O Brasil está no começo de um processo de impasse institucional que vai se agravar quando, finalmente, as autoridades judiciárias e afins pararem de sonegar ao cidadão-eleitor-contribuinte os nomes dos políticos (seriam 33 ou mais?) envolvidos nos escândalos detalhados pelos réus delatores dos processos da Operação Lava Jato. Sem credibilidade, sem sustentação moral, e com gente politicamente próxima envolvida, a má gestão PT-PMDB e demais aliados será forçada a deixar ou sair do poder.
Os 50 tons de vermelho da corrupção, incompetência e falência múltipla dos órgãos de um modelo capimunista deveriam estar com os dias contados, pelo menos em tese, diante de tantos escândalos e desmandos praticados pelo desgoverno nazicomunopetralha. No entanto, a velocidade saneadora do processo político - sobretudo em um País subdesenvolvido política, econômica e culturalmente - não acompanha a demanda real da sociedade. Ainda parece falar mais alto a lógica da politicagem, neste Estado ficcional autoritário e sem legitimidade. Até quando? Eis a questão, porque as pessoas de bem estão pts da vida e perdendo a paciência...
A palavra impeachment caiu na boca do povo, sobretudo nas redes sociais. Dilma Rousseff perdeu completamente as condições de governabilidade. Além de claramente impopular, segundo as pesquisas, se transformou em refém do PMDB. Só consegue ouvir seu Presidentro Lula e seus outros seis integrantes do chamado núcleo de poder do Palácio do Planalto. Dilma se isola da realidade. Sendo incompetente, sobretudo politicamente, provocará um desastre institucional nunca antes visto na História deste País...
Desponta como solução mais objetiva para o Brasil a adoção de uma Intervenção Institucional, claramente prevista no artigo 142 da Constituição Federal. O problema concreto do momento ainda é a falta de coragem política para adotá-la. Não se trata de golpe. Isto o desgoverno PT-PMDB já deu. Agora, é necessária e urgente uma reforma geral do sistema. Temos de mudar o modelo para tornar o Brasil um País competitivo. É preciso implantar, de verdade, aquela República que destronou o Império. O Brasil precisa ser efetivamente federalista, com voto distrital e distrital misto, até de forma eletrônica, porém com auditoria impressa, cidadã.
O papel da União tem de ser redesenhado. Somos uma União Soviética avacalhada, no meio termo entre um capitalismo estatal que tutela o povo e quem ousa produzir, cheio de regramentos inúteis, cartórios, gestapos e gulags que só geram desordem, corrupção e violência. Tal modelo Capimunista não funciona, e nem interessa ao resto do mundo, que depende das riquezas extraídas e produzidas no Brasil.
Idiotizados por anos de ações deletérias, ideologicamente geradas por manobras ideológicas extremistas ou sutilmente gramscistas, temos demonstrado baixa capacidade de entendimento da realidade, muita incapacidade de identificar nossos reais inimigos internos e externos, e, o pior de tudo, um comodismo ou leniência com a errada e criminosa situação vigente. A maioria não tem poder de reação. Mas se comporta de forma reacionária, impaciente, tensa, violenta, porém sem se opor ao status quo, para romper com ele e transformá-lo, democraticamente.
As elites morais se acovardam, se acomodam ou ficam esperando que a salvação venha por milagre, principalmente pela via militar. É preciso que cada indivíduo tome consciência e faça sua parte para as coisas mudarem. A única saída concreta é uma organização em rede, que acontece naturalmente, através do livre fluxo interativo de convivência social. Não basta participar. A nova realidade não demanda mera participação. Hoje é preciso interagir e distribuir as tarefas para que a mudança ocorra.
Novamente, entramos no perigoso impasse. O brasileiro comodista fica esperando que a salvação venha milagrosamente. Uns torcem pelos militares. Outros sonham com um líder carismático para iniciar o processo. Alguns ingênuos - que desconhecem o sistema de corrupção inerente ao processo político no Brasil - ainda esperam que a saída ocorra meramente pelo ato de votar, escolhendo os tais "melhores" (como se eles fizessem diferença significativa no lodaçal tupiniquim).
A tragicomédia maior é que a grande maioria continua deitada em berço explêndido, acostumada aos favores capimunistas e acreditando que um líder carismático de esquerda (uma espécie de Lula melhorado) ainda surja para salvá-los e transformar o Brasil em um País de Justiça. No meio desta mesma maioria, uma tendência parecida, mas com feições messiânicas e supostamente conservadoras, acham que o messias virá com a bandeira da justiça, pronto para fazer alguns justiçamentos pontuais e seletivos, pegando meia dúzia de bodes expiatórios, para melhorar o Brasil, sem mudar muito a coisa do jeito que sempre esteve...
Todas essas tendências devem se encontrar e colidir na hora do grande e aparentemente insolúvel impasse institucional nunca antes visto na História deste País. Tal momento só não acontecerá se, por milagrosa acomodação, o atual desgoverno conseguir segurar o processo de degradação econômica do País - que se agrava seriamente. A previsão modesta para 2015 é que o Brasil perderá US$ 14 bilhões apenas nas perdas em exportações. Imagina o reflexo negativo disto sobre os empregos, o consumo e o resto da atividade econômica que já não vai bem...
Na hora que o bicho pegar, a degradação econômica atrapalhar e inviabilizar a vida das pessoas que dependem do trabalho para sobreviver, a pressão social pode forçar mudanças. Novamente, o problema é que o cachorro, por aqui, sobrevive correndo atrás do próprio rabo. A falta concreta de entendimento sobre a realidade impede que as pessoas adotem soluções corretas para os problemas. No final das contas, os espertos e os pragmáticos ganham hegemonia e ditam as medidas de remendo, que ficam sempre longe das necessárias reformas sempre pregadas e nunca executadas.
O brasileiro precisa se libertar da esquizofrenia. Não é mais possível sobreviver fora da realidade dinâmica, interligada e interativa do mundo pós-moderno. Os países desenvolvidos respondem mais prontamente na hora de cuidar das crises. A nossa capacidade de resolver as coisas parece cada vez mais limitada pela ignorância, pelos preconceitos, pelos erros, pela falta se senso de Justiça que vamos acumulando cultural e historicamente. Quebrar tal maldição é urgente.
O Brasil tem potencial para ser uma Nação próspera, livre e soberana. Basta que cada um entenda o que é isto, tenha muita fé para realizar tal desejo e, efetivamente, cumpra sua parte para fazer as coisas certas, democraticamente, com segurança do Direito, e clareza consciente dos deveres individuais a serem cumpridos.
A missão para nos livrar dos 50 tons de vermelho (título justo e perfeito para um filme pornográfico sobre nossa barbárie civilizatória) não é fácil, porém não é impossível. Basta acreditar, planejar e executar. Façamos, antes que sejamos feitos...
O recado é simples, objetivo e pragmático. As pessoas de bem não podem se omitir, eximir nem se acovardar. Precisam interagir, respeitando diferenças individuais e ideológicas, e contribuindo com o talento pessoal para as coisas corretas, justas, éticas. Só elas vão gerar dinheiro, saúde e paz. Com esta tríplice aliança, temos a chance de felicidade. Sem elas, nada é viável, a não ser a barbárie.
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