilma Rousseff foi digna do Dia da Mentira. O discurso dela parece de uma democrata. A prática dela e de seus seguidores mostra o contrário: "Nós, hoje, precisamos nos manter vigilantes e oferecer resistências às tendências antidemocráticas, oferecer resistência também às provocações. Nós não defendemos qualquer processo de perseguição de qualquer autoridade porque pensa assim ou assado. Nós não defendemos a violência. Eles defendem. Eles exercem a violência. Nós não. Hoje, o Brasil tem dois aspectos da democracia ameaçados. As regras do jogo não podem ser rompidas, porque, se se rompe a regra do jogo, se compromete o jogo. Torna o jogo suspeito".
Contraponha-se a fala insincera de Dilma com o discurso criminoso, radicalóide, de Aristides Santos, secretário de finanças e administração da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag). O discurso stalinista do sindicalista de resultados, claramente pregando o crime, deveria mandá-lo diretamente do Palácio do Planalto para a cadeia. Santos ameaçou, e a petelândia aplaudiu: "Vamos ocupar as propriedades deles (parlamentares da "bancada da bala"), as casas deles no campo. É a Contag e os movimentos sociais que vão fazer isso. Vamos ocupar os gabinetes, mas também as fazendas deles. Se eles são capazes de incomodar um ministro do Supremo Tribunal Federal, vamos incomodar as casas deles, as fazendas e as propriedades deles. Vai ter reforma agrária, vai ter luta e não vai ter golpe".
Dilma sem noção e seu bando de criminosos radicalóides têm razão. Não vai ter golpe! Eles já deram o Golpe. O desgoverno do Crime Organizado aplica golpes permanentes nos brasileiros. As organizações criminosas da politicagem infestaram e aparelharam o Estado brasileiro. A concepção Capimunista Rentista, que odeia transparência e confunde democracia com demagogia, facilita a atuação dos bandidos. Os guardiães do respeito a Lei e da segurança nacional (membros do judiciário e os militares) estão, no mínimo, falhando em sua atuação institucional. As Jararacas deitam e rolam. Ninguém mata a cobra. E alguns togados e fardados ainda baixam o pau no cidadão-eleitor-contribuinte, consagrando a imoralidade, a impunidade e a injustiça em detrimento do interesse público.
Se este Brasil não mudar depressa, uma ruptura institucional promoverá a mudança na base da violência. Ou implantamos a Democracia (Segurança do Direito) que nunca tivemos no Brasil, ou vamos mergulhar na mais profunda barbárie, com consequências imprevisíveis. Os cidadãos estão se manifestando. O poder judiciário e o militar têm de sair da aparente zona de covardia ou conforto. Vamos parar com mentiras e esquizofrenias. As instituições não estão funcionando democraticamente. Já foram rompidas. Precisam ser restabelecidas e reinventadas, com democracia, transparência, controle direto pelo cidadão.
Basta de vagabundos! O Brasil precisa de milhões de "Moros".
adsumus
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