A incompetência e falta de caráter dos políticos brasileiros confirma a tese de Karl Marx de que a história se repete como farsa – principalmente nas tragédias das chuvas na região serrana do Rio de Janeiro.
O pedreiro Jamil – cuja foto, carregando um bebê morto nas chuvas de Petrópolis, foi imortalizada em 1981, agora volta a virar personagem de notícia triste, porque sua filha e dois netos foram mortos na enxurrada desta semana.
A história de Jamil foi retratada trinta e poucos anos atrás no documentário “Primeira Página”, do grande mestre Eduardo Escorel – o que só comprova que os brasileiros continuam vendo sempre o mesmo filme de terror em tragédias previamente anunciadas.
Jamil Luminato foi consolado por amigos e familiares durante enterro da filha e netos |
Passados 31 anos, os moradores ainda não receberam qualquer tipo de retorno da prefeitura sobre a vital realização de obras preventivas no bairro. Como se a dor fosse pouca, até ontem Jamil sequer tinha conseguido enterrar seus entes queridos, porque o IML ainda não havia liberado os corpos.
A foto de Mesquita trouxe a Jamil uma efêmera fama, que lhe rendeu o convite do cineasta Eduardo Escorel para protagonizar o documentário Primeira página. O filme tentava reconstruir as etapas anteriores à fotografia histórica. Jamil já nem se lembra o nome do bebê e até hoje hesita em deixar o local, pela falta de alternativa – nunca recebeu qualquer ajuda do poder público – e pelos vínculos criados.
Passados 31 anos, os moradores ainda não receberam qualquer tipo de retorno da prefeitura sobre a vital realização de obras preventivas no bairro.
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