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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

BRASIL QUER ESCONDER DA ONU A PRECÁRIA SITUAÇÃO DO NOSSO SANEAMENTO BÁSICO ,ISTO O GOVERNO DILMA NÃO QUER QUE APAREÇA POIS EM MAIS DE 10 ANOS DE GOVERNO NADA FIZERAM PARA MUDAR O QUADRO QUE SÓ PIOROU É VERGONHA NACIONAL:


COMUNIDADE DO SÃO LOURENÇO ,JD.PERNAMBUCO,NOVA IGUAÇU,ONDE NÃO A NENHUM TIPO DE SANEAMENTO BASÍCO

GENEBRA – O governo brasileiro vetou a investigação de uma missão da ONU que avaliaria a situação do acesso à água e saneamento no País. O veto foi anunciado na quinta-feira à ONU e nenhuma explicação razoável foi dada. Na ONU, porém, o Estado apurou que a informação é de que o governo não quer que, nesse momento de manifestação e demandas da população, se escancare mais um sério problema social do País. A ordem de vetar a viagem veio do próprio gabinete da presidente Dilma Rousseff.
NEM RUAS A NA COMUNIDADE DO SÃO LOURENÇO 
“O governo apenas explicou que, por motivos imprevistos, a missão não poderia mais ocorrer”, declarou ao Estado a relatora da ONU para o Direito à Água e Saneamento, a portuguesa Catarina de Albuquerque. Ao saber do cancelamento de sua viagem, a relatora não disfarçava sua frustração.
Sua missão começaria no dia 9 de julho e passaria por Brasília, São Paulo, comunidades  do Rio de Janeiro especialmente da baixada fluminense e a zona rural do Ceará. Os dados da ONU são claros em demonstrar que, apesar do crescimento da economia nas últimas décadas, a situação do acesso ao saneamento é dramática.
“Entre 1990 e 2013, a situação daqueles que tem acesso ao saneamento melhorou em apenas 1%”, declarou Catarina. Segundo ela, 7,2 milhões de brasileiros ainda usam banheiros a céu aberto todos os dias. “Isso representa 4% da população. É um número muito grande e quase o tamanho de Portugal”, declarou.
Oficialmente, Catarina insiste que não entende o motivo do cancelamento da avaliação. Mas, nos bastidores, pessoas ligadas à organização da viagem indicaram que o motivo seria o temor do governo de que a declaração da ONU e sua constatação inflamassem ainda mais certos protestos. Catarina deveria, por exemplo, dar uma coletiva de imprensa no Brasil para apresentar os dados dramáticos do País.
O acesso ao saneamento básico deve ser um dos pontos das metas do Milênio da ONU que o Brasil não conseguirá atingir até 2015. As Metas, estabelecidas em 2000, previam uma redução substancial do número de pessoas sem acesso a banheiros em 15 anos.
A viagem tinha sido fixada em abril e, desde então, a ONU fechou visitas com Ongs a locais onde a situação é dramática. No Rio de Janeiro, ela visitaria comunidades do municipio do RIO, justamente onde se questiona o estado por estar construindo teleféricos, e não obras de saneamento básico e da baixada fluminense onde especialmente NOVA IGUAÇU E BELFORD ROXO 
Oficialmente, a explicação do governo era de que o Ministério das Cidades não teria como receber a relatora, já que estaria concentrado em elaborar um novo plano de mobilidade pública no País. A ONU se colocou â disposição para mudar a agenda, mantendo a viagem. Mas essa opção foi rejeitada. Segundo Catarina, dos 12 dias que ela ficaria no País, o encontro com autoridades ocuparia apenas um dia.
Além de cancelar a viagem, o que surpreendeu a ONU é que, até agora, o governo brasileiro não indicou se aceitará uma nova viagem no segundo semestre do ano. O Brasil tem um compromisso internacional de receber todos os relatores da ONU que desejam visitar o País.

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NÚMEROS MAIS IMPORTANTES:

  • Principais números do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento 2011 (SNIS), divulgado em Julho de 2013.
  • Dos 5.565 municípios do Brasil, 4.941 forneceram informações sobre o abastecimento de água e 2.925 sobre esgotamento sanitário.
  • O atendimento por redes de água atingiu a média nacional de 82,4% da população.
  • O atendimento com redes coletoras de esgotos atingiu um a 48,1% da população.
  • Já o tratamento dos esgotos gerados chegou a uma média nacional de 37,5%.
  • Em 2011, o Brasil possuía 519,0 mil quilômetros de redes de água, às quais estão conectados 46,3 milhões de ramais prediais. Em termos de esgotamento sanitário, são 231,4 mil quilômetros de redes, às quais se conectam 23,7 milhões de ramais prediais. Houve um crescimento de 1,4 milhão de ramais na rede de água e 1,3 milhão na rede de esgotos, crescimentos relevantes quando se trata de ampliação de sistemas complexos nas cidades brasileiras (aumentos de 3,1% e 5,6%, respectivamente). 
  • O consumo médio de água no país foi de 162,6 litros por habitante ao dia, um pequeno incremento de 2,3% em relação a 2010, quando o valor foi de 159,0. Os consumos de 2011 tiveram variações regionais que foram de 120,6 no Nordeste a 189,7 no Sudeste. 
  • As Perdas de Água na distribuição alcançaram 38,8%, mantendo-se no mesmo patamar de 2010. 
  • O porte dos serviços de água e esgotos na economia pode ser medido pela movimentação financeira de R$ 76,0 bilhões no ano de 2011, referente a investimentos que totalizaram R$ 8,4 bi, mais receitas operacionais de R$ 35,0 bi e despesas de R$ 32,6 bi. 
  • 642,9 mil empregos foram gerados em 2011 - diretos, indiretos e de efeito renda em todo o país. Desses, 198,9 mil nas atividades diretas de prestação dos serviços e 444,0 mil gerados pelos investimentos. 

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