Balança Comercial negativa, inflação crescente, falta de direção (rumo do país), piores indicadores de inovação e educação (indicadores Fórum Econômico Mundial), queda vertiginosa da competitividade (Ranking IMD 2013 Brasil caiu para a posição 51, em 60 países), gargalos logísticos, violência em crescimento (a moda agora é botar fogo), falta de infra estrutura, comissão da verdade de um lado, “mensalões” se fazem de vítimas, tributos em uma escalada destrutiva da competitividade, altos custos com a estrutura burocrática e fiscal, insegurança jurídica, política externa com escolhas desastradas, alinhamento político com países de pouco valor agregado para o Brasil, falta de mão de obra altamente capacitada, cultura do sexo x cultura musical e “funk”, e aí vai uma série de outros fatores que poderíamos enumerar e mostrar os cenários negativos, que os brasileiros insistem em cobrar, e ao mesmo tempo não mobilizar para uma nova visão e postura. Mas o mundo não enxerga da mesma forma. Muitos analistas internacionais, de grandes veículos de comunicação, organismos internacionais, agências de inteligência, universidades de renome, e analistas governamentais são categóricos, o Momento, ou a Moda Brasil já passou. TENHO VISTO PESSOAS REVOLTADAS E INDIGNADAS que tem dito que a moda Brasil passou. Passou principalmente, pois o Brasil não tem um Projeto de País. As escolhas estratégicas até o presente momento não estão refletindo uma continuidade do crescimento que o Brasil viveu nos últimos 5 anos. E considerando que temos grandes eventos internacionais, a imagem do país parece que ganha um tom negativo, principalmente com a escalada vertiginosa da violência urbana (estupros, assassinatos, roubos seguidos de mortes, dentistas queimados vivos, estrangeiros assaltados e baleados, entre outros crimes), a imagem do Brasil, que até então tinha uma identidade com a “bola da vez” somada ao crescimento econômico e sua imagem de alegria e festa, na verdade está se transformando em uma imagem clara de insegurança em todos os contextos. Para muitos no exterior, se o Brasil combatesse com intensidade a violência, e também investisse pesado na educação, muitos dos problemas seriam minimizados, e os problemas econômicos do momento passariam, como na verdade, sempre passaram.Recentemente conversando com um grupo de LIDERANÇAS DE VARIOS MEIOS, os mesmos me questionavam, com pode acontecer no Brasil atos de violência e criminalidade, como o caso da dentista que foi queimada viva, e ao mesmo tempo pagarmos tantos impostos e não termos segurança pública? Para alguns, os atos de violência que acontecem hoje no Brasil para eles, remontam às tragédias da Segunda Grande Guerra.Outras lideranças me questionavam, como nós brasileiros temos capacidade de pagar tantos impostos, e não termos no mesmo nível o serviço público e assistencial enquanto sociedade? Para ele, o brasileiro é um forte, pois tem capacidade de pagar impostos, não tem os serviços do Estado de volta, e não se mobiliza para cobrar. Mas, ao mesmo tempo se mobiliza para algumas Marchas sem fundamentos,
Sob a ótica econômica, nós brasileiros não podemos nos enganar. O ambiente não está bom. Os custos estão cada vez mais elevados, os níveis salariais entraram em estagnação, a inflação é crescente, os indicadores internacionais, e as notas de classificação de riscos do país entraram em queda. E não adianta o Ministro da Economia e a própria Presidência da República afirmarem que as agências, e a imprensa internacional está em um grande movimento contrário ao país. Essas mesmas agências e veículos de comunicação, anos atrás levantaram a bandeira do Brasil como um grande porto seguro de investimentos, mas a política atual não deu sustentação para a continuidade do crescimento econômico. Todos os dias o empresariado brasileiro tem reclamações latentes, e profundas das políticas fiscais, econômicas e industriais, pois estão sufocados por uma perversa estrutura tributária e fiscal, sem contar a falta de infra estrutura adequada para o escoamento da produção.Considerando uma avaliação dos últimos governos, o momento atual o custo público aumentou, perdoamos dívidas com países africanos, não cobramos políticas acertadas com investimentos prometidos da Venezuela, pagamos um alto custo com a parceria com a Bolívia, e nossa balança comercial teve um dos piores indicadores históricos. Hoje o Brasil importa mais produtos já manufaturados para venda direta, e nossa indústria entrou em um novo declínio, literalmente não estamos inovando. Segundo o Fórum Econômico Mundial, o Brasil está nas piores posições do ranking de Inovação, a posição 60. Vai de encontro com o ranking de competitividade que o IMD da Suíça publicou em 30 de maio de 2013, que coloca o Brasil na posição 51, sendo que em 2012 o país estava na posição 46, e se considerarmos a queda efetiva, em 1997 o país estava na posição 34, assim em 16 anos caímos 17 posições. Trágico não é? E temos respostas claras, baixo nível de desempenho da educação superior, falta de projetos e planos estratégicos de inovação, nossos alunos do ensino fundamental e básico literalmente “odeiam” matemática, falta de mão de obra altamente qualificada (vejam hoje a grande necessidade de importação de mão de obra), uma sociedade carente que é trabalhada com políticas de assistência com baixos recursos e não políticas educacionais para o desenvolvimento do cidadão (veja o caso do Bolsa Família, que poderia ter o modelo do indiano Yunus Prêmio Nobel da Paz com o seu programa Banco dos Pobres), e por sinal essa mesma política, somado a um desguarnecido sistema de segurança de nossas fronteiras, alimentam a criminalidade nos grandes centros, e hoje também no interior do país. Se realizarmos uma simples pesquisa estatística sobre o nível escolar dos presidiários brasileiros, perceberemos que a grande maioria ou é analfabeta, ou com no mínimo dois anos escolares. Mas na grande maioria, os mesmos nunca adentraram uma escola, triste realidade.
Aquela imagem de “bola da vez”, de “porto seguro” para investimentos, na verdade perdeu seu rumo. O país precisa de uma nova direção. O Governo Federal teve uma grande chance de dar um salto, mas infelizmente nós brasileiros aceitamos com passividade a tragédia acontecer, e o Brasil perder seu crédito no sistema internacional.
Os próximos eventos demonstrarão o quanto o mundo está certo, e o quanto nós estamos errados, principalmente em aceitar a corrupção e a violência como atores contínuos do nosso dia a dia. Por exemplo, qual a contribuição, ou legado que a FIFA e o Comitê Olímpico deixarão para o Brasil? Nem mobilidade.
No livro ”Soccernomics: por quê a Inglaterra perde, a Alemanha e o Brasil ganham, e os Estados Unidos, o Japão, a Austrália, a Turquia – e até mesmo o Iraque – podem se tornar os reis do esporte mais popular do mundo”, os autores Simon Kuper e Stefan Szymanski, são categóricos: ” No final das contas, a melhor razão para sediar uma Copa do Mundo é porquê realizar um evento como esse é divertido. Se o Presidente Lula quisesse ser honesto quanto a isso, ele diria: “vai custar dinheiro, sobrará menos para escolas, hospitais, e assim por diante, mas todos adoramos futebol e será um mês divertido, então vale a pena”. Então os brasileiros poderiam ter um debate esclarecido sobre os verdadeiros prós e contras de sediar a Copa. Mas os brasileiros estão sendo bombardeados com falsidades econômicas. É bastante razoável querer sediar a maior festa do mundo (e ninguém está mais preparado para isso que os brasileiros). O erro é achar que isso fará do Brasil um país mais rico.”
Essa é nossa imagem, uma festa que custa caro, deixa o brasileiro feliz por algumas horas, mas triste o ano inteiro. O mesmo leva quase 6 meses em pagamento de impostos, vive uma festa, ou farsa cultural através de “funks” e outros “esquentas”, uma violência desenfreada, e acha que no país está tudo bem.
Mas como em fevereiro tem carnaval, achamos que Deus é brasileiro, e a esperança é a última que morre, um dia o Brasil ainda volta a ser moda no cenário internacional. Queridos leitores, peço desculpas pela minha visão e franqueza, mas não consigo ver um cenário positivo, e o mundo também não vê.
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