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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

FOGO AMIGO DA BASE ALIADA ,Eduardo Cunha agenda CPI para acuar Dilma, e Moro marca data para Lava Jato afetar Gabrielli e José Dirceu


A partir de quinta-feira que vem, a Presidenta Dilma Rousseff começará a sentir, com mais intensidade, o quão torturante significa ficar refém das lideranças do principal partido de uma fragilizada base aliada. Nesta data, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, promete instaurar a nova CPI da Petrobras. Para desesperar os petistas, já circula até a ameaça de que o deputado Osmar Serraglio, lendário relator daquela famosa CPI dos Correios que tanto desestabilizou o PT na Era Lula, pode retornar para cumprir a mesma missão nesta Comissão da Pizza Intrigante - cuja receita pretende manter Dilma e o PT na corda, enquanto alivia a barra de eventuais peemedebistas enrolados no Petrolão.

CPI segue aquela velha lógica. Todo mundo sabe como começa, mas o final pode acabar de forma diferente do planejado inicialmente. Os vencedores e derrotados finais nunca ficam claros agora. Até porque, as guerras não decidem quem ganha. Decidem quem sobra. A briga promete ser feia e repleta de baixarias e denúncias escandalosas. O ponto mais complicado de toda a operação de sabotagem contra Dilma será como o PMDB vai produzir um desgaste para o desgoverno do qual participa sem agravar o impasse institucional. Por isso, a CPI da Petrobras tem tudo para ser um tiro no pé...  

O PMDB não tem interesse no impeachment de Dilma. Deseja, em princípio, mantê-la nocauteada na corda, ou como uma refém sentada na cadeirinha do dragão. A intenção tática dos peemedebistas é enfraquecer os petistas. Em 2018, eles querem partir, finalmente, para a cabeça da chapa Presidencial. Por isso, Lula, como mito desmoralizado, que se cuide... Dilma Porcina já era... Sem nunca ter sido Presidente... Lula e Dilma são responsáveis diretos por todas as decisões (boas ou ruins) na Petrobras. Qualquer processo político ou judicial que envolva o Petrolão os atinge em cheio.

Enquanto a CPI não vem para infernizar ainda mais a sobrevida de Dilma - também tirando o sono de Lula -, os processos da Lava Lato conduzidos pelo Homem de Gelo podem colocar o PT em uma fria ainda mais destruidora. No dia 23 de março, o ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, vai depor por videoconferência ao juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, na ação em que são réus o ex-diretor da área internacional da estatal Nestor Cerveró, e o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano. Esta é aquela famosa audiência pedida pelo advogado de Cerveró que também teria Dilma Rousseff como testemunha. Providencialmente, Cerveró pediu para tirar Dilma desta reta. O azar deles que Dilma sai, mas o Pinto entra...

Sérgio Moro também ouvirá por videoconferência, no mesmo dia de Gabrielli, Franco Clemente Pinto. Conforme denúncia do doleiro Alberto Youssef, Franco Pinto era "homem de confiança de Júlio Camargo e o responsável pela contabilidade de pagamentos ilícitos a título de propina e caixa 2". Pinto respondia pela contabilidade do consultor Gerin Camargo, que assinou um acordo de delação premiada e deu detalhes sobre o pagamento de propina em contratos com a Petrobras. Youssef revelou que Pinto carregava sempre nas reuniões um pendrive com toda a movimentação financeira do consultor, que confessou ter sido um dos operadores de propina da Petrobras.

A bomba é atômica. O doleiro afirmou ainda que no arquivo aparece o nome do ex-ministro José Dirceu, cujo codinome era "Bob". A mídia nazicomunopetralha já começa a trabalhar a versão de que o Bob, na verdade, é o codinome daquele infantil ator cinematográfico, o Bob Esponja, que mora ali perto da camada pré-sal, que oculta grandes escândalos. A dificuldade maior deste Plano do Cebolinha é como livrar a cara do Lula Molusco e também salvar a Estrela do Patrick. Provavelmente, tentarão jogar a culpa de tudo no Siri Cascudo, ou, como de costume, no FHC & Cia.  

Se Pinto realmente meter Bob no meio, o Petrolão vai estabelecer uma conexão com o velho Mensalão - aquele roubo de galinha, cujos principais condenados já estão na desmoralizante, porém confortável, situação de "prisão domiciliar", exceto os que sofrem rigor seletivo: Roberto Jefferson, delator-mor do esquema, e Marcos Valério Fernandes de Souza, que milagrosamente se mantém calado e segurando as broncas praticamente sozinho, sabe-se lá a que preço...

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