DH – GAECO E MINISTÉRIO PÚBLICO IGNORARAM AS PROVAS NAS INVESTIGAÇÕES OU PROVAS QUE MOSTRAM ERROS DO DEPOIMENTO DA PRINCIPAL TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO PASSARAM DESPERCEBIDAS NESSES PERÍODO DE QUASE 2 ANOS DESDE O SUMIÇO DO AUX DE PEDREIRO AMARILDO DE SOUZA.
Em entrevista ao jornal folha de são Paulo no dia 27 de janeiro deste ano, o Major Edson disse acreditar que o sumiço do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza foi um plano arquitetado pelo tráfico de drogas da Rocinha para enfraquecer a UPP e frear as operações PAZ ARMADA, que na época coordenada pelo Major já tinha prendido o total de 48 pessoas ligadas ao tráfico de drogas na região, sendo considerado um exemplo de ação entre todas as UPPs.
O JORNAL ATUAL RIO, obteve com exclusividade imagens das câmeras da UPP Rocinha na noite do dia 14 de Julho de 2013, e nessa primeira reportagem da série ONDE ESTÁ O AMARILDO?,Iremos comparar o que apurou o GAECO E DIVISÃO DE HOMICÍDIOS com as provas apresentadas pela defesa dos Policiais presos desse caso.
Na entrevista, o Major Edson explica que os traficantes da Rocinha, na época,estavam arquitetando ações contra a presença da policia na comunidade e que estaria também procurando os informantes que estariam ajudando a UPP, Nisto Amarildo ficou visado pelos bandidos por ser visto com o Soldado Vital, que participava das equipes do GPP.
Como a esposa de Amarildo AFIRMOU EM DEPOIMENTO, presenciada pela equipe do JORNAL ATUAL RIO em audiência...Beth – Passou a noite toda e Amarildo não chegou em casa e eu já conhecia o ritmo do meu marido ele nunca foi de sumir de casa, tipo assim, ele trabalhava, chegava de noite... ele trabalhava de dia, de noite chegava e ia pra casa da irmã dele ou então gostava de pescar assim de noite, e quando dava certas horas ele vinha pra casa pra poder trabalhar de manhã. E eu sabia o ritmo do marido todinho, e o que acontece, no outro dia o Amarildo não apareceu, aí eu comecei... eu comecei a encucar isso na cabeça, eu falei: ‘Gente, é... se Amarildo não veio pra casa foi com medo de voltar pro lugar que a gente mora, pro local que a gente mora ou foi dormir em casa de parente...
Advogado – Mas por que ele teria medo pra voltar no local onde a senhora mora?
Beth – Ah, porque meu marido era muito medroso! Ele... ele...
Advogado – Mas qual a razão dele ter medo de voltar pro local onde ele mora?
Beth – Ah! Porque ele...
Advogado – Se ele era conhecido na favela, como a senhora falou?
Beth – Mas... porquê... Todo mundo viu ele subindo com os policiais, entendeu... é... ele ficou pensando que, alguém falou ‘ó, o Amarildo subiu com os policiais e... e... vai falar coisa que não sabe, que não deve..’ Aí eu falei: ‘Gente, porque ele não vai...’
Advogado – O medo seria de algum traficante retaliar... ou fazer uma retaliação?
Beth – Não só ele como minha a família... Não só o Amarildo como a família.
Advogado – Então existia essa possibilidade, esse receio dele? Ou da senhora?
Beth – É... Não... porque... Desde o momento que a gente mora na comunidade, a gente não pode, é... conversar com polícia... a gente não pode é...
Advogado – Por que senão o que o traficante faz?
Beth – É... sei lá... vai pensar que a gente ta entregando eles, tão caguetando eles...
Advogado – E o que o traficante faz?
Beth – Ah! Pode até matar a gente.
Advogado – Mata?
Beth – Eu acho...
Advogado – Acontece muito isso na favela?
Beth – Eu acho que faz... eu não sei se faz...
Advogado – A senhora sabe se acontece isso na favela?
Beth – Filho... eu acho... eu.. eu.. eu não sei... Deus me livre...
RELEMBRE O CASO AMARILDO NA VISÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO:
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AGORA VEJA ABAIXO O RELATO DE UMA DAS TESTEMUNHAS E AS CONTRADIÇÕES DE ACUSAÇÃO
Retiramos algumas falas do que acompanhamos na audiência
Segundo a Principal testemunha de Acusação do caso de tortura, Soldado Allan Jardim, Amarildo chegou a base da UPP aproximadamente ás 19:27hs
Em depoimento ele declarou:
MP - E lá no contêiner é... o que que, o que que o senhor ouviu que estava acontecendo, viu , soube...
Allan Jardim - Sim, a... Quando entramos no contêiner, entendeu, depois de uns 20 minutos aproximadamente já havia chego uma viatura com, com uma pessoa, aí foi quando a gente entrou no contêiner e nesse exato momento o computador é bem perto da entrada do banheiro, entendeu, todas as pessoas estavam ali e aícomeçou algumas falações do lado de fora, entendeu, é... perguntando as coisas, entendeu... em tom alto, as perguntas eram feitas, entendeu, não sei descrever ao certo o que era perguntado,
MP - E... O senhor ouviu o barulho de, alguma coisa é...TASER, eletro...?
Allan Jardim - Sim, havia um barulho de, de...TASER do lado de fora, atrás do contêiner que deu pra escutar nitidamente, que é bem alto, entendeu, foram, não foram uma vez só, foram várias vezes,entendeu...e isso perdurou por mais ou menos uns 40minutos, entendeu, esse, esse fato
Então vejamos: a viatura chega às 19h 27min. Ele diz que 20 minutos depois começa a ouvir algo e que isso dura 40 minutos e após esse tempo cessa os barulhos. Assim 20 + 40 = 60 minutos, ou seja, uma hora. Assim sendo 19h 27min + 1 hora = final da suposta tortura, segundo o soldado Allan Jardim seria às 20h 27min.
Allan Jardim ainda declara que a pessoa que ele escuta supostamente torturando nesse período era o Sargento Reinaldo Gonçalves, vejamos seu depoimento:
MP - Lá, nessas, dessas vozes que o senhor ouvia perguntando pra essa pessoa, o senhor reconheceu uma dessas vozes?
Allan Jardim - Sim, deu pra reconhecer duas vozes, sargento R.Gonçalves e o soldado MAIA, que por várias vezes eles falavam com ele, inclusive pedia pra não bater, soldado MAIA pedia pra não bater nele.
Só que as câmeras da UPP flagram exatamente o Sargento Gonçalves em outra parte da comunidade da Rocinha, como mostra a imagem abaixo e o horário registrado pelo print do vídeo.
A Imagem obtida com exclusividade pelo JORNAL ATUAL RIO, mostra o Sgt Reinaldo Gonçalves se deslocando para a Van da UPP no horário de 20hs15min.
(VAN entra no portão vermelho vindo diretamente da Rua Um, conduzindo o Sargento Moreira e sua equipe às 20h19min03seg
Nessas Imagens das câmeras da comunidade, fica claro que o Soldado Allan Jardim mentiu em sua acusação, pois o Sargento Reinaldo Gonçalves e Lourival Moreira não estavam na base da UPP no momento da suposta tortura.
Foi anexado também ao processo de defesa, o GPS da viatura, onde mostra que nesse período os Sargentos não entram no portão vermelho em direção a Base da UPP, onde a testemunha acusou eles de estarem.
Ainda em Depoimento, Allan Jardim deu outra declaração duvidosa acusando outro policial chamado Wagner Soares do Nascimento de impedir a saída dele e de outros policiais do contêiner da UPP.
Veja Abaixo:
Defesa - Perdão excelência. Gostaria de saber já que ele acresceu essa informação que durante a tortura os 40 minutos da tortura o policial que estava do lado de fora comentava que outro contêiner estava ocorrendo que seria a crise de pânico gostaria de saber qual o nome desse soldado que fez esse comentário com ele?
Defesa - Perdão excelência. Gostaria de saber já que ele acresceu essa informação que durante a tortura os 40 minutos da tortura o policial que estava do lado de fora comentava que outro contêiner estava ocorrendo que seria a crise de pânico gostaria de saber qual o nome desse soldado que fez esse comentário com ele?
Allan Jardim -Eu não sei informar todos os soldados, mas um dos soldados que estava na porta.
Defesa -A esse o Sr não sabe informar?
Allan Jardim -Um dos soldados que estava na porta era o soldado Soares que eu informei no meu depoimento.
Defesa - Tenho sim excelência. Pela defesa... primeira pergunta o senhor ficou trancado no contêiner? É isso, a porta tava trancada do contêiner?
Alan jardim - Não negativo a porta estava encostada.
Defesa - Encostada. E ficava uma pessoa do outro lado da porta impedindo a saída?
Alan jardim - Correto.
Só que como mostra as imagens abaixo tiradas da câmera de segurança da UPP, novamente Alan Jardim mentiu e acusou outro Militar que não estava sequer próximo a base. Veja abaixo:
(Soldado Wagner soares aparece à esquerda da imagem, próximo ao logotipo da UPP, com o uniforme 3º A, às 20h14min04seg).
Depois dessa imagem, o Jornal Atual Rio tem uma sequencia de imagens que mostra o SD Soares indo pegar um casaco e remédios para o Sargento Reinaldo Gonçalves na localidade da Cachopa e voltando para a Rua Um conforme outra imagem abaixo.
(Viatura blazer indo buscar o casaco e o remédio na base Cachopa às 20h17min47seg. após sair da Rua Um passa em frente à entrada do portão vermelho).
(Viatura blazer chegando novamente à Rua Um depois da ida a Base Cachopa. Imagem clara do soldado Wagner Soares às 20h23min18seg).
A Viatura conduzindo o Soldado Wagner Soares so foi entrar ao portão vermelho em direção a Base da UPP Rocinha por volta das 20h26min, provando assim que mais uma pessoa na qual a testemunha de acusação apontou que estaria na base, estava em outro local da comunidade.
Diante das imagens das câmeras de segurança, a hipótese de que não houve tortura na base da UPP e que Amarildo foi morto por traficantes ganha peso, os Policiais do Caso Amarildo estão a quase 1 ano e 6 meses presos, e a principal testemunha do caso, que afirmou categoricamente em juízo a tortura, apresentou falsos testemunhos de ao menos 3 Militares.
fonte :JORNAL ATUAL RIO
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