O tempo fechado ontem no Supremo Tribunal Federal, em mais uma briga pública entre o presidente Joaquim Barbosa e seu vice Ricardo Lewandowski, tem tudo para se repetir na próxima sessão de julgamento dos recursos do Mensalão. No momento mais tenso do quebra pau, que acabou com a reunião dos ministros, Barbosa chegou a insinuar que Lewandowsk estaria fazendo “chicana” – e não trabalhando seriamente.
Barbosa não aceitou voltar atrás do que afirmara, alegando que Lewandowski estaria fazendo mais uma manobra para dificultar o andamento do processo do Mensalão.
Lewandowski ficou exposto porque teria vertido a carapuça das insinuações de Barbosa: “Você está acusando um ministro de estar fazendo chicana? Peço à vossa excelência que se retrate imediatamente". Além de não voltar atrás, Barbosa encerrou a sessão. Mas não a polêmica...
A velha briga pessoal entre Joaquim Barbosa e seu vice Ricardo Lewandowski desgasta a imagem do Supremo? O ministro Marco Aurélio Mello avaliou que sim: “Não podemos deixar a discussão descambar para o lado pessoal. Acho que houve arroubo retórico e a essa hora o presidente deve estar arrependido". Marco Aurélio é outro que não digere bem o Super Barbosa...
Arrependido, sinceramente, Barbosa não está. Taticamente, ele deseja expor seu adversário pessoal ao desgaste público. Sabendo disso, vários ministros do STF prometem agir, a partir de hoje, para a tática de tentar acalmar os exaltados ânimos. Já está em andamento uma operação abafa, dentro do STF, para que ambos parem com a lavagem de toga em público.
Provavelmente, a conciliação, na prática, não vai acontecer. O negócio é esperar para os próximos rounds da luta Barbosa x Lewandowski – na qual a torcida petista espera que o Joaquim saia mais queimado que o Ricardo... adsumus
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