Deputado estadual de uma nota só, a defesa dos direitos da terceira idade, durante os anos de 1990, Sérgio Cabral Filho foi presidente da Alerj durante os governos Marcello Alencar (PSDB) e Anthony e Rosinha Garotinho, quando era importante aliado destes e lutava pelos interesses dos mesmos no parlamento fluminense.
O que lhe valeu apoio em 2002 para se eleger senador da república e para governador em 2006, em aliança também com o PT de Lula, que se reelegeria presidente do país naquele ano embalado por uma alta taxa e popularidade. Com isso, Sérgio Cabral se deslocaria junto com todo o PMDB nacional para a base do governo petista e romperia com seus antigos aliados da família Garotinho dando início a uma conturbada disputa pelo poder político no estado do Rio de Janeiro.
O que lhe valeu apoio em 2002 para se eleger senador da república e para governador em 2006, em aliança também com o PT de Lula, que se reelegeria presidente do país naquele ano embalado por uma alta taxa e popularidade. Com isso, Sérgio Cabral se deslocaria junto com todo o PMDB nacional para a base do governo petista e romperia com seus antigos aliados da família Garotinho dando início a uma conturbada disputa pelo poder político no estado do Rio de Janeiro.
Tendo como principais “feitos positivos” a escolha do da cidade do Rio como sede das Olimpíadas de 2016 e subsede principal para a Copa do Mundo de 2014 de futebol (onde privatizou um dos maiores patrimônios do Estado, o Maracanã, impedindo os trabalhadores de frequentá-lo) e uma pretensa pacificação de comunidades cariocas dominadas pelo tráfico de drogas os mandatos de Sérgio Cabral também foram marcados por uma relação muito conflituosa com os movimentos sociais.
Cabral já chamou usuários da Supervia e do Metrô e até profissionais de educação de vândalos, já xingou bombeiros em greve de covardes, e claro, sempre preferiu utilizar a polícia militar, em especial a tropa de choque, do que dialogar com aqueles que se manifestam contra as políticas de seu governo como na agressão policial a protestos de passageiros na Central do Brasil, motoristas de van, moradores de comunidades, aos indígenas que defendiam a permanência da Aldeia Maracanã e recentemente na chacina da Maré.
Cabral já chamou usuários da Supervia e do Metrô e até profissionais de educação de vândalos, já xingou bombeiros em greve de covardes, e claro, sempre preferiu utilizar a polícia militar, em especial a tropa de choque, do que dialogar com aqueles que se manifestam contra as políticas de seu governo como na agressão policial a protestos de passageiros na Central do Brasil, motoristas de van, moradores de comunidades, aos indígenas que defendiam a permanência da Aldeia Maracanã e recentemente na chacina da Maré.
Que o digam também os profissionais de educação da rede estadual sempre duramente reprimidos em suas greves e mobilizações de rua, como em 2009 quando até arma de fogo foi apontada em direção a manifestantes. Os bombeiros também sofreram com a postura violenta do governo Cabral, que em 2010 além de mandar o BOPE invadir o quartel-general da corporação manteve mais de 400 militares presos, ocasionando na expulsão de dezenas deles. O autoritarismo desta medida foi tão evidente que até mesmo o governo Dilma pressionou deputados federais e senadores para que anistiassem os militares sancionados.
Mas talvez a maior mácula do governo Cabral seja sua política de criminalização da pobreza. Pressionado por uma realidade de criminalidade e de violência urbana e a necessidade de pacificar a capital do estado visando os megaeventos esportivos marcados, Cabral com apoio do governo federal elegeu a militarização das comunidades pobres como a panaceia de todos os males. Para isso trouxe do Rio Grande do Sul o delegado federal José Mariano Beltrame, policial linha ligado aos serviços de inteligência e até a Interpol.
Para piorar, as jornadas de junho com suas reivindicações por redução das passagens e melhorias nas condições de transporte, maiores investimentos em saúde e educação e maior combate a corrupção encontraram em Cabral um alvo perfeito.
Tendo um governo marcado por relações no mínimo suspeitas de favorecimento às empresas privadas do setor de transporte como trens, barcas e Metrô Sérgio Cabral foi obrigado a sucumbir e reduzir as tarifas, mas sua linha de reprimir violentamente as manifestações fizeram retornar o grito de FORA CABRAL lançado quando da greve de bombeiros e profissionais da educação em 2011, com seguidas manifestações sendo realizadas inclusive em frente a casa do governador no Leblon as quais foram duramente reprimidas pela PM.
Além de suas relações muito íntimas com os megaempresários Fernando Cavendish, empreiteiro dono da famigerada Delta e Eike Batista que ganhou de bandeja a concessão do Maracanã sua (ex?)esposa, filha do presidente da Fetranspor (sindicato patronal), é advogada da Supervia e do Metrô revelando como seu governo está entranhado de corrupção.
Além de suas relações muito íntimas com os megaempresários Fernando Cavendish, empreiteiro dono da famigerada Delta e Eike Batista que ganhou de bandeja a concessão do Maracanã sua (ex?)esposa, filha do presidente da Fetranspor (sindicato patronal), é advogada da Supervia e do Metrô revelando como seu governo está entranhado de corrupção.
E parece que julho não dará trégua ao governador Sérgio Cabral, além da continuidade de atos contra seu governo um novo escândalo estourou ao revelar o uso abusivo de Cabral, familiares e aliados da verdadeira frota de helicópteros a serviço de seu mandato. Enquanto o governador tem a seu dispor seis aeronaves para seu deslocamento diário e passeios de fim de semana, o Corpo de Bombeiros do estado possui apenas três para tentar salvar vidas.
Ontem, 11 de julho, quando os trabalhadores e a juventude organizados por suas entidades representativas voltaram às ruas protagonizando um Dia Nacional de Greve e Paralisações e mais de vinte mil pessoas ocuparam às ruas do centro do Rio e se manifestaram em frente ao Palácio Laranjeiras contra a política econômica do governo federal, contra a corrupção e por melhorias sociais novamente a PM de Cabral optou pela repressão desenfreada, promovendo cenas dignas de ditaduras sanguinárias, com dezenas de presos, repressão a moradores e transeuntes e até invasão a uma unidade hospitalar.
Entretanto um rápido olhar pelas redes sociais, que tem potencializado a organização e a divulgação das lutas no último período, nos permite perceber que assim como das outras vezes o “tiro pode literalmente ter saído pela culatra”, pois ao invés das pessoas criminalizarem as manifestações uma nova onda de apoio popular tem se espalhado e colocado novamente na ordem do dia o chamado ao FORA CABRAL.ADSUMUS
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