Até o Presidentro Luiz Inácio Lula da Silva já teria pedido ontem, a aliados, a cabeça do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, pela bobagem institucional de ter recebido advogados de empreiteiras enroladas na Lava Jato em um momento política e juridicamente delicadíssimo. O problema é que Dilma, considerando-o um de seus "seis homens fortes da Presidência", não pretende retirar Cardozo do cargo, até porque não tem quem o substitua. Assim, além do aumento da carestia, dos combustíveis, da inflação, do desemprego e de todas as crises, Dilma aumenta ainda mais seu desgaste rumo ao agravamento do impasse institucional. O fato objetivo é que ninguém suporta mais tanta incompetência e sacanagem no Brasil.
O ministro Cardozo soltou ontem uma patética nota oficial para tentar justificar o ética e moralmente injustificável. Segundo ele só faltou jurar, em nenhum momento, tratou com advogados sobre decisões de Moro relacionadas as investigações sobre fraudes em contratos de empreiteiras com a Petrobras: “Em nenhum momento recebeu qualquer solicitação de advogados de investigados na operação Lava-jato para que atuasse no sentido de criar qualquer obstáculo ao curso das investigações em questão ou para atuar em seu favor em relação à medidas judiciais decididas pelos órgãos jurisdicionais competentes. Caso tivesse recebido qualquer solicitação a respeito, em face da sua imoralidade e manifesta ilegalidade, teria tomado de pronto as medidas apropriadas para punição de tais condutas indevidas”.
Cardozo reagiu com a notinha depois de ter apanhado feio pela bobagem cometida. O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, considerou ‘intolerável’ e ‘reprovável’ a atitude de advogados de empreiteiras e acusados da Operação Lava-Jato de se reunirem com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo: “Intolerável, porém, que emissários dos dirigentes presos e das empreiteiras pretendam discutir o processo judicial e as decisões judiciais com autoridades políticas, em total desvirtuamento do devido processo legal e com risco à integridade da Justiça e à aplicação da lei penal”. Este foi o teor do despacho do Homem de Gelo para negar o pedido de liberdade para Ricardo Ribeiro Pessoa, da UTC Engenharia, acusado de ser o comandante do chamado "Clube das Empreiteiras" que dirigiam negociatas e propinas na Petrobras.
Ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal, transformado em uma espécie de símbolo do combate à corrupção pela atuação no julgamento do Mensalão, Joaquim Barbosa já tinha pontificado em suas twittadas carnavalescas, para desespero da nazicomunopetralhada que odeia a verdade objetiva dos fatos: “Nós, brasileiros honestos, temos o direito e o dever de exigir que a presidente Dilma demita imediatamente o ministro da Justiça”.
Embora não tenha moral para mais nada, sobretudo para governar, Dilma não tem alternativa. Se insistir com Cardozo na Justiça tem tudo para terminar justiçada, no mínimo política e juridicamente, pelo legislativo, pelo judiciário e pelo clamor popular. Triste fim de Dilma Rousseff, a Viúva Porcina do Brasil, aquela que foi Presidenta, sem nunca ter conseguido ser Presidente de verdade.
E a temperatura no inferno vai subir de verdade, quando, finalmente, as autoridades judiciárias e afins pararem de sonegar ao cidadão-eleitor-contribuinte os nomes dos políticos (seriam 33 ou mais?) envolvidos nos escândalos detalhados pelos réus delatores dos processos da Operação Lava Jato. O começo desta verdadeira "Operação Lava Rato" tende a ser fatal para o desgoverno petista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário