A Copa das Confederações está às portas.O cenário para a Copa do Mundo começa a ser montado. Estádios superfaturados, bancados, em desumana percentagem, através de dinheiro público, do povo brasileiro, apesar de promessa em contrário, que assegurava o total engajamento da iniciativa privada, feita quando da escolha do país para sede do torneio mundial, do qual o iminente convescote das Confederações constituirá um prelúdio.Algumas das arenas já receberam o apelido de elefantes brancos, já que foram erguidas em centros onde o futebol desperta menos interesse que o campeonato de lançamento de bigorna na Escócia, transmitido por alguns canais de TV a cabo.E o tão decantado legado que se vislumbrava na época do anúncio, lá nos idos de 2007, com Lula já engalfinhado no mensalão mas ao mesmo tempo consolidando uma estratégia populista visando a eternizar o poder? Será melhorada a mobilidade urbana?Ilusão.
Nossas grandes metrópoles, hipertensas, já não conseguem um nível mínimo de operacionalização, fruto de uma política inconseqüente, oriunda das cabeças privilegiadas da equipe econômica que promoveram desonerações e esquemas de crédito irresponsáveis visando a socorrer a indústria automobilística, ao invés de estimular investimentos em transporte público de qualidade, do qual a população nunca pôde desfrutar.Haverá afluência maciça de estrangeiros, fazendo decolar nossa atrapalhada indústria de turismo que consegue o milagre de oferecer pacotes Rio-Fortaleza a preços mais elevados que os Rio-Lisboa? Pouco provável, pois a fama de violência urbana impune, com políticas de proteção ao bandido, desmoralização da polícia e justiça leniente, já correram mundo, não havendo tempo útil para desfazer o estigma, em virtude da inércia característica da má fama.
E os aeroportos? Poderão apresentar um soluço de eficiência durante os eventos esportivos mas continuarão funcionado precariamente após as festas, massacrando, como sempre, o infeliz passageiro nativo e estrangeiro.
Enfim, pode-se prognosticar um desdobramento de improvisos e confusões que colocarão em cheque o prestígio internacional do país.
Nada de pessimismo, no entanto. O governo petista encontrará, auxiliado por uma mídia amiga e submissa, meios eleitoreiros de salvar as aparências, criando provavelmente recursos tipo bolsa-ingresso e decretando feriados em dias de jogos.
Afinal, o circo terá que atingir uma performance de gala em 2014, ano de eleição e de abocanhar mais um termo de governo, na tentativa de perenizar o poder. Será que um dia nos livraremos deste abismo espiralado?adsumus
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