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sábado, 11 de maio de 2013

Os “Médicos” Cubanos


A notícia recente a respeito da vinda de seis mil médicos cubanos para trabalhar no Brasil, em especial no Nordeste, como resultado de negociação do governo federal com os irmãos ditadores Castro, trouxe-me surpresa e inquietação. Surpresa por saber há muitos anos da dificuldade existente para a legalização do exercício profissional mediante o reconhecimento da validade do diploma obtido no exterior, uma vez que as peculiaridades nacionais são distintas. Basta lembrar que a mídia noticiou que de 670 profissionais, mais ou menos, submetidos recentemente a esse exame de validade, apenas cerca de 60 (sessenta) lograram sucesso!
Inquietação porque, como brasileiro , sei bem que as nossas autoridades governamentais atuais são capazes de diligenciar mais para a obtenção de um quociente eleitoral favorável, haja vista a eleição presidencial que se avizinha, do que para os cuidados inerentes à saúde e à higidez da população.Também sei, sem exclusividade, que os militantes, de qualquer nacionalidade, ditos socialistas, esquerdistas ou algo semelhante, já que não há distinção que os caracterize, costumam se mostrar solidários nas suas empreitadas políticas, valorizando os seus pares e o proselitismo que lhes é comum em benefício da luta pelo poder.Veja-se a propósito o que acontece no Brasil e na nossa vizinhança, em especial na Venezuela, Bolívia, Argentina e Equador, além da já referida Cuba, onde o controle da população é buscado pela distribuição de benesses aos menos favorecidos, sem preocupação com a cidadania, pois dessa forma cria-se uma dependência e um sentimento de gratidão que favorecem vida longa aos detentores do poder, objetivo maior de suas ações maquiavélicas.A essas considerações junte-se uma reflexão sobre as condições de trabalho e de salário a que os médicos cubanos estão sujeitos no seu país, sem limite de horas e com remuneração insignificante, sendo lícito admitir um mau exemplo e uma preocupação resultantes não só para a nossa justiça do trabalho como também para os nossos operosos defensores dos direitos humanos para os quais a caracterização do “trabalho escravo” no sertão nordestino costuma ser feita com surrealista facilidade.
Em verdade nunca visitei o “paraíso” castrista, onde a liberdade inexiste assim como o direito de ir e vir, sendo difícil de lá sair e para lá se dirigir um verdadeiro democrata. Consta-me, no entanto, que boa quantidade dos seus médicos se encontra trabalhando na Venezuela como retribuição à generosidade financeira negociada com o finado Chávez com a particularidade de que o pagamento pelos serviços prestados é feito de governo a governo, contribuindo assim ao aumento da receita do país em detrimento do trabalhador ao qual continua sendo pago, pelo governo cubano, o salário miserável vigente na ilha.
Para arrematar essa visão desagradável há ainda um controle ideológico e político comumente exercido por funcionários da ditadura castrista introduzidos entre os importados médicos, visando também inibir eventuais desejos de liberdade em outras paragens.Será justo esse preço a ser pago pelo governo brasileiro para tornar menos difícil a garantia do dever constitucional de dar saúde ao seu povo?
Evidentemente, esse aspecto perde expressão com a lembrança de que raros, raríssimos mesmo, dos nossos hospitais públicos são dotados dos equipamentos e dos recursos indispensáveis à sua missão, daí resultando um sofrimento constante dos necessitados de assistência médica em lugar do alívio buscado, consequência natural do descaso e da falta constante de vontade política que só emerge nos discursos enganadores, como os da senhora Roussef, sempre presentes às vésperas de eleições...
adsumus

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