Amigos é chegada a primeira hora da definição. Quarta-feira próxima, dia 18, o Ministro CELSO DE MELLO vai dar o seu voto sobre a admissibilidade dos embargos infringentes no caso do mensalão.
Bem o disseram os Ministros Joaquim Barbosa, Gilmar Mendes, Luiz Fux, Cármen Lucia e Marco Aurélio: a votação é histórica, pois nunca foi decidido pelo Supremo Tribunal Federal assunto tão polêmico. Estará em questão a honradez da Corte diante de problema tão emblemático para a Nação brasileira. É hora de decidir se admitimos que a corrupção desenfreada e antirrepublicana tome conta de vez dos poderes do País.
O Executivo e o Legislativo acham-se na situação que todos sabemos. Resta ao Brasil somente a decisão do Judiciário de NÃO ACATAR nenhuma medida que apoie corruptos de qualquer espécie, muito menos do nível dos envolvidos no mensalão, que conspurcaram a Casa Legislativa com a compra deslavada de votos para alterar a Constituição Federal em matéria que atingiu a todos os que trabalham no país: a aposentadoria.
Não podemos calar nem admitir a impunidade dos autores desse escandaloso caso que envolve falcatruas praticadas sob a orientação, organização e ordens do escalão mais próximo do Presidente da República - para não dizer dele próprio.
O que o possível acatamento dos embargos infringentes significará para os juízes de todas as instâncias no País, para a juventude que se prepara para ter nas mãos as rédeas do destino da nação brasileira e para o cidadão comum será um desastre impossível de ser superado numa geração.
A responsabilidade do Ministro Celso de Mello é incomensurável. Que ele medite sobre isto. Porém, é injusto que somente a ele se impute a responsabilidade maior na hipótese de serem admitidos os embargos infringentes. Tem responsabilidade igual os Ministros Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Rosa Weber, Teori Zavascki e Roberto Barroso, os quais estranha e inexplicavelmente optaram pela defesa dos corruptos já condenados e que a maciça maioria da Nação execra.
Tecnicalidades discutíveis não podem prevalecer quando a mais alta Corte de Justiça julga o mais emblemático processo de corrupção da nossa História.
Chegou a hora de os jovens incorruptíveis e os homens e mulheres de bem, que não transigem com a roubalheira, vão para as ruas dizer em alto e bom som que não admitem outra solução a não ser a punição dos ladrões, aliás, amplamente julgados e condenados pelo próprio Supremo. No futuro, o Legislativo tem a obrigação de rever leis do País, para delas escoimar essas e outras interpretações dúbias que beneficiam bandidos.
Não devemos permitir que os baderneiros pagos pelos braços operacionais do próprio Governo Federal tumultuem as manifestações do bem como vêm fazendo.
Vamos para as ruas! A hora primeira é agora. Outras horas virão. Cabe a nós construir o Brasil que queremos, sem admitir a corrupção que mata mais do que a peste, que solapa a Educação, a Saúde, a infraestrutura, a própria HONRA e ALMA do Brasil.
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