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segunda-feira, 10 de junho de 2013

Uma INSTITUIÇÃO à beira de um ataque de nervos


Tudo começou com a “Placa”, lembram - se?
Inaugurada por imposição da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) em homenagem aos cadetes falecidos em atividade de instrução no decorrer do Curso de Formação de Oficiais e em desagravo ao Márcio Lapoente da Silveira, ela foi fixada e permanentemente mantida nas instalações da Academia Militar das Agulhas Negras.
Naquela oportunidade, foi que ela representaria o fim dos sonhos, a morte dos anseios, a descrença na caserna, o desrespeito pelos superiores, o funeral da disciplina.Era um sinal de que tudo estava perdido no meio militar.
A falta de reações permitiu que a Secretaria desembestasse frontal e ousadamente contra uma instituição centenária como a AMAN, permanente, e que goza da mais alta credibilidade no âmbito popular.
A Resolução da Secretaria de Direitos Humanos, publicada nesta na ultima sexta-feira (7) no "Diário Oficial da União", determinou a criação de um grupo de trabalho para apurar casos de maus-tratos e torturasnos exercicios  dentro de unidades militares.Conhecemos a parcialidade e a sanha que impulsionam a Secretaria dos Direitos Humanos, contudo, semelhante investida contra o Exército Brasileiro ,a MARINHA  DO BRASIL E A AERONAUTICA é mais do que uma medida arbitrária e revanchista.


OS militares  que ja se formaram ou já passaram por lá, naquela exemplar Instituição, vemos horrorizados como um mar de lama pode ser jogado sobre toda a sua História.Nós os militares da ativa ou da reserva  passamos a maior parte de nossa vida militar lidando com soldados, com jovens que adentravam os quartéis, com precária educação, reduzido vigor físico e, em geral, sem os mínimos padrões que deveriam ser apanágios de um cidadão.Na caserna, incutimos neles hábitos de cidadania, treinamento físico, pontualidade, higiene, disciplina e especialmente um profundo amor à Pátria.Longe da grandeza militar e do respeito aos subordinados, de menosprezar, ferir, desmoralizar, muito menos torturar, um jovem, em geral, voluntário.Por vezes, a dureza do treinamento, o critério da seleção rigorosa em determinados cursos, determinavam aos instrutores e responsáveis um elevado grau de exigência para a melhoria do próprio instruendo, mas sempre respeitando o “não faça aos outros, o que não gostaria que fizessem com você”.O respeito sempre foi a base para a formação de Oficiais e de Sargentos que cursaram a AMAN e as Escolas de Sargentos, todas de mais alto gabarito, tanto no que diz respeito aos temas profissionais, como os dos currículos escolares.Para nós, criados e formados com rígidos padrões, baseados na hierarquia e na disciplina, cala como uma agressão esta atividade aviltante da Secretaria contra as Instituiçoes militares.Temos vergonha do que esta acontecendo, pois fere as nossas convicções, saber que sem o menor pejo, um reles grupo, sabe - se lá como será formado, prenhe de revanchismo, parte para denegrir as nossas instituiçoes como se fosse um antro de facínoras.Realmente, chegamos ao fundo do poço.É incrível, como sem fazer força, devidamente amparados pelo desgoverno, qualquer ministério, secretaria ou autarquia pode extrapolar as suas atribuições e investir contra o que quiser.Hoje, é obrigação das autoridades militares, do inefável Ministro da Defesa impedir a concretização desta vergonhosa ação.Este passo, caso concretizado, ensejará a total investida nos currículos das escolares militares, nas suas normas, e, sem duvida, nos seus princípios.De fato, após tantos revezes está difícil manter a cabeça erguida por ter passado a vida inteira acreditando que orgulhosamente éramos militares, que nos apegamos aos valores e às virtudes mais caras.Sim, ao invadirem os quartéis à cata de criminosos, melhor fariam se buscassem entre seus antigos subversivos contumazes em atos terroristas, assaltos e sequestros.Ao duvidarem dos padrões que nortearam e norteiam a vida dos militares, maculam a identidade das nossas Instituiçoes.Na Reserva, impotente e com uma indescritível mágoa no coração, vemos a Instituição que tanto amamos e respeitamos chegar à beira do colapso.Meu único consolo é que já estou na Reserva do CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS; se na Ativa, melhor seria pedir as contas.Não ficaria surpreso, se diante de tantos descalabros, alguém pedisse BAIXA DAS FORÇAS ARMADAS .

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